tag:blogger.com,1999:blog-9517623417230198162024-03-13T23:05:15.007-03:00Amigos VelozesBlog destinado aos praticantes e admiradores das provas de velocidade e temas correlatos.Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.comBlogger630125tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-36118383042482967342016-06-25T19:13:00.003-03:002016-06-27T18:37:27.945-03:00Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro, V2 – Por Jan Balder<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-unzf0Q7E4DQ/V28B28gVpvI/AAAAAAAAC7Q/06MCKd1oWtsC7I65tSkleMgKO_hYYggSwCLcB/s1600/LIVRO%2B2%2BFOTO.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-unzf0Q7E4DQ/V28B28gVpvI/AAAAAAAAC7Q/06MCKd1oWtsC7I65tSkleMgKO_hYYggSwCLcB/s320/LIVRO%2B2%2BFOTO.jpg" width="226" /></a></div>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><i>(esta vem a ser a
ultima postagem do Amigos Velozes)</i></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
No ultimo dia 21/06,
Jan Johannes Hendrik Balder, meu amigo Jan, ou Omelete, como é
conhecido por todos os seus contemporaneos, lançou o segundo volume
das suas memórias – Nos <b>Bastidores do Automobilismo Brasileiro –
Uma Era de Ouro</b>. O evento deu-se na Pizzaria Cristal e contou com a
presença de uma fila de amigos que vivenciaram o mesmo esporte de
Jan, na mesma época.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Não fomos apenas a
um lançamento mas tambem para parabenizar Jan Balder pelo seu
aniversário. Como disse a ele antes de sair, “Parabéns pelo
niver, Parabens pelo livro, Parabens por tudo”.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Há um ano este
livro começou a se tornar realidade previsivel e resolvi esperar o
seu surgimento para ser tema do encerramento do meu blog, coisa que
explico em poucas palavras no final. E não poderia ter escolhido
tema mais adequado, dado o notório valor do seu conteúdo.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Não se trata de uma
mera continuidade mas de uma valorosa cronologia de lembranças de
bastidores de um período em que o nosso automobilismo era o nosso
'segundo futebol', na minha forma de entender as coisas. Amanhã,
quem quer que seja que se interesse em pesquisar a história do nosso
automobilismo tem nesses dois livros não apenas referencias mas um
conteúdo significativo, de grande valor para os efeitos de uma
pesquisa.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O livro aborda o
período de 1973 a 1982. Nessa época já tinhamos um campeão do
mundo, Emerson Fittipaldi, e estavam 'no forno' aqui mesmo no Brasil
pilotos que fariam o nome tanto aqui no nosso próprio território
como lá fora tambem. Entre estes destaque-se Nelson Piquet que
seguiu para a Europa para guiar monopostos, levando consigo na
bagagem a experiencia de pilotar monopostos inteiramente ajustáveis,
assim como a sua incrivel habilidade.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Em outras palavras,
foi nos anos 1970 que o mercado europeu tomou conhecimento de um
automobilismo brasileiro que era capaz de mandar para lá os nossos
jovens velozes, sem que para isso tivessem que fazer escola do zero
lá.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Foi nesse período
que surgiram no Brasil a Formula Super Vê, a segunda edição da
Fórmula Vê, a Divisão 4, a Opala Stock Car, sem contar a F2
Sulamericana onde brasileiros, pilotos e preparadores, disputaram com
os melhores argentinos nas nossas pistas e nas deles. Sim, essa foi
uma era de ouro, sem dúvida.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Jan Balder era
piloto nessa época e passou a chefe da própria equipe, mais tarde
comentarista de F1, e escritor. Apenas para justificar o termo
bastidores do título, há uma passagem em que Jan conversa pela
primeira vez com um conhecido kartista na época, numa padaria da
Vila Madalena. O garoto veloz queria ouvir um pouco da experiencia de
um piloto maduro e reconhecido. Foi assim que Jan e Ayrton Senna
conversaram pela primeira vez.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Há muito mais e só
posso recomendar a quem ler essa postagem que adquira o livro, o que
pode ser feito atravéz do email de Jan Balder –
<a href="mailto:jbalder@terra.com.br">jbalder@terra.com.br</a>. Quem
não leu o primeiro pode encomenda-lo tambem.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A capa, a imagem
desse post, deixa clara a gratidão e saudade de Jan Balder pela sua
esposa Tereza, que lamentavelmente nos deixou no ano passado, meio
órfãos da sua reconhecida simpatia e amabilidade.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Faço disso o final
das postagens deste blog pois não vejo uma justificativa para dar
continuidade a algo que se atualiza apenas uma vez por ano. O blog me
trouxe satisfações e amigos novos, já foi usado como referencia,
já foi replicado e até giletado. Acho sinceramente que a missão
está completa. E encerra-la com um temas desses considero uma forma
muito gratificante.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Muito obrigado a
todos os meus amigos que me acompanharam.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Muito obrigado a
voce Jan Balder!</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-10939735589374713872015-08-23T16:24:00.000-03:002015-08-23T16:52:03.348-03:00Vitor Chiarella – o sinal de positivo ainda é válido<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.kartzoom.com.br/" target="_blank"><img alt="www.kartzoom.com.br/" border="0" height="132" src="http://3.bp.blogspot.com/--yOG89VRk_o/VdocXE6UefI/AAAAAAAACfk/MXxQ5S6vLjo/s640/cropped-logo-kartzoom.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<b>Das
ladeiras do Pacaembú para as pistas.</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Se você nasceu em São
Paulo nos anos 1950 e o seu bairro tinha ladeiras, então é forte
candidato à paixão pela velocidade, que nesses idos era despertada
a bordo de bicicletas e carrinhos de rolemã, que alcançavam
“incríveis” velocidades ladeira abaixo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Em 1958, quando o
Brasil se redimiria do vexame da Copa de 1950, ao faturar pela
primeira vez a taça na Copa da Suécia, a família Chiarella viveu
uma dose dupla de satisfação – nasceu em 26 de Abril de 1958
<b>Vitor Roberto Chiarella</b> e com certeza os sorrisos de felicidade
somaram-se aos da vitória dos “canarinhos”, como eram chamados
os jogadores da seleção na época.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vitor cresceu nas
imediações do Estádio Paulo Machado de Carvalho, no charmoso
bairro do Pacaembú. Nas ladeiras do bairro ele descobriu o prazer de
descer as ruas na maior velocidade que conseguisse conduzindo
carrinhos de rolemã ou bicicletas. Também foi lá que aprendeu a
dirigir. Mesmo tendo passado a infância vizinho de um dos mais
importantes estádios de futebol, foi a velocidade que entrou de
forma definitiva na sua vida, e em função da qual vive até hoje.
Quando o Pacaembú tornou-se um bairro mais movimentado havia a opção
de descer as ladeiras do Morumbi. E foi aí mesmo que ocorreu o
primeiro contato com o kart.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Aos dez anos de idade,
dois anos antes de o Brasil vencer a terceira Copa, e um ano antes de
Emerson Fittipaldi se mudar para a Inglaterra, Vitor sentou pela
primeira vez num kart do primo, que era dividido com o amigo Manduca,
futuro proprietário de uma oficina especializada em Porsche.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Um evento ficou marcado
na lembrança na primeira investida. Ele era tão pequeno para o
micro bólido que os seus pés só conseguiam acelerar na ponta, com
as pernas totalmente estendidas. Assim, a primeira acelerada jogou o
corpo para trás, os pés para cima e o kart apagou.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A essa altura, pilotos
brasileiros do kart já disputavam mundiais da modalidade. O kart já
era fabricado no Brasil, e se tornara uma febre que iria se expandir
muito e iniciar vários campeões no mundo da velocidade. O kartismo
estava se tornando um esporte muito atraente para os meninos de
então.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Os pais não aprovaram
a idéia e somente anos depois Vitor adquiriu o primeiro kart, com
recursos próprios. Vitor tinha em 1980 na Rua Margarida, Barra
Funda, uma fábrica de roletes de esteiras transportadoras, sendo
sócio o irmão.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Compraram um kart Mini
Inter pago na forma de crediário (10 vezes). A fábrica tinha um
maquinário básico de manufatura e por isso as peças do kart eram
feitas lá mesmo, assim como a manutenção. Era a época do fusca
rebaixado (este que vos escreve lembra bem disso), com kit's de maior
cilindrada, carburação dupla, comando “bravo” e distribuidor de
Kombi 1200.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O kart era um
equipamento específico de competição, cuja adrenalina era um apelo
irresistivel. O kartismo brasileiro já dava notícias, era uma
modalidade regulamentada, com campeonatos regionais e nacionais, um
esporte em franca ascenção. O kart de Vitor Chiarella chamou a
atenção dos amigos que solicitaram a manutenção de kart's que
viriam a adquirir, e que lhes daria mais emoção que um fusca de
rua.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<b>Começando como
preparador.</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A moda pegou e em pouco
tempo a demanda cresceu o suficiente para justificar a cobrança
pelos serviços. Começou a vida de preparador de kart's de Vitor
Chiarella.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vitor iniciou na
pilotagem somente em 1982. O kartismo dessa época era diferente em
todos os aspectos. No seu primeiro ano fez a etapa inaugural da
novatos em Interlagos, obtendo o terceiro lugar. Depois veio Jaú e
em seguida São Carlos, prova esta que deixou lembranças. Nessa
época eram comuns grid's de 40 a 50 pilotos. A prova de São Carlos
bateu record com 65 inscritos. Tanto que a classificação mereceu um
prêmio à parte, uma taça de prata. Largaram 36 pilotos na prova e
Vitor chegou em quarto.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Em 1983 as coisas
mudaram mais profundamente. Vitor percebeu que poderia evoluir, pois
figurava sempre entre os seis primeiros. O desempenho de Vitor foi
observado por um carioca da fábrica do conhecido cosmético Leite de
Rosas. <b>Guga Ribas</b> ficou sabendo que Vitor era o preparador do próprio
kart e propôs uma parceria na qual Guga fabricaria um chassi no Rio,
com mangas e freio, e os outros componentes seriam fabricados em São
Paulo por Vitor. Esse kart ficou conhecido como <i>“Leite de Rosas”</i>,
e há hoje um exemplar guardado na Kart Zoom, a sede da equipe de
Vitor. Os dois ainda não tinham idéia de que justamente Guga Ribas
alcançaria o grande mérito de tornar-se o primeiro brasileiro
campeão do mundo no kartismo, façanha ocorrida em 1986.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-zTK2xDqSN-I/VdocfUDtwXI/AAAAAAAACfs/rd9iL4XmMOs/s1600/ribas_tche_vitor.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="297" src="http://2.bp.blogspot.com/-zTK2xDqSN-I/VdocfUDtwXI/AAAAAAAACfs/rd9iL4XmMOs/s400/ribas_tche_vitor.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><b><i>Guga Ribas, Tchê e Vitor</i></b></span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Essa parceria durou até
1989 e entre outras coisas deu origem à fabricação de uma roda
inteiriça, pois na época as rodas eram bi-partidas. Essas rodas
eram mais leves, mais largas e tinham offset's diferentes para ajuste
da bitola. O chassi era inspirado no mesmo utilizado por Ayrton Senna
no mundial de kart de 1979.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-e6rmLCLCLqA/Vdoc0G6CCAI/AAAAAAAACf0/bmVh0bKB0CI/s400/vitor_rodas.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><b><i>Vitor Chiarella e as rodas fabricadas por êle</i></b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Fabricando o próprio
kart a vida de piloto deu lugar à vida de construtor e a atividade
cresceu, o que incluía a manutenção de motores. Foi por isso que a
partir de 1984 o espanhol Tchê, falecido em Abril do corrente ano,
foi procurado por Vitor para fazer a manutenção de motores, a
notória especialidade do espanhol. Tornaram-se amigos que nutriam
admiração mútua, e mesmo depois da morte de Tchê, Vitor continua
a mandar motores para os herdeiros do espanhol.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O kartismo desses idos
era bem mais acessível, mas sempre havia os que tinham mais verba,
empregada em mais recursos. Para se ter uma idéia, hoje um kart novo
custa a metade de um carro popular e na época isso representava ¼
do preço de um fusca.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Nem por isso era um
esporte barato pois havia a manutenção. Por isso Vitor se via na
condição de treinar menos, poupando motores e pneus na sua época
de kartista. Tanto que no seu primeiro ano fez todas as etapas com um
jogo de pneus da Pneubras, fábrica no Rio Grande do Sul, de
propriedade do Sr. Adroaldo. Hoje, tal procedimento é impensável.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Os kart's da época
exigiam mais da imaginação do preparador. Um ponto muito sensivel
em chassis de kart é o ajuste da torção. Não havia elementos de
ajuste específicos da torção, como existem hoje, e isso se
conseguia com a modificação de barras. Por exemplo, Vitor empregava
para essa finalidade uma barra traseira de parachoque, um “X” sob
o assoalho e borrachas de fixação do parachoque que poderiam
diminuir ou aumentar a torção. Hoje esses controles estão
incorporados ao chassi.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Os projetos atuais
facilitam o acerto de tal forma que pode ser suficiente abrir a
bitola dianteira e fechar a traseira em pista molhada. No passado uma
das grandes dificuldades eram os pneus de chuva, de qualidade
questionável, que obrigavam o preparador a 'amolecer' todo o chassi.
Com os parcos recursos da época, isso não era tarefa simples.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Outra dificuldade diz
respeito às dimensões dos pneus da época. No ato da compra
buscava-se pneus com diametros bem próximos, afim de formar pares
equilibrados. Na época a Pneubras tinha dois compostos: o AM, mais
duro, e o AD5, mais macio. As diferenças de diâmetro poderiam
resultar na troca da corôa. Hoje essas varáveis são muito menos
significativas, os pneus melhoraram muito.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A vida de preparador
deu surgimento à Kart Zoom, hoje com sede própria a cinco minutos
do Kartódromo Internacional Granja Viana. Entre 1996 e 2014 passaram
pela Kart Zoom 75 pilotos que se tornaram campeões, ou vice, nas
competições da Granja. O total global de pilotos que aceleraram sob
o olhar de Vitor não foi registrado e é um número expressivo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Entre os conhecidos
figuram Daniel Serra, que começou na Kart Zoom aos onze anos e
permaneceu na equipe em quase toda sua trajetória. Também pilotaram
pela Kart Zoom, Xandinho Negrão e Átila Abreu.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Um piloto que se
destacou na equipe foi Ralph Pufleb, filho de alemães que após o
kartismo foi para a F-Atlantic no Estados Unidos e se tornou campeão
no ano de estréia, fato que repercutiu por aqui na época. Só não
ficou no território americano por falta de verba. Recebeu um convite
de uma equipe da Indy Light mas conseguiu apenas a metade da verba
necessária e retornou ao Brasil.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Pilotos também
colaboram com o desenvolvimento do preparador. Foi o caso de Guga
Ribas que tinha uma estrutura muito competitiva, similar à de
Christian Fittipaldi. Guga tinha dez motores, testava todos e era um
dos melhores acertadores de chassi que Vitor conheceu. Nessa parceria
gerou-se muita aquisição de conhecimento de pista.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para outras coisas
Vitor tinha a seu favor a sua própria capacidade de compreensão da
matéria. Um dos recursos criados por ele próprio foi um piso “zero”
(piso plano de concreto) onde ele localizava no chassi a menor altura
possível do banco e fazia as medições de deformação por torção
do chassi. Hoje a Kart Zoom possue uma mesa para essa finalidade com
quatro balanças digitais e gabaritos de posicionamento.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<b>Transmitindo o
aprendizado.</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Em 1991 Vitor criou um
curso de pilotagem com Felipe Giaffone no Kartódromo de Interlagos.
Foi nessa época que ele criou uma apostila com conteúdo próprio
que é entregue ao iniciante para leitura em casa, e posterior
discussão na pista.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mesmo com uma bagagem
digna de nota no kartismo, Vitor se depara frequentemente com uma
característica dos atuais iniciantes, totalmente oposta na época
dele - os garotos de hoje não se interessam por conhecimentos
técnicos mais profundos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Muita coisa colabora
para isso e Vitor reconhece que os preparadores hoje também são
responsáveis pela situação. Tudo está caro, não há muito tempo
para treinos e as conversas no box frequentemente acabam resumidas no
mesmo momento em que o piloto está pronto para acelerar.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Isso dá origem a
procedimentos não observados no passado. Alguns pedem ao piloto que
entre no box rapidamente para que a vela seja checada e isso gere
ajuste de carburação. Há quem interprete do box as tendências do
kart na pista e faça ajustes até mesmo sem o conhecimento do
pilôto. Nem todos dão atenção ao balanceamento de peso, que
habitualmente é de 60% na traseira e 40% na dianteira, com meio
tanque de combustivel, variando conforme a potencia do motor.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vitor prefere que o
piloto aprenda a carburar corretamente na pista, procedimento muito
sensivel em motores a 2 tempos. Quando chama o piloto para o box,
muitas vezes não faz alterações e faz outra tomada de tempo em
seguida. É o cronômetro o “dedo duro” e o piloto precisa
aprender a interpretar coisas como o estado dos pneus. Vitor prefere
dividir a responsabilidade pelos ajustes com o piloto. É a forma
clássica e bem sucedida de gerar aprendizado. Nos ajustes há
detalhes mínimos que fazem a diferença como, por exemplo, medir
alinhamento no cavalete e no chão pois o peso do piloto vai gerar
alteração.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<b>Quanto tempo é
preciso para um piloto amadurecer?</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
É óbvio que isso muda
de um para outro e nisso entram os preparadores, o dinheiro e o tempo
de treino disponível. Literalmente não há uma média de tempo
confiável para que alguém seja julgado maduro na pilotagem.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<b>E um mecânico?</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para este é preciso um
longo tempo de aprendizado de pequenos detalhes, de refinamentos nos
procedimentos, adquirir conhecimento de traçados e ser também um
bom cronometrista. Um mecânico dito completo, atinge essa condição
em até dez anos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Já que a eletrônica
entrou no kartismo também, resta uma última questão sobre um
aspecto de fato sensível. Telemetria a bordo com Alfano é bom?</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Sim e não. É ruim
quando o pilôto se fixa nisso e desconcentra momentaneamente da
pilotagem. Nessas horas o clássico sinal de positivo do box ainda é
a referência para uma volta boa, que deve ser memorizada e repetida.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Após 35 anos dedicados
ao kartismo, Vitor colecionou lembranças, vitórias, amigos, fundou
família, ergueu a sede própria da equipe, é respeitado e admirado.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
É também um
representante do que pode ser chamado de kartismo clássico, no qual
o pilôto guiava a sua própria receita de ajustes e preparação.
Não há dúvida de que esse modo tradicional de kartismo, onde o
pilôto sabe o que esperar mecânicamente do seu kart, é a forma
mais segura de aprender as minúcias desse esporte espetacular. A
isso ele agrega o inestimável valor de ter a capacidade de
trasnmitir o que sabe a novos pilôtos e mecânicos.
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
E como filho de peixe,
peixe é, seu filho Vitor segue o mesmo “traçado” do pai. É
dessas referências que necessitamos.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
<i>Para contato:</i><br />
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }A:link { }</style>
<br />
<b>Kart Zoom</b><br />
<br />
<br />
<b>(11) 4612-1449</b><br />
<b>(11) 98123-3664</b><br />
E-mail: <a href="mailto:vitorchiarella@hotmail.com">vitorchiarella@hotmail.com</a><br />
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<i>Nota do blog:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<i>O autor do blog
sente uma incrível satisfação por ter escrito depoimentos de
pessoas como Paulo Manoel Combacau, Tchê, e agora Vitor Chiarella. O
título desse post se refere a um momento singular que, por várias
razões, vai ficar na lembrança – o sinal de positivo recebido na
reta, dado por um preparador que sabe quando é a hora de informar
que a pilotagem vai indo bem. São essas pequenas coisas que
valorizam a vida e justificam muitas das nossas iniciativas. Espero
que alguém que esteja lendo isso aqui, algum dia se sinta motivado a
se esforçar para merecer o dito sinal. Se isso se der sob o comando
do meu amigo Vitor, ficarei feliz.</i></div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-55952386555071293392015-07-30T15:59:00.002-03:002015-07-30T16:30:10.442-03:00Vitor Chiarella – ao mestre e amigo, com carinho (5)<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans",sans-serif; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s1600/vitor_tche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s320/vitor_tche.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vitor Chiarella e Tchê<br />
Admiradores mútuos<br />
foto: <a href="http://www.kartzoom.com.br/" target="_blank">Kart Zoom</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<b>A minha
hora.</b></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Às quatro
da tarde começou mais uma janela de treinos, dessa vez com a
presença de mais três pilôtos, um deles o pai de um garôto que
havia feito aula pela primeira vez.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Fui
instruído a seguir um desses três, um amigo de Vitor que sempre
comparece nesses dias. Seria a minha referencia na pista.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O que eu
queria era baixar mais o tempo. Falamos novamente sobre a suavidade e
a curva na saída do bacião. Ali é um lugar onde você pode optar
entre o uso do freio, mergulhando um pouco mais na aproximação, ou
apenas aliviar e fazer a curva o mais “redondo” possível. É um
lugar onde eu escapei muitas vêzes.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Dessa vez
fui sem óculos pois eu já sei que assim a minha noção de
profundidade em velocidade é um pouco melhor. Fui informado pelo meu
instrutor que receberia um sinal de positivo quando o tempo baixasse.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Entrei na
pista com caminho livre à frente, pois os outros já estavam na
pista do outro lado. Pensei que seria ridículo, e risível, passar
pelo box e não ver nenhum sinal.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Outra vez
fui procurando fazer tudo que me foi solicitado. E também uma coisa
que observei no início com Vitor à minha frente, pela manhã –
ele inclinava a cabêça em algumas curvas.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Nunca fiz
isso e, embora um tanto esquisito, foi fácil se acostumar e muito
útil. Acho agora que faltou fazer a mesma coisa na hum.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Enquanto
passava na reta, à bordo do mesmo kart que pilotei no início,
ficava esperando um sinal de positivo, que nunca viria na primeira
volta completa. Na terceira volta as duas mãos do mestre sinalizaram
o que eu esperava. Na volta seguinte novamente.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Foi o que
bastou para que eu mandasse a bota e observasse bem o que estava
fazendo, que me concentrasse na minha pilotagem. Uma coisa muito
importante na pilotagem é você sentir as reações nos pneus e não
brigar com o kart quando êle escorrega um pouco. Você precisa
controlar a máquina com suavidade, ou ela vai controlar você.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Sem ser
solicitado voltei ao box depois de umas dez voltas e então ouvi o
que estabelecia que o meu propósito havia sido alcançado – baixei
mais 0.3s.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Não tenho
dúvidas em afirmar que o instrutor está justificado plenamente.
Objetivo alcançado.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Retorno à
pista com o outro kart que havia pilotado na manhã, disposto a
“espremer” um pouco mais.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Uma coisa
começou a me incomodar nessa hora. O sol estava baixo e na entrada
do mergulho, com o sol na cara, eu não via a pista. Como isso se
decora e dura apenas uma curva, não havia problema embora pudesse
comprometer um pouco o ritmo. Mas outra coisa tirou a minha chance de
baixar mais um pouco o tempo de volta – eu mesmo.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Logo no
início vi dois caras no final da reta quando eu estava ingressando
nela. Duas voltas depois vi que eles estavam um pouco mais perto.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O botão
“competição” entrou automáticamente e eu fui atrás. Tanto fiz
que encostei nêles. Mas ultrapassar caras que andam bem não é
simples assim. Vi que daria trabalho e comecei a seguir os dois de
perto.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como
estavam se divertindo entre êles na pista, em determinado momento na
entrada do miolo fizeram a curva juntos e eu entrei bem fechado.
Começamos a subida lado a lado, eu por fora no cimento, e entrei na
reta oposta entre êles. O da frente abriu e começou a me seguir.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na reta
fiz um sinal no capacête para que êle me empurrasse, mas não sei
se êle não entendeu ou não quis. Eu não estava mais fazendo a
minha pilotagem, mas disputando com êles. E estava muito divertido.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Depois de
três voltas assim, e sem o empurrãozinho que eu pedi, e com o sol
me cegando no mergulho, achei que era hora de parar.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
E no box
constatei que o meu tempo subiu um pouco. Foi ótimo ter uma chance
para uma disputa, mas o prêço foi perder um pouco da concentração
na minha tocada.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Não tenho
dúvida de que conseguiria andar mais rápido mas já estava um pouco
cansado e a janela de treinos estava no final. Resolvi encerrar ali,
feliz com o resultado do dia.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Nas minhas
condições (três anos sem pilotar e tendo sido a minha própria
referência até então), nunca conseguiria 0.8s no mesmo dia em
pouco mais de uma hora de treino total. Eu baixei o tempo mas
contabilizo dessa vez o ganho à pontual, certeira, orientação de
Vitor Chiarella.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Encerramos
tudo e rumamos para a Kart Zoom. Na mesa de Vitor constatei o último
esquecimento do dia – as pilhas do gravador estavam descarregadas.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A essa
altura o cansaço pediu para marcar outro dia para colhermos o que
baste para falar, dessa vez, do meu amigo, mestre, Vitor Chiarella.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Por
enquanto resta o que não pode deixar passar:</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<b>Valeu Vitão</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b>Muito Obrigado</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-ujHVwvVgaCE/Vbp2Syq_joI/AAAAAAAACew/x88KYKq_BxU/s1600/eu_vitor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="328" src="http://1.bp.blogspot.com/-ujHVwvVgaCE/Vbp2Syq_joI/AAAAAAAACew/x88KYKq_BxU/s640/eu_vitor.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><b><i>Eu e o meu mestre de pilotagem, Vitor Chiarella, após uma sessão de treinos inesquecível</i></b></span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-36871119767715379412015-07-30T15:57:00.001-03:002015-07-30T16:29:52.473-03:00Vitor Chiarella – ao mestre e amigo, com carinho (4)<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans",sans-serif; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s1600/vitor_tche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s320/vitor_tche.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vitor Chiarella e Tchê<br />
Admiradores mútuos<br />
foto: <a href="http://www.kartzoom.com.br/" target="_blank">Kart Zoom</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<b>A hora dos
pequenos.</b></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Após o
almôço havia uma sessão de instrução com crianças com menos de
dez anos. Essa aula finalizaria às quatro, quando eu voltaria para
mais uma fase de treino.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Na aula
com os garôtos estava presente pista o filho de Vitor – Vitor
também. Êle segue o mesmo modo de instrução do pai, que agora
observa tudo do box ao lado dos pais dos alunos.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
A cabeça
de uma criança é um mundinho muito distinto de um adulto. Ela
compreende tudo que você diz, mas raciocina a pilotagem de um modo
diferente. É uma outra dimensão. É preciso paciência e Vitor pai
e Vitor filho a possuem suficientemente. É preciso falar tudo com
calma, observar tudo, perguntar e orientar.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
É curioso
observar a ansiedade do pai vendo o filho na pista seguindo o
instrutor à sua frente. O pai cronometra tôdas as voltas esperando
o filho atingir o seu “record”. O instrutor espera que êle ande
bem. Record's são consequência do tempo (kilometragem).</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Fora isso
uma criança se cansa mais rápidamente numa tarde quente,
especialmente quando é um principiante que ainda não anda sózinho.
Tudo precisa ser observado e interpretado corretamente. Não se pode
exigir de um garôto nessa idade, mais do que êle pode fazer. É
preciso dar tempo ao tempo, o que pode ser enfadonho no início.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Mas é
certo que em algum momento êsse menino vai andar sózinho e aí isso
pode soar como um prêmio para êle. O futuro de uma situação
dessas não se pode prever. Nada impede que o filho se apaixone pela
atividade e diga ao pai o que é muito comum:</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
- Pai,
quero andar de kart!</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
É assim
que começa. É assim que êle mesmo vai mostrar que está tomando
consciência do que está aprendendo. Cada ganho obtido, em fases
sucessivas, vai inevitávelmente gerar estímulo. É uma questão de
instrução, tempo e paciência. Com isso a garotada pode contar, sob
os cuidados de Vitor Chiarella e seu filho.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-86103986446235725992015-07-30T15:54:00.000-03:002015-07-30T16:29:30.389-03:00Vitor Chiarella – ao mestre e amigo, com carinho (3)<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans",sans-serif; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s1600/vitor_tche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s320/vitor_tche.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vitor Chiarella e Tchê<br />
Admiradores mútuos<br />
foto: <a href="http://www.kartzoom.com.br/" target="_blank">Kart Zoom</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<b>Você manda!</b></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Concluí
que São Pedro é mais atencioso que eu, me ouve, e provávelmente
gosta de kartismo também. No dia combinado o céu de brigadeiro
deixou todo o espaço disponível para o sol manter a pista sêca e
quente.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vitor
pegou dois karts e os manteve aquecendo o motor enquanto limpava os
bancos. Fui objetivo com ele na nossa tarefa:</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
- Você
manda. Diz o que quer e eu vou fazer.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Não
imaginei que a única instrução de pilotagem que tive até esse
dia, começasse com o mestre à minha frente na pista.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
- Me siga.
Vamos começar devagar e vou fazer um sinal para você passar depois
de algumas voltas.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Ok
professor. Vamos lá.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Nas duas
vêzes em que parei de pilotar, no retorno o resultado era
característico para mim. Recomeçava com um tempo ruim e ao final de
um treino estava igual ou até pior. É óbvio que as minhas
referencias não eram confiáveis nessa condição.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Ao andar
cinco voltas atrás do instrutor, este estabeleceu a referência
básica – o traçado que ele quer que seja seguido. Depois de tanto
tempo sem pilotar, na segunda volta me questionei se seria capaz de
baixar o tempo num único dia, a partir da hora em que começasse a
aumentar o ritmo.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Pois
quando êle fez sinal para que eu seguisse à sua frente, já entendi
que assim faria apenas se êle deixasse. Duvidei de mim mesmo, mas
ainda estava aquecendo. Mesmo a sensação sendo um pouco estranha, o
prazer da pilotagem está acima de qualquer coisa. Com a pista livre
à frente, duas voltas depois vi que estava sózinho na pista e o meu
instrutor no box. Ao final de dez voltas recebi sinal para entrar.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Aí as
coisas começaram a mudar.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Nem tôdo
mundo está disposto a acreditar que um tiozinho que completou 60
anos três semanas antes, ainda tem fôlego para pilotar. Tem fôlego
e sobra vontade, mas falta o que viria na sequência.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Acelerar
não basta. Traçado é fundamental, é óbvio, Manter um bom traçado
em alta velocidade é a atitude de pilotagem a ser compreendida e
posta em prática. Fazer isso de forma constante é outro ítem de
dificuldade a mais.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na mureta
do box discutimos a aproximação na hum e a entrada no miolo numa
curva bem fechada. Na hum era preciso frear mais cêdo e mergulhar
menos. Acelerar somente no início da tangência, fechando o máximo
que pudesse. Caso contrário a curva ficaria longa demais.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A minha
proposta era fazer exatamente o que fôra instruído e ver o
resultado. Mais cinco voltas e sou chamado ao box, dessa vez com um
tempo 0.3s mais baixo.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Ainda
discutimos mais a frenagem e a atitude no volante. Era preciso ser
mais suave no início. Trocamos de kart na esperança de ter um freio
melhor.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como já
estava aquecido saí acelerando e observando atentamente o grip dos
pneus. Ao final da primeira volta fiz um sinal de positivo e fui
procurar repetir tudo que havia sido solicitado. Bingo! Baixei mais
0.2s. O mestre já tinha entrado em ação e o cronômetro era o
indicador.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<span lang="pt-BR">Retornando
novamente ao box, pedi à êle a fórmula para mais alguns décimos
mais rápido, ao que êle respondeu com um sorriso e o comentário de
que eu estava traçando bem e virando melhor. </span>O restante
ficaria para depois do almôço.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-21139618179311101452015-07-30T15:52:00.000-03:002015-07-30T16:29:11.696-03:00Vitor Chiarella – ao mestre e amigo, com carinho (2)<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans",sans-serif; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s1600/vitor_tche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://3.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACek/9r76T2tvgMU/s320/vitor_tche.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vitor Chiarella e Tchê<br />
Admiradores mútuos<br />
foto: <a href="http://www.kartzoom.com.br/" target="_blank">Kart Zoom</a></td></tr>
</tbody></table>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<b>A pista é
o lugar.</b></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Se você
quer sentir a adrenalina da velocidade, o lugar é a pista. Na rua o
máximo que você sente é pressa e ansiedade, principalmente na
capital do caos, São Paulo.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Já se
passaram alguns anos desde que sugeri ao Vitor Chiarella fazermos um
treino com o objetivo de apurar no cronômetro o quanto o mestre é
importante para o discípulo.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Finalmente
vou acelerar de novo após três anos parado. Tão logo chegue ao
kartódromo.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Certas
pessôas parecem ter nascido já um tanto apressadas e em certas
horas a atenção faz a diferença. Saindo de casa com toda
indumentária a bordo, percebo que havia deixado em casa o talão de
cheques.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como ainda
estava perto de casa resolvi voltar e a minha impaciência deu os
seus sinais no primeiro farol fechado. Você xinga o transito, a CET,
a prefeitura, o capitalismo e o socialismo também. Xinga também o
cara que está à sua frente, que resolveu passear na avenida em
plena segunda-feira, parecendo admirar o “grid” imenso à nossa
frente.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Definitivamente
isso é uma irritação para quem adora velocidade. Mas é você quem
vai para a pista, e não êle.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Saindo de
casa novamente, e dessa vez pensando que não esqueci nada, perdoei à
tôdos imediatamente e rumei para a minha praça de esportes
favorita: a pista.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Após um
breve trajeto regado aos solavancos habituais no nosso surrado
mega-município, me encontrava novamente no kartódromo, aguardando
Vitor Chiarella para me ensinar a fazer melhor o que mais gostamos na
vida – pilotar.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Enfim,
estava novamente no único jardim que conheço com cheiro de
gasolina. Nada contra as rosas, que fique bem claro. Estava pronto
para começar, todo equipado, não estava xingando mais nada, não
havia mais buracos, e havia buscado o que esquecera, exceto....as
pilhas do gravador.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-sXC5gk5JOXo/Vbp3DCPUt9I/AAAAAAAACe4/Daa3rO4BtDU/s1600/reta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="328" src="http://3.bp.blogspot.com/-sXC5gk5JOXo/Vbp3DCPUt9I/AAAAAAAACe4/Daa3rO4BtDU/s400/reta.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><i><b>A reta do Kartodromo Granja Viana<br />Um dia de sol, perfeito para pilotar</b></i></span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-42461272820867079822015-07-30T15:49:00.000-03:002015-07-30T16:28:56.926-03:00Vitor Chiarella – ao mestre e amigo, com carinho (1)<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "DejaVu Sans",sans-serif; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACeg/Ug0ecxPgMKY/s1600/vitor_tche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-yEZ9B3_tsr0/VbpxCWxlrXI/AAAAAAAACeg/Ug0ecxPgMKY/s320/vitor_tche.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vitor Chiarella e Tchê<br />
Admiradores mútuos<br />
foto: <a href="http://www.kartzoom.com.br/" target="_blank">Kart Zoom</a></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<b>E se eu
tivesse um instrutor?</b></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Tudo pode
ser aprendido na vida, razão pela qual exitem escolas. Tudo que você
aprendeu com o seu mestre será referência para potencializar o
aprendizado na prática.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Isso se
aplica também ao kartismo. Tanto que lá no início dos anos 1960
surgiu em São Paulo a Escola Paulista de Kart, onde o instrutor mais
simbólico era o lendário Paulo Manoel Combacau, o Maneco, que
Ayrton Senna chamava de professor.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Eu jamais
tive uma instrução de pilotagem e segui um padrão comum nesse
caso, que é ter como referencia o adversário à frente.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como seria
se alguém com muita bagagem no kartismo, tanto na pista quanto no
box, me orientasse na atitude de pilotagem?</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Foi o que
finalmente fui conferir sob a orientação do meu amigo Vitor
Chiarella no Kartódromo Internacional Granja Viana em 27/7, uma
ensolarada segunda-feira.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
É o que
passo a relatar nos próximos posts.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-18743669742321488732015-04-26T18:24:00.002-03:002015-04-26T18:27:07.719-03:00Lúcio Pascual Gascòn - o Tchê<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-5evp6xQ8pVw/SrUdwUi58kI/AAAAAAAAAo0/LNGdlLE7tiw/s1600/tche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-5evp6xQ8pVw/SrUdwUi58kI/AAAAAAAAAo0/LNGdlLE7tiw/s1600/tche.jpg" /></a></div>
<div style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Se o dia de hoje é triste para o
kartismo nacional, para mim é mais triste ainda. Em 3 semanas perdi
3 amigos. Primeiro o Paulo Costa, conforme <a href="http://amigosvelozes.blogspot.com.br/2015/04/paulo-nunes-da-costa-1954-2015.html" target="_blank">notifiquei nesse post</a>. Hoje pela manhã recebi o telefonema de uma amiga da minha mãe me
notificando do falecimento do seu marido, Pedro Rocha, que trabalhou
com o meu pai no final dos anos 1950 no Laboratórios Squibb.
Compareci ao velório e após o sepultamento seguimos para a casa
dele numa reunião de família afim de quebrar o clima triste durante
um lanche e muitas conversas.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Foi quando recebi um telefonema do Jan
Balder me informando que o Tchê havia falecido. A minha cabeça deu
hoje uma volta imensa pelo passado. Foi como se eu tivesse revivido
vários sentimentos da minha vida em prazo record.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Tchê é mais lembrado por ter sido a
pessoa responsável pela preparação dos motores do Ayrton no
kartismo nacional, mas trabalhou tambem com muitos outros campeões
que brilharam tambem no automobilismo, como por exemplo, Emerson
Fittipaldi.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Do Tchê, fora a amizade ótima, guardo
uma lembrança como um tipo de fotografia de um momento que virou
registro mental. Num sábado à tarde passei na sua anterior oficina
na Av. Jangadeiro e havia treino da Stock nesse dia. Mesmo tendo o
que fazer ele ficou conversando comigo no fundo da oficina por um
tempão, ao som dos motores roncando no autódromo. O mais típico
ambiente de ofcina para quem adora velocidade.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O Tchê era um cara especial. Falava de
tudo, era um poço de lembranças do kartismo, e estava sempre pronto
a explicar algo a alguem sobre motores, pista ou hitórias. Comecei a
contar as suas hitstórias mas infelizmente isso se resumiu ao
primeiro e único post, <a href="http://amigosvelozes.blogspot.com.br/2012/04/tche-historias-que-eu-gosto-de-contar.html" target="_blank">aqui neste link</a>. Não tive condições de continuar a empreitada e perdi uma
incrivel oportunidade de registrar um monte de coisas sobre a vida
dele. Falar com ele era coisa que voce poderia fazer por horas sem se
cansar, e ele também. Tinha o peculiar hábito de realçar
determinados pontos da conversa com os olhos. Por isso escrevi certa
vez que ele falava com os olhos sobre as suas passagens das quais
guardava detalhes minuciosos.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Perdi um amigo, num final de semana
incrivelmente triste. Tenho um a menos para conversar e me sinto um
pouco mais afastado das coisas que eu valorizo na vida.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A foto do post é minha, na oficina do
Tchê. O motor é o último motor que ele preparou para Ayrton Senna
antes dele seguir para a sua carreira na Europa.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como muito bem disse o Jan hoje, a fila
está andando. Eu apenas gostaria que ela andasse bem mais devagar.
Dessa vez foi quase a jato.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-69263828049071556122015-04-05T22:57:00.001-03:002015-04-06T17:26:04.338-03:00Paulo Nunes da Costa (1954 - 2015)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-wKOyvyNihxw/VSHn8iBHLhI/AAAAAAAACXA/9zpU01-3kcc/s1600/amika119.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-wKOyvyNihxw/VSHn8iBHLhI/AAAAAAAACXA/9zpU01-3kcc/s1600/amika119.jpg" height="300" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Paulo Costa, Ariadna e o filho em 2006 (foto: Amika)</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Recebi telefonema do Guilherme, filho
do meu amigo <b>Paulo Costa</b>, dando conta do falecimento dele hoje à
tarde. Ele estava internado na Beneficiencia Portuguesa desde
Dezembro de 2014. Pude visita-lo nesse período e fiquei muito
contente em poder dar algumas risadas no meio de conversas sobre
muitos temas. Um que me chamou a atenção foi o seu desejo de
comprar um baixo acústico para praticar algo que eu não sabia que
ele fazia: tocar instrumentos de cordas.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Conheci o Paulão em 2006 num sábado
no Kartódromo Granja Viana. Fomos os dois treinar e eu não
imaginava que estaríamos no mesmo campeonato naquele ano, caso eu
não tivesse quebrado uma costela pouco antes da primeira prova.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Ainda me lembro que foi na reta oposta
que vi um cara familiar na minha frente e o ultrapassei. Talvez a
única vez que ultrapassei o Paulão na vida. Poucas semanas depois
vejo no box o mesmo cara com o mesmo jeitão. Começou aí uma
amizade num período em que a única coisa que eu podia fazer era
observar as corridas, razão pela qual um dia resolvi lhe fazer
sinalizações do box. Às custas do empenho dele, e com o incentivo
de alguns sinais meus, ele terminou melhor, se não me engano em
sétimo ou sexto. Ficou contente, claro, e me agradeceu.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Foi com ele que treinei algumas vezes e
tambem com ele que fiz a ultima prova no anel externo no Endurance
Noturno. Até gravamos na lanchonete do kartódromo certa vez depois
de um treino, com a ilustre presença do Jan Balder. Um grande gente bôa,
sempre sorridente e que gostava da vida tanto quanto todo cara que eu
conheci que gosta de velocidade.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Na foto do post, em 2006, o Paulo
aparece com a esposa e o filho menor. Vai fazer falta.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Vai com Deus amigão! </div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-80687137368340445732015-03-22T13:20:00.000-03:002015-03-22T13:30:54.738-03:00Please, could you explain it?<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
Vou tentar ser o mais breve possível,
mas não posso deixar de colocar algumas considerações que entendo
serem significativas. Na corrida da Austrália vimos um espetáculo
digno de questionamentos diversos. O ultimo colocado, Button, foi um
autentico azarado por não ter contado com a quebra de mais um dos
carros do pelotão da frente, situação que faria o ultimo colocado
marcar um ponto no campeonato. É visivelmente bizarro. Piquet faria
troças aos montes de uma situação dessas, ainda mais tratando-se
de uma McLaren.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Ao mesmo tempo os brasileiros
festejaram um claro desempenho bem produtivo de Felipe Nasser, que
por muito pouco não entrou no Q3 na classificação, na sua prova de
estréia como titular. Finalizou em quinto. Parabéns, ele merece.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
A Mercedes fez o papel previsivel e deu
um genuino passeio na pista sem se incomodar com qualquer
concorrencia e ainda tendo pista livre pela impressionante ausencia
de retardatários. Há um abismo de performance entre eles o os
outros. Parabens tambem ao Hamilton que sabe tirar o maximo do seu
equipamento o tempo todo. Senão não poderia ser um campeão.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
A exclusão do GP da Alemanha,
anunciada nesta semana é notícia que surpreende no que diga
respeito ao atrativo que a categoria pode oferecer. Neste ano, com
calendário já publicado, não teremos uma prova que é parte da
história da categoria desde o seu estabelecimento. É mais ou menos
como a quarta-feira deixar de ser o dia da feijoada, guardadas as
devidas diferenças. Uma situação “sem graça”.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Afinal, onde anda a graça da F1? Onde
está o futuro da categoria do futuro? O que atrai,ou repele, o
público?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Para fazer um paralelo, faço uso de
velhas lembranças minhas.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Nos anos 1960 o mundo voltou as suas
atenções para os vôos espaciais, com razões muito compreensíveis.
Era uma coisa inédita, nunca realizada pelo homem naquelas
condições. Três coisas básicas mantinham as nossas mentes ligadas
aos acontecimentos nos dias de uma missão das Apollo:</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
- o lançamento, uma impressionante
demonstração de poder e de ousadia.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
- as imagens internas do vôo, onde se
viam esquisitos painéis mais incompreensíveis que os de um avião.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
- as imagens dos tripulantes de volta
ao lar, sãos e salvos.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Não fazia muita, ou nenhuma, diferença
se o APU de um Saturno V usava AVGAS ou Hidrazina. O que atraía era
o espetáculo que envolvia muitas coisas além de uma tecnologia
sofisticadíssima. Hoje, vôos semelhantes não causam sensação.
Não há mais algo realmente surpreendente. Fora isso, hoje você
pode ter o twitter de um astronauta na sua lista e sequer precisa ler
uma pagina de jornal para ter as informações mais recentes. O mundo
de hoje chega até você, não é mais você que vai até ele.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
No mesmo período o nosso campeão
Emerson pilotava um carro de engenharia de alto nível, mas com
conceitos básicos perfeitamente dentro da nossa compreenção. Todos
nós éramos capazes de andar com um carro com um volante, três
pedais, uma alavanca de cambio e quatro rodas. Se um pneu estourasse,
isso era tão visivel e compreensivel como nos nossos carros. Se um
cambio quebrasse uma marcha era possível suspeitar disso antes do
carro parar. Se ele parasse por falta de combustivel, ou o piloto
pisou demais ou vasou. E assim por diante.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Enfim, a F1 era muito mais próxima da
compreenção do ser humano comum, mesmo estando numa dimensão
acima. No mundo, a parcela de pessoas que têm compreenção melhor
de tecnologias sofisticadas é pequena. Milhões e milhões são
médicos, advogados, jornalistas, escritores, artistas, atletas,
cozinheiros, padeiros, pedreiros, todos com pouca, ou às vezes
nenhuma, afinidade com tecnologias de alto nível. Pior ainda nos
dias de hoje em que são controladas digitalmente, de forma
sistemica.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Essas mesmas pessoas eram capazes (e
ainda são) de dirigir automoveis como aqueles que descrevi acima.
Gostaria de saber como uma categoria vai explicar a essas pessoas que
um moto-gerador num momento impulsiona um dispositivo e em outro gera
energia impulsionado? Como alguém deve interpretar corretamente que
um carro com motor Ferrari ande na frente de uma Ferrari e bem
próximo da outra à frente, sem com isso atribuir essa situação
aos pilotos? Como deve ser entendido um evento em que o Alonso sai da
pista, supostamente por uma rajada de vento, no mesmo local onde os
outros passaram sem bater? Como você entenderia que ele poderia ter
levado um choque e desacordado, lembrando-se de que não estamos
falando da tensão de 110V da sua tomada e sim algo muito acima
disso? Quando Felipe Massa diz que não foi ao pódio por conta de
uma estratégia deficiente da equipe, você deve entender que a
equipe dele foi mal ou o concorrente foi bem?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Como você vai valorizar um piloto
nesse cenário dificilimo de julgar? Button foi o heroi azarado que
carregou o carro nas costas, tal e qual um Davi? Hamilton é o cara
dos caras porque tirou o maximo possível de um equipamento super
eficiente, volta a volta, e então ele é a versão 2015 do Schumi?
Nasser foi apenas um sortudo que competiu com outros dez onde
deveriam estar vinte? Quando Alonso voltar (certamente voltará),
qual explicação ele vai dar para um carro que ainda estará andando
atrás? Qual explicação que a equipe vai dar para a explicação
dele?</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Essa babilônia de dificil
interpretação da categoria é coisa que sem dúvida não atrai o
público como já atraiu num passado em que você conseguia entender
a dimensão da pilotagem de um carro que guardava semelhanças
básicas com os nossos. Sabíamos que não tinhamos capacidade de
pilotar um carro desses porque sabíamos que isso estava muito além
da nossa capacidade de manejo. Hoje esses mesmos carros estão
disponíveis para garotos que não têm nem licença para dirigir nas
avenidas. Não é mais coisa para homens, na interpretação clássica
do que significa ser homem. É coisa para alguém que sabe manejar
algo que não temos saber nem compreenção suficientes, e que o
próprio piloto ainda irá adquiri-la no mesmo momento em que já
consegue fazer tempos que o autorizam a pilotar numa corrida.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Se você quiser pode encontrar no
Google o procedimento de start de um foguete Saturno V – uma longa
lista detalhada de procedimentos em sequencia. Não encontrará o
mesmo a respeito de um F1. No entanto, essas coisas hoje têm valor
apenas para algumas pessoas que se interessam em se aprofundar nesses
temas por razões bem específicas. A maioria do público que apenas
assiste esses eventos quer ver o espetáculo em si. Não vão
empregar um único minuto das suas vidas para entender minúcias
tecnológicas que são veiculadas com valorização acima do
propósito principal do evento, como se estivessem enchendo páginas
de texto que tiram o espaço de outros assuntos que talvez sejam
apenas repetitivos hoje em dia.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Pior ainda quando o evento não
consegue contar com todos os participantes, que possuem as
tecnologias mais sofisticadas e confiáveis, e nem com todas as
etapas em um esporte onde as cifras são giantescas mas alguns dos
participantes estão inexplicavelmente falidos, a ponto de poderem
estar numa corrida mas sem poderem participar dela.</div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
Definitivamente o atrativo da F1
precisa ser esclarecido. Antes não era necessário.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-84355670600224088632015-01-31T15:14:00.002-02:002015-01-31T15:15:15.626-02:00Indy 300 - Decepção ou vergonha?<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Num dos textos que li acunciando o
cancelamento da Indy em Brasília, constava que a organização da
categoria se sentia decepcionada com o repentino anuncio.
Particularmente, acho que se trata de uma vergonha e não de uma
decepção.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vão longe os tempos em que o nosso
bi-campeão Emerson ingressou no automobilismo americano, renasceu
como piloto profissional, e brilhou mais uma vez numa categoria de
ponta internacional. Naquela época, mesmo sabendo-se que os carros
da Indy eram mais lentos que os F1, a categoria era uma atração
para os brasileiros que experimentaram uma ansiedade particular por
vitórias do campeão.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A categoria fez um público
considerável no Brasil, e até a transmissão foi um diferencial
pois, era uma alternativa para a monotonia da transmissão a F1. Os
ovais passaram a ser assuntos dos comentários dos torcedores
brasileiros e ainda antes de Emerson se aposentar a Indy teve uma
etapa brasileira inserida no calendário. Era a primeira vez que a
categoria vinha para as nossas terras, num famoso autódromo, do qual
restam hoje apenas fotos.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O tempo passou e a prova do Rio não
vingou e anos depois veio para São Paulo. Mais uma vez tivemos a
esperança de termos um evento diferente. Uma prova em circuito de
rua, o qual veio a ser o único do Brasil no qual o torcedor poderia
chegar lá de metro. Infelizmente, logo na primeira prova ficamos com
a impressão de que o amadorismo entrou em cena e por pouco o evento
não deu um vexame, por conta da reta das arquibancadas do sambódromo
cujo piso era incompatível com carros como aqueles.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mais uma vez o evento não permeneceu e
ficamos de novo sem uma etapa do Indy no calenádrio. Tudo parecia
muito otimista com o anuncio da realização da primeira prova da
categoria em Brasília. Houve um pouco de contestação no início
mas afinal chegaram a um acordo e a Indy 300 entrou para o calendário
da categoria como prova de abertura. Até que.....o Ministério
Público entrou no cenário com um despacho contendo um grande número
de considerações que finalizaram com a recomendação de que não
se realizassem quaisquer licitações para reforma do autódromo.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Tudo bem, caso isso tivesse acontecido
bem antes do contrato e não depois de tudo acertado e com
aproximadamente 2/3 dos ingressos vendidos. Vamos nos lembrar que
quem comprou um ingresso quer ver o evento pois foi isso mesmo que
motivou a compra, e que americanos (sim eles compram tambem), encaram
muito mal essas situações. Para nós ainda sobra um prejuízo
adicional no próprio autodromo. Já começaram as obras que,
repentinamente não terão continuidade pois as licitações foram
suspensas, a apenas 30 dias da bandeira de largada. Não termos a
prova, o autódromo vai ficar com cara de ruína e duvido, mas duvido
muitissimo que a categoria volte para o Brasil mais uma vez.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Me custa entender qual a justificativa
de se impedir o prosseguimento dos trabalhos quando os contratos já
estavam assinados e restando apenas um mes para o evento. Me custa
entender porque não apenas o próprio ministério não entrou no
assunto muito antes, e tambem porque devemos aceitar sem
questionamentos a perda de um evento desses num período do ano em
que aumenta o fluxo de turistas estrangeiros. Tambem não sei porque
isso tudo acontece no ano seguinte à realização da Copa do Mundo e
um ano antes da realização das Olimpíadas.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Claro que há argumentos, mas
claramente não há planejamento seŕio. Os americanos vão ler isso
tudo como falta de seriedade. Eles fizeram a parte deles e há uma
outra que é nossa. Eles aceitaram um compromisso e entendem que
devemos cumprir os nossos. Pior ainda é terem escolhido o Helinho
Castroneves para comunicar ao público a decisão. O papel dos
pilotos é apenas pilotar. Decisões das catagorias deles, cabem aos
dirigentes comunica-las.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Enfim, é o que eu chamaria de uma
vergonhosa decepção. Uma que os americanos com certeza não vão
querer viver outra vez. E viva a nossa costumeira mediocridade. E
tambem não nos esqueçamos de acender de vez em quando algumas velas
para o nosso maior defunto esportivo - a automobilismo nacional.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-74691989778892177982014-11-23T13:55:00.002-02:002014-11-23T13:57:34.679-02:00Hamilton - Primeiro negro na F1 é bi-campeão<br />
<div style="text-align: justify;">
Num cenário bastante favorável desde o início da corrida, Hamilton consquistou hoje o seu segundo título na F1 e o primeiro da Mercedes depois de Fangio. Fez história, além de uma bela corrida e muita festa. Não bastasse isso contou tambem com os cumprimentos do seu mais duro adversário nesta temporada, o seu companheiro de equipe Nico Rosberg.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não foi o que se pode chamar de uma vitória brilhante pois a corrida foi se tornando aos poucos um passeio para ele. Na largada Rosberg perdeu a primeira posição para Hamilton e pouco tempo depois o carro começou a manifestar um decrescimo de performance tal que, Rosberg chegou a virar retardatário nas ultimas voltas. Portanto, a vitória de Hamilton não se deu na condição de disputa direta com o único que lhe poderia tirar o título.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso não lhe tira o merecimento tanto da vitória na corrida como da vitória no campeonato. Mereceu as duas e tambem deixou claro que mesmo tendo condições de aliviar o ritmo continuou fazendo a sua corrida na performance que lhe traria a vitória. Nas voltas finais viu Massa se aproximar bastante e mesmo que o brasileiro tivesse chegado a encostar, duvido que Hamilton não disputasse a posição apesar de já ser o campeão nesse momento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O garoto mostrou que é um piloto muito eficiente, que sabe usar tudo o que o seu carro pode oferecer, e que sabe buscar o caminho da vitória. Embora a corrida de hoje não tenha lhe oferecido dificuldades, o campeonato não foi precisamente assim para ele, e nessa condições soube dar sempre o máximo de si tendo a meta de ser campeão bem nítida e administrada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Rosberg faltou sorte dessa vez, mas tambem pontos nas corridas anteriores. É uma pena que o seu carro lhe deixou na mão dessa vez. A largada ruim já pode ser lida como um indício de problemas que se agravaram depois. Caso não tivesse enfrentado os problemas com a sua máquina, ainda que perdesse o campeonato, o faria depois de uma disputa pela vitória em alta temperatura. O cenário que não teve tanta graça assim para Hamilton, foi de profunda decepção para Rosberg. Perder faz parte, mas é dificil demais perder sabendo-se que é capaz de ganhar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como dizia outro grande campeão da Mercedes, Fangio, corridas são corridas. Deu Hamilton porque era assim que deveria ser este ano e ponto final. O campeonato está definido e agora resta aguarda o início do próximo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para Massa a sensação pode ser comparada a uma de vitória. Decididamente a Williams dessa temporada não é páreo para a Mercedes, mas nessa corrida chegou muito perto da primeira colocação. Como o campoenato estava resumido aos dois da Mercedes, atrás deles havia uma segunda disputa. Massa, que começou o ano mal, foi se recuperando e ficou na frente do que eu chamaria de segundo pelotão, andando forte e subiu ao pódio novamente, hoje em segundo lugar. Trouxe junto o seu companheiro Bottas, que largou mal e terminou um tanto distante de Felipe na prova.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A F1 teve hoje uma baixa no grid para o ano que vem. Tão logo a corrida terminou, na volta de desaceleração Button, que terminou em quinto, fez um zerinho, o que deixa claro que está mesmo de saída da McLaren e da categoria. Fica tambem muito mais óbvia assim, a possibilidade de ser Alonso o ocupante da sua vaga em 2015 na McLaren.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Falando-se de mudanças, Alonso terminou uma posição atrás de Vettel, que finalizou em oitavo. Gostaria de saber o que se passa na cabeça de Vettel, sabendo que será este carro que ele vai pilotar em 2015. Respondo que passam coisas que não sabemos pois ainda não ouvi falar de um campeão que tenha preferencia por andar em um carro bem menos efeiciente do que aquele que tem a disposição hoje. Enfim, é provável que a Ferrari seja outra em 2015. Ou não. Tudo é possível.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Congratulations Mr. Lewis Hamilton!</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-44940362793162352692014-10-11T20:55:00.001-03:002014-10-11T21:34:49.775-03:00Kartismo paulistano - uma justa homenagem<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-gQB2oFvS2cQ/VDnDTw2almI/AAAAAAAACM0/hwjPdhh-LAQ/s1600/Photo0451.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-gQB2oFvS2cQ/VDnDTw2almI/AAAAAAAACM0/hwjPdhh-LAQ/s1600/Photo0451.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">No
dia 1 de Outubro último, apenas a alguns dias de se completarem 40
anos do bi-campeonato de Emerson Fittipaldi na Formula 1, o kartismo
paulistano foi homenageado na Camara Municipal de São Paulo. A sessão
solene foi presidida pelo Vereador, e Deputado Federal eleito,
Floriano Pesaro. Ele é o autor da lei 16053/2014 que inclui esse
importante esporte formador no calendário oficial de eventos do
município de São Paulo.</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">A
iniciativa é muito justa, levando-se em consideração o que a
modalidade representa para o esporte a motor do país. Nossos 3
campeões de F1 foram kartistas, assim como outros barsileiros
importantes como Rubens Barrichello, Felipe Massa, Tony Kanaan, Helio
Castroneves, Bia Figueiredo, só para citar alguns muito conhecidos.
O kartismo foi, e ainda é, um celeiro de pilotos. E os irmãos
Fittipaldi tambem têm uma participação muito especial no nosso
kartismo.</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Em
Agosto de 1960, Wilson Fittipaldi Jr. disputou a primeira corrida
oficial de karts do país no bairro Jardim Marajoara, ao mesmo tempo
que o seu irmão Emerson assistiu tudo do lado de fora pois não
tinha a idade mínima aceita para ingressar na prova. Um dos
participantes dessa prova antológica foi Paulo Manoel Combacau, o
Maneco, possuidor de uma memória fantástica dessa época, bem como
uma lista de amigos de fazer inveja. Ele foi um dos homenageados na
Camara Municipal, ao lado de Wilson Fittipaldi Jr., Lúcio Pascual
Gascòn, o Tchê, Carol Figueiredo, Chico Lameirão, Mário de
Carvalho, e muitos outros que tiveram participação ativa no
kartismo, seja como piloto, seja como preparador.</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">O
ano de 2014 não foi dos mais memoráveis para o kartismo pois
perdemos dois nomes importantes desse esporte. Dionisio Pastore,
incrivel piloto campeão que dividiu curvas com uma geração
inesquecivel, e Rino Genovese, lendário preparador apaixonado pelo
que fazia e sempre disposto a contar as suas histórias. Mas apesar
disso terminamos o ano com a boa notícia da inclusão desse esporte
na lista de eventos oficiais, o que significa garantia de calendário
e iniciativas de melhora da infraestrutura do kartódromo de
Interlagos, o nosso maior emblema nesse esporte.</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">A
sessão contou com a presença do presidente da FASP, José Aloízio
Cardozo Bastos, o vice Élcio de São Thiago, Wilson Martins Poit,
presidente da SPTuris, João Miralle, administrador do autódromo e
kartódromo de Interlagos, e José Eduardo Avila, promotor do
Campeonato Paulista de Kart.</span></span><br />
</div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Outra
presença importante foi o cineasta carioca Perdro Martins Rodrigues,
que até o momento foi o único a ter a idéia de produzir um
documentário sobre o kartismo. Durante a sessão de homenagens foi
exibido o teaser do filme <a href="https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=hn_y4RmCl2Y" target="_blank"><b>Kart História de Campeões</b></a>, que conta com
depoimentos de ícones da modalidade, bem como imagens da época.</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Parabéns
aos kartistas e preparadores que fizeram a história desse esporte no
nosso município.</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Parabéns
ao Vereador Floriano Pesaro pelo interesse demonstrado por esse
esporte.</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Viva
o nosso kartismo!</span></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br /></span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Abaixo,
algumas fotos do evento.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-8nEVyVkuQ40/VDnER7Oa3OI/AAAAAAAACNA/8j1cDWAanZY/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(15).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-8nEVyVkuQ40/VDnER7Oa3OI/AAAAAAAACNA/8j1cDWAanZY/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(15).JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-32AuRrJHzmM/VDnEgxkbM-I/AAAAAAAACNI/saqh62EHcno/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(5).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-32AuRrJHzmM/VDnEgxkbM-I/AAAAAAAACNI/saqh62EHcno/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(5).JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-DD5oBwZutMY/VDnE9cOUWvI/AAAAAAAACNQ/q7YYJgy61JU/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(22).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-DD5oBwZutMY/VDnE9cOUWvI/AAAAAAAACNQ/q7YYJgy61JU/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(22).JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_BXWLUxyfMU/VDnFNaek2VI/AAAAAAAACNY/P7ye3ijgdME/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(24).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-_BXWLUxyfMU/VDnFNaek2VI/AAAAAAAACNY/P7ye3ijgdME/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(24).JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-KNacPPnQ9-0/VDnFpO_Yn4I/AAAAAAAACNg/yJgBE1pBI64/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(27).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-KNacPPnQ9-0/VDnFpO_Yn4I/AAAAAAAACNg/yJgBE1pBI64/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(27).JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-l6rxYwzjkCI/VDnGgZ4_CiI/AAAAAAAACNo/Hse9V2bLfUk/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(28).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-l6rxYwzjkCI/VDnGgZ4_CiI/AAAAAAAACNo/Hse9V2bLfUk/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(28).JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vKa0zB0I2KI/VDnHIHifKuI/AAAAAAAACNw/r-2LXePA2hA/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(30).JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-vKa0zB0I2KI/VDnHIHifKuI/AAAAAAAACNw/r-2LXePA2hA/s1600/2014-10-01%2BDia%2Bdo%2BKart%2BPaulistano%2B(30).JPG" height="266" width="400" /></a></div>
<br /></div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-13313481495760779062014-07-27T12:07:00.003-03:002014-07-27T12:18:40.311-03:00Hungria - Pista velha é que faz corrida bôa<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Foi assim que Alessandra Alves,
comentarista das transmissões da F1 na Band News, definiu antes
mesmo da corrida o que realmente se deu na prática - uma corrida
bôa, dessas que dá gosto assistir.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A começar pelo tempo a pista apareceu
molhada mas sem chuva, uma condição que os pilôtos não gostam
pois, se assim permanece, em poucas voltas forma-se um trilho sêco
do qual os carros não podem sair pois encontram asfalto molhado em
seguida. E foi justamente essa condição que movimentou a prova no
início.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na volta de apresentação Kyviat
apagou o motor e teve que largar dos boxes, juntando-se a Lewis
Hamilton que teve o carro incendiado ontem na classificação. Na
primeira volta Rosberg manteve a primeira posição seguido por
Bottas, Vettel e Alonso. Massa caiu para oitavo e Hamilton escapou
logo no meio da volta incial. Não parecia um começo simples para
ele. O rendimento das Mercedes como sempre era um destaque e mesmo
nas condições da pista Rosberg abriu mais de 6s sobre Bottas até a
6a. volta, uma performance tipica das Mercedes nesse ano e que
sinalizava mais um passeio da equipe. Até que.....</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Ericson bate e entra o safety car na
pista, ao mesmo tempo que inciam os pit stop's. Massa foi um dos que
veio para os pit's imediatamente, o que lhe conferia uma vantagem em
relação aos demais, Por incrivel que pareça durante a as voltas
com safety car Grosjean bateu e isso mudou um pouco mais o panorama
da corrida. A bandeira amarela na pista se prolongou e isso
significou mudança de estratégia no uso dos pneus e combustivel. De
fato, a corrida começou a se tornar boa, ao menos para quem não
tinha batido.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na relargada Ricciardo estava na ponta
seguido por Button. Não durou muito e Button assumiu a liderança,
enquanto Massa aparecia em terceiro. Finalmente Massa estava à
frente do seu companheiro de equipe. Mas Button ainda precisava fazer
o seu pit stop e assim Ricciardo assumiu a ponta novamente, deta vez
seguido por Massa e Alonso.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
E Sergio Perez coloca novamente o
safety car na cena ao rodar e bater violentamente na reta dos boxes.
Mais redução no consumo de combustivel e pneus. Definitivamente a
prova ia se tornando imprevisivel. Ricciardo, Massa e Bottas seguem
para mais um pit stop. Na relargada Alonso veio na ponta seguido por
Vergne, que fazia uma bela prova, Rosberg e Vettel. Massa voltou em
sétimo, uma posição atrás da sua posição de largada, ainda
antes do meio da prova. O azar atribuido a Massa parecia ser apenas
uma lembrança ruim.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
A essa altura a pista estava
completamente sêca e embora houvesse nuvens não caía uma gota de
água. A escolha de pneus foi óbvia - slicks soft. Com a velocidade
aumentando os riscos tambem aumentam e por muito pouco Vettel não
provoca mais um safety car. Subiu na zebra na entrada da reta, rodou
e raspou o muro com a roda traseira esquerda. Mas continuou na prova
normalmente. Hamilton, que havia largado das catacumbas do grid
estava agora em segundo lugar. e à frente de Rosberg que passou a
andar num ritmo inferior ao seu habitual, aparecendo agora na 10a.
colocação depois do seu pit stop. Ricciardo vai para a troca de
pneus e Hamilton assume a ponta, com Alonso em segundo. Ricciardo
volta na terceira colocação e atrás dele Felipe Massa.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Logo em seguida Alonso vai para o pit e
depois dele Hamilton. Ricciardo assume a liderança e Massa vem em
segundo. Mas Massa ainda deveria fazer ao menos mais um pit. Voltou
na sexta colocação depois dessa troca mas atrás de Bottas.
Enquanto os da frente usavam os soft's, Massa voltou a pista com o
intermediario numa clara intenção de terminar a prova sem retornar
aos boxes novamente. Restava saber o que se daria com Bottas que
ainda deveria fazer mais uma troca.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Ricciardo vai para mais um pit e Alonso
assume a ponta novamente, seguido por Hamilton e Rosberg. Ricciardo
volta do seu ultimo pit em terceiro na volta 54. Aí a corrida
começou a tomar o seu contorno final e quem estava na frente nessa
hora tinha ao menos combustivel de sobra para usar. Foi nesse cenário
que Hamilton fez o que o público quer ver - disputou posição com o
companheiro de equipe contrariando as ordens da equipe para dar
passagem a Rosberg. Fez o correto, é isso que dá brilho a
categoria, e que nós já vimos em outras épocas da F1. Assim, com
Rosberg tendo que fazer outro pit, não apenas não ultrapassou
Hamilton com tambem perdeu um bom espaço em relação à este.
Resumindo, Hamilton venceu a parada interna na marra.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Massa tinha um jogo de pneus que
deveria administrar até a bandeirada de chegada, coisa que não é
bem o que estamos habituados a ver nas suas participações. Bottas
foi para o seu ultimo pit e Massa subiu para a quarta colocação.
Outra questão interna sendo resolvida na pista, muito embora nesse
caso não se trate de qualquer rivalidade. Massa se mantinha à frente de Bottas na prova, muito embora esteja bem atrás na pontuação.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Mas atrás de Massa vinha a Mercedes de
Rosberg nas voltas finais e com pneus novos. Rosberg passou e Massa
caiu para quinto. Ele não conseguiria segurar a performance da
Mercedes. Lá na frente estavam os tres que iriam para o pódio.
Alonso, um dos tres, saiu de frente e atravessou a chicane mas
manteve a posição, o que gerou imediatamente questionamentos dos piltotos pelo rádio.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Já no final da prova as disputas
estavam entre Alonso, Hamilton e Ricciardo, estando os tres a uma
pequena distancia um do outro. Então o vencedor da prova resolveu
trabalhar duro. Ricciardo passou Hamilton numa bela manobra, e em
seguida passou Fernando Alonso. De terceiro pulou para líder e
venceu a prova. Em seguida vieram Alonso, Hamilton, Rosberg, Massa,
Kimi, Vetel e Bottas. Uma Red Bull, uma Ferrari e uma Mercedes num
pódio onde as duas primeiras colocações vinham sendo da Mercedes.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Sim, realmente pista velha pode fazer
corrida bôa.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-38759327239178283312014-07-21T19:51:00.000-03:002014-07-21T19:55:23.226-03:00GP da Alemanha - festa alemã em casa sem a presença de brasileiros, outra vez.<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para quem é torcedor fanático de F1 e
futebol o ultimo GP de F1 deixou uma sensação de que veríamos um
brasileiro mostrar uma performance melhor que a nossa pobre seleção
de futebol, que sequer disputou a final da Copa. Felipe Massa marcou
o terceiro tempo no treino classificatório e estava assim com uma
chance imperdível de subir ao pódio, ainda que isso de desse atrás
do seu companheiro de equipe.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
As esperanças viraram de cabeça para
baixo na primeira curva da corrida, quando Felipe colidiu com Kevin
Magnussen e capotou em consequencia disso. A organização da prova
definiu o evento como típico incidente de corrida, o que de fato
foi. Felipe não atirou o seu carro propositadamente sobre Magnussen
e este não entrou com o carro na linha de tangencia do brasileiro
com o intuito declarado de faze-lo voar pela Williams. Pilotos de F1
não fazem isso pois sabem das consequencias. A realidade é que os
dois se encontraram num espaço muito pequeno, com a visão lateral
comprometida, e na hora mais propença da corrida a esses
acontecimentos.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Portanto, de fato ninguem é culpado de
alguma coisa. Mas para Felipe o evento se soma a outros e não soma
pontos para a equipe. Aí está a grande questão, a ausencia de
pontuação na metade do campeonato não é coisa que agrade a
Williams. Não bastasse isso, Bottas fez uma sensacional corrida
terminando em segundo lugar, o que deixa claro que Felipe tinha carro
para uma boa apresentação.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Azar? Falta de sorte? Falta de
competencia? Acretido mais em falta de paciencia, tendo em vista a
condição em que ele se encontra no campeonato. De uma forma
resumida Felipe perdeu o direito de dar, ou tomar, mais pancadas até
o final da temporada. Convenhamos que isso é uma condição que não
faz parte habitualmente do mundo da F1. Felipe terá que se virar
para conseguir acabar as corridas pontuando na melhor posição que
puder. E vai começar a temporada de 2015 (o contrato é de 3 anos)
em desvantagem no retrospecto comparado com Bottas. Desejo sorte ao
Felipe. Está precisando mesmo.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A corrida em si chegou a ser sonolenta
no início. Na relargada estavam à frente do comboio Rosberg,
Bottas, Vettel, Alonso, Hulkenberg, nesta mesma ordem. Todos largaram
com pneus supermacios e as trocas não deveriam demorar muito.
Ricciardo perdeu posições na largada e com isso o seu companheiro
Vettel permaneceu à frente dele na corrida até o final.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
As coisas começaram a ser mais
emocionantes quando se deu a melhor ultrapassagem da prova. Hamilton
disputou posição ao mesmo tempo com Ricciardo e Kimi e levou os
dois numa só curva. Hamilton fez uma corrida de recuperação pois
largou na vigésima posição. Tendo carro para ultrapassar os
concorrentes com facilidade foi ganhando posições uma atrás da
outra, mesmo estando com penus médios.
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mais outra disputa deu um brilho na
prova. Kimi, Alonso e Vettel vinham andando colados e o espanhol
levou a melhor. Kimi, claramente não tentou recuperar a posição e
fez o jogo de equipe que é muito comum ser visto na Ferrari.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Hamilton chegou na segunda posição na
17a. volta. Mostrou outra vez que a Mercedes é um carro muito acima
dos outros, mesmo com a alterção imposta na equipe no equilibrio da
suspenção nas frenagens. A Mercedes está muito acima dos
concorrentes e deve manter-se nessa condição até o final da
temporada.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
No final da corrida um evento fez
lembrar o trágico fim de Tom Pryce há muitos anos. Sutil rodou e o
motor apagou. Como ele estava no lado de dentro da pista a direção
de prova optou por não entrar com safety car. Por incrivel que
pareça, depois de tantas mudanças visando segurança na categoria,
em dado momento 3 fiscais de pista atravessaram a pista na correria e
conseguiram tirar o carro da posição em que se encontrava. Qualquer
coisa que desse errado nessa hora poderia se tornar tragédia.
Felizmente deu tudo certo. Tiveram a sorte que falta ao Massa, essa é
a verdade.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Rosberg faturou mais uma vitória
seguido por Bottas, Hamilton, Vettel, Alonso e Ricciardo. No pódio
um carro alemão, conduzido por um finlandes nascido na alemanha,
numa prova na Alemanha. Podolski, que estava presente na prova deve
ter dado outros tantos pulos de alegria por ver outra festa alemã
num esporte de alto nível. Isso, apenas alguns dias depois de a
Alemanha ter faturado o tetra nas nossas terras. Sim, os alemães
merecem os louros pela competencia. Não há dúvidas.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-72606962627116612092014-07-06T21:31:00.001-03:002014-07-06T21:43:06.761-03:00Silvastone - Festa inglesa no pódio: Hamilton vence e Williams chega ao pódio.<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Silverstone, a pista inglesa que já
foi apelidada por alguns de Silvastone por conta das performance de
Ayrton Senna, foi o palco deste final de semana que fez os ingleses
esquecerem a participação na Copa. Venceu um ingles e em segundo
chega uma equipe nascida no tempo dos garagistas. Isso tudo num final
de semana com uma atração bem ao estilo ingles - um desfile de
carros clássicos da F1 pilotados por Emerson, Barrichello, John
Surtees e outros mais. Uma festa inglesa de ponta a ponta.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Rosberg largou na pole e manteve a
posição, ao mesmo tempo que Vettel que largou em segundo perdeu
posições logo na primeira volta, indo parar em quinto. Na primeira
curva tudo correu bem e se a volta tivesse terminado assim as chances
da Williams poderiam ter sido até melhores.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
No meio da primeira volta Kimi
Raikkonen saiu da pista e perdeu o controle do carro no retorno.
Bateu e atravessou a pista de forma perigosa. Massa viu um caminho
obstruído e muito pouco espaço para uma reação. Freou, rodou e
bateu a traseira no carro de Kimi. Bandeira vermelha na prova e fim
de prova para Felipe Massa. Considerando-se os acontecimentos desde a
sexta-feira na Williams, a equipe teve um inicio bem decepcionante.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como a batida de Kimi danificou o guard
rail, a prova só reiniciou depois de reparada devidamente a
proteção. Na relargada, que em 2015 será parada nessas condições,
Rosberg continuava na frente seguido por Button, Magnussen e
Hamilton. Bottas que tinha largado em 17o. estava agora na 9a.
colocação e vinha forte passando os seus concorrentes com clara
facilidade. Mais uma volta e Bottas aparece em 7o., uma recuperação
fantástica.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como as Mercedes são os carros mais
eficientes desta temporada não foi surpresa ver Hamilton se
aproximar de Rosberg e formar mais uma vez a linha de frente que tem
resultado em dobradinhas da equipe. Vettel inaugurou os pits na 10a.
volta, o que sugere a estrategia de 3 paradas, uma vez que a corrida
tinha 52 voltas. Com as trocas se iniciando Bottas subiu para
terceiro enquanto as Mercedes disparavam na frente.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Rosberg fez o seu primeiro pit na volta
17 e Hamilton na 24, mantendo as posições de primeiro e segundo
como vinham até então. Até que, Rosberg tem problemas no cambia e
abandona a prova. A situação inesperada deixou Hamilton em primeiro
com uma enorme vantagem. Com 40s de sobra para o segundo colocado,
Hamilton foi para o seu ultimo pit e retornou em primeiro para vencer
a prova. Em segundo chegou Bottas, em terceiro Ricciardo, em quarto
Button, Vettel em quinto e Alonso em sexto.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como tem sido comum nessa temporada as
corridas merecem ser observadas mais da terceira posição para trás.
Foi na briga pela quinta colocação que Vettel e Alonso travaram uma
longa e dificil batalha, com direito a reclamações mútuas que se
deviam muito mais aos egos de dois campeões do que a manobras
indevidas. A dura disputa foi vencida por Vettel numa ultrapassagem
suada. Tambem por este lance a corrida valeu ser acompanhada do
começo ao fim. Tomara que a F1 possa mostrar mais disputas como
essa. É por elas que ligamos a tv.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-314142555794931442014-06-22T14:21:00.003-03:002014-06-22T14:22:29.667-03:00Austria - Rosberg vence novamente. Atrás dele Hamilton e duas Williams vendo tudo.<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Foi assim que terminou o GP da Austria
de hoje. As Williams perderam a vantagem conseguida na classificação
e outra vez a Mercedes fez dobradinha. Porem, dessa vez foram
seguidos de perto pela Williams, que mostrou que neste ano é uma
equipe bem superior à do ano passado.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na mesma pista onde Rubens Barrichello
foi um dos atores de um final dos mais melancolicos da categoria, as
esperanças do torcedor brasileiro de F1 começaram em alta e
acabaram em críticas. Felipe Massa largou na pole position mas
terminou apenas em quarto. As Mercedes mostraram mais uma vez que são
a equipe mais dificil de superar e isso deve seguir assim até o
final da temporada. Portanto, não vejo demérito para a Williams ter
perdido a liderança no curso da corrida.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Já a torcida brasileira não poupou
criticas a Felipe Massa. O que se esperava de Massa era finalizar à
frente de Bottas mas as críticas da torcida não levam em
consideração que na Ferrari o desempenho dele era bem pior. Hoje
mesmo durante a transmissão houve quem sugerisse a substituição de
Massa por Felipe Nasser.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Com sol e pista mais quente, e com
mínima previsão de chuva, a largada deu-se sem acidentes e Massa
manteve a ponta, enquanto Rosberg ganhou a posição de Bottas que a
recuperou ainda na mesma volta. Hamilton fez uma largada fenomenal e
veio lá de trás para ocupar a quarta posição já na primeira
volta. Na volta seguinte Vettel outra vez atestou o ano de azar ao
praticamente parar o carro na pista. O que pareceu ter sido um
problema eletronico, deixou de se manifestar e Vettel retornou ao
ritmo normal mas sem quaisquer chances. E mais tarde ainda abandonou
a corrida.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
As trocas de pneus começaram na volta
onze, pouco mais de 10% da corrida toda. Na volta 15 Massa foi ao box
pela primeira vez, ainda na liderança. E a partir daí começaram os
seus problemas na corrida. Segio Perez passou a ser o líder seguido
por Nico Rosberg. A pit de Massa foi visivelmente mais lento do que o
do seu companheiro Nico que entrou para a primeira troca na
sequencia.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na volta Massa ficou em 5o. sendo
ultrapassado por Hamilton quando se encontraram na saída dos boxes.
Nesta temporada ser ultrapassado por uma Mercedes significa não
conseguir retomar a posição, coisa que se confirmou para Massa até
o final da prova. Perez só veio para o seu primeiro pit na volta 29.
Estava na liderança tendo largado na 16a. colocação. Uma
performance notável, muito embora não tivesse carro para andar à
frente das Mercedes, condição que pelo visto se estende à todo o
restante do grid.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vettel abandonou na volta 36 depois de
uma corrida totalmente azarada com direito até a toque e quebra do
bico dianteiro. Rosberg seguia na frente com Bottas em 2o. seguido
por Hamilton e Massa. Quando Rosberg foi para o seu pit Bottas ocupou
momentaneamente a liderança, a qual passou a ser de Massa quando
Rosberg foi para o pit. Na volta 42 Alonso se tornou o lider durante
o pit stop de Massa que retornou à pista apenas na 5a. colocação.
Restavam aí mais de 20 voltas para terminar a corrida a os penus e a
estratégia iriam prevalecer nas definições. É bom lembrar aqui
que o fluxo de combustivel é um fator limitante e isso pode ter
ditado a performance das equipes na primeira metade da prova.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Bottas apareceu em 3o. após o seu
ultimo pit e Massa em 5o. com Perez na frente dele. Massa tinha
dificuldade de se aproximar de Perez e isso iria se tornar um
problema maior ainda quando Perez fizesse o seu ultimo pit. Dessa
forma Massa ficaria na pista a uma tal distancia do seu companheiro
que não poderia, pelas regras, usar o DRS.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Após o retorno de Perez à pista a
corrida terminou como se configurava nesse momento, com Rosberg na
liderança, Hamilton em 2o., Bottas em 3o. e Massa em 4o.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Duas coisas me parecem importantes
serem citadas. No Canada a Mercedes teve problemas com os freios e
nos instantes finais da corrida perdeu a possibilidade de vitória.
Hamilton abandonou sem freios e Nico se segurava na pista com o que
restava de condições dos seus freios. Hoje Hamilton recebeu um
aviso pelo rádio de que os seus freios estavam trabalhando no
limite. E nessa corrida, mais uma vez a Mercedes finalizou vendo nos
seus retrovisores os concorrentes. Por isso penso que os freios das
Mercedes podem acabar sendo vistos como um ponto fraco. Coisa que a
equipe solucionaria no correr do campeonato, caso haja mesmo um
deficiencia nesse item.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Outro ponto significativo foi a entrada
da Williams na disputa das posições mais à frente. Se estivessemos
falando da McLaren ou das duas Red Bull, seria previsivel. Mas a
Williams não começou nesse campeonato mostrando condições para
estar na frente das grandes. E esteve ela própria nessa prova. Acho
que aqui vale o que coloquei num post anterior sobre observar as
disputas a partir da terceira posição em cada prova. Aí está a
briga que vai dar a cara final do campeonato. Ninguem pensa na
Mercedes perdendo a liderança e assim as outras disputas ganham
espaço em quaisquer analises. Desse ponto de vista eu diria que a
Williams deu um concreto passo à frente nesse final de semana. Nada
impede que ela continue assim. Ao contrário da Ferrari que terminou
com Alonso em 5o. e Raikkonen em 10., uma típica formação da
Ferrari em final de corrida nos ultimos anos. Não há duvidas de que
hoje Felipe está num lugar melhor.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-4950372680415714212014-06-08T21:53:00.003-03:002014-06-08T21:54:40.890-03:00Canada - Ricciardo vence pela primeira vez, de forma surpreendente<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Se atualmente ninguem mais lembra de
Mark Webber, Daniel Ricciardo não apenas apareceu como quem o
substituiu com vantagens como tambem tem se mantido continuamente à
frente do seu companheiro Vettel. E de sobra, num ano de pouca sorte
de Vettel a estrela de Ricciardo parece brilhar mais que a do alemão.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Sensacional é o adjetivo mais bem
aplicado à corrida de hoje. Foi a melhor corrida do ano e dos
ultimos tempos da F1. Para quem pensa que a ausencia do som dos V8
tirou o brilho da categoria, é bom lembrar que não é apenas com
barulho que se faz grandes corridas. E quem se lembra da era dos
turbos na F1 sabe que foi período de disputas intensas, precisamente
o que se viu hoje e que tanto se espera ver numa corrida.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na largada, mais uma vez o safety car
entrou na pista na primeira volta depois de uma colisão entre
Bianchi e justamente o seu companheiro de equipe Max Chilton. Melhor
para Guetierrez que largou do box e assim iniciou a corrida junto com
os outros carros em movimento. A essa altura Massa ocupava a 5a.
posição tendo Bottas à sua frente. Na ponta vinha Rosberg seguido
de Vettel e Hamilton.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Somente na oitava volta o safety car
saiu da pista. Na volta seguinte Hamilton ultrapassa Vettel e as duas
Mercedes passam a ocupar a posição habitual. Nesse inicio de prova
as Mercedes não abriam dos concorrentes como de costume. Na volta 14
Ricciardo foi o primeiro a trocar pneus voltando para a pista com os
macios, os amarelos. Na volta 18 foi a vez de Rosberg e na seguinte a
de Hamilton. A partir daí as Mercedes começaram a abrir espaço
para os concorrentes da forma como habitualmente se dá.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Sergio Perez, que apesar da brilhante
corrida terminou num acidente com Massa, foi o ultimo a ir ao box
para a troca na volta 34, uma volta antes de se completar metade da
prova. O novo jogo de pneus deveria suportar o restante da prova.
Bottas e Massa já tinham realizado o seu primeiro pit e mais uma vez
Massa perdeu tempo na troca por um atraso na roda dianteira esquerda.
Na volta 36 veio Bottas para o segundo pit ao mesmo tempo que Massa
seguiu em frente. Uma situação bastante diversa entre os pilotos já
que Massa decidiu retardar ao maximo o segundo pit.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para quem esperava mais uma vitoria da
Mercedes pareceu estranho Rosberg ir novamente para a troca de pneus
na volta 44. Massa estava na terceira colocação nessa hora e
Rosberg voltou para a pista em quarto. A situação ficou bem mais
favorável para Massa e a equipe pediu para que prosseguisse com o
mesmo jogo o quanto pudesse. Foi o que fez Massa liderar a corrida na
volta 46 quando Hamilton foi para mais um pit stop.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
As coisas ficaram mais emocionantes
para o brasileiro e para a Williams quando Hamilton abandonou a
corrida na volta seguinte com problema nos freios traseiros. Para a
Mercedes restava Rosberg na ponta, coisa que sugeria claramente uma
vitória. Massa voltou aos boxes para a ultima troca e o que estava
se tornando mais visivel nessa fase da prova era uma diminuição do
rendimento da Mercedes. Foi a primeira vez no ano em que a Mercedes
foi seguida de perto pela concorrencia e o problema nos freios de
Hamilton pareceu ser um ponto fraco do carro, coisa que qualquer
carro tem.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na frente estava Rosberg seguido de
perto por Perez, que vinha fazendo uma corrida sensacional, seguido
de Ricciardo e Vettel. Massa vinha atrás de Bottas, que na volta 57
errou e Massa passou a ser então o quinto colocado. Ainda havia
voltas suficientes para Massa tentar um pódio.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Como ninguem é perfeito, na penultima
volta Rosberg tambem erra e Ricciardo que vinha colado não teve
dificuldade para tomar a ponta. Isso por si só já tornou a prova
surpreendente. Mas ninguem esperava que na ultima volta Massa e Perez
se encontrassem na curva e saíssem os dois deixando pedaços na
barreira de pneus e encerrando as chances de pontuação.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Segundo li a FIA considerou Perez
culpado. Não me parece caso de culpar ninguem. Uma disputa na ultima
volta em condições tão próximas como aquelas é situação em que
arrisca-se o que for possível. Nem sempre os riscos geram ganhos.
Nesse caso gerou perdas e me parece que tudo fica nesse plano, o da
disputa apetada. Os ganhos ficaram para o público que assistiu uma
corrida dessas que não acontecem sempre.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-5669109194020822192014-05-25T17:49:00.002-03:002014-05-25T17:50:34.293-03:00Indy 500 - Ryan Hunter-Reay vence na ultima volta.<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Final de semana com dose dupla de
automobilismo, em condições semelhantes. Se em Monaco a primeira
metade da corrida foi sonolenta e o final muito ansioso, na Indy 500
foi mais ainda. A primeira metade da prova correu sem nenhuma
surpresa na pista, sinalizando a possibilidade de ser uma prova sem
yellow flag, coisa muito dificil de se dar, ainda mais na Indy 500.
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para os brasileiros a primeira decepção
foi um trabalho bem abaixo do nível da equipe de Tony Kanaan. No pit
stop o carro simplesmente não pegou e Tony, o campeão dessa mesma
prova no ano passado, amargou 17 voltas parado no box vendo as suas
chances simplesmente serem extintas, ao mesmo tempo que retornaria à
prova na tentativa de somar pontos.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na frente os mais rápidos mantinham as
suas posições volta a volta, alteradas apenas pelos pits. Depois de
mais de meia prova realizada um acidente, na volta 150, deu origem à
primeira bandeira amarela. Nos comentários, Felipe Giaffone disse
que é habito pensar que uma bendeira amrela chama outra. Nesse caso
não chamou outra, mas outras mais, incluindo uma vermelha a poucas
voltas do final.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Aí a sorte de Helinho Castroneves
começou a ser definida. As chances de vencer pela quarta vez eram
muito claras. Mas quem está disputando vitória precisa contar com a
possibilidade de uma relargada e nem sempre isso é bem vindo a
poucas voltas do final. Na ultima relargada, restando apenas 6 voltas
para o fim Hunter-Reay estava na frente seguido bem de perto por
Helio Castroneves e Marco Andretti. Na prática os tres tinham
chances de disputar a primeira posição e começou aí uma disputa
muito acirrada.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Caso tal situação tivesse se
configurado a dez voltas ou mais do fim, a possibilidade de brigar
pela ponta seria mais favoravel para Helinho. Dificil seria abrir
espaço para o concorrente. A poucas voltas da quadriculada o vácuo
faz o seu papel nas ultrapassagens, ida e volta. Quem tem o vento na
cara não consegue abrir de quem está colado atrás. E assim foi que
as ultimas voltas se tornaram as mais eomcionantes numa disputa muito
apertada entre Castroneves e Hunter-Reay. Bem que Marco Andretti
tentou se aproximar mas não conseguiu. Se tivesse ultrapassado
Helinho teria o vácuo de Hunter-Reay à sua frente. Mesmo estando na
liderança, Helinho foi ultrapassado por fora por Hunter-Reay na
ultima volta.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Festa para o americano e lágrimas para
o brasileiro dentro do cockpit, a uma distancia de simples 0.06s. Por
conta de um espaço tão ínfimo Helio não conseguiu dessa vez a
respeitável marca de 4 vitórias na prova. Mas afirma que vai chegar
lá.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Tony Kanaan, que teve a corrida
inteiramente comprometida pela equipe, acabou abandonando nas ultimas
voltas. A prova teve a participação de Juan Pablo Montoya e Jacques
Villleneuve, que temrinaram em 5o. e 14o. respectivamente. A única
mulher a participar da prova foi a britanica Pippa Mann, que ficou
com a 24a. colocação. Segue abaixo o resultado.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
1 - Ryan Hunter-Reay (EUA)<br />
<b>2
- Helio Castroneves (BRA) - 0.0600</b><br />
3 - Marco Andretti
(EUA) - 0.3171<br />
4 - Carlos Muñoz (COL) - 0.7795<br />
5 - Juan Pablo
Montoya (COL) - 1.3233<br />
6 - Kurt Busch (EUA) - 2.2666<br />
7 -
Sebastien Bourdais (FRA) - 2.6576<br />
8 - Will Power (AUS) - 2.8507<br />
9
- Sage Karam (EUA) - 3.2848<br />
10 - J.R. Hildebrand (EUA) - 3.4704<br />
11
- Oriol Servia (ESP) - 4.1077<br />
12 - Simon Pagenaud (FRA) -
4.5677<br />
13 - Alex Tagliani (CAN) - 7.6179<br />
14 - Jacques
Villleneuve (CAN) - 8.1770<br />
15 - Sebastian Saavedra (COL) -
8.5936<br />
16 - James Davison (AUS) - 9.1043<br />
17 - Carlos Huertas
(COL) - 12.1541<br />
18 - Ryan Briscoe (AUS) - 13.3143<br />
19 - Takuma
Sato (JAP) - 13.7950<br />
20 - Jack Hawksworth (GBR) - 13.8391<br />
21 -
Mikhail Aleshin (RUS) - +2 voltas<br />
22 - Justin Wilson (GBR) - +2
voltas<br />
23 - Martin Plowman (GBR) - +4 voltas<br />
24 - Pippa Mann
(GBR) - +7 voltas<br />
25 - Townsend Bell (EUA) - +10 voltas<br />
<b>26
- Tony Kanaan (BRA) - +23 voltas</b><br />
27 - Ed Carpenter (EUA)
- +25 voltas<br />
28 - James Hinchicliffe (CAN) - +25 voltas<br />
29 -
Scott Dixon (NZL) - +33 voltas<br />
30 - Josef Newgarden (EUA) - +44
voltas<br />
31 - Charlie Kimball (EUA) - +51 voltas<br />
32 - Buddy
Lazier (EUA) - +113 voltas<br />
33 - Graham Rahal (EUA) - +156 voltas</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-627684631278838912014-05-25T17:01:00.003-03:002014-05-25T17:09:03.674-03:00Monaco - "You are amazing" (Nico Rosberg)<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
"Voces são incríveis", foi
a frase usada por Nico Rosberg no rádio para comemorar com a equipe
a vitória no GP de Monaco hoje. Fez barba, bigode e cabelo na prova
mais tradicional da categoria, onde milionários estacionam seus
iates na baía e assistem à corrida em cima do heliponto do barco.
Monaco é uma festa na categoria e não tem as caracteristicas
tradicionais de uma pista de automobilismo, mas conta pontos no
campeonato e é muito importante não apenas classificar bem mas
tambem não se envolver em acidentes. O safety-car é uma constante
nas provas em Monaco e neste fim de semana não foi diferente.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Na volta de apresentação Pastor
Maldonado não conseguiu largar e voltou para o box, onde ficou sem
ter participado da prova. Isso já fez Massa herdar uma posição
antes da largada. Na primeira volta Rosberg manteve a ponta seguido
de Hamilton, Vettel, Kimi, Ricciardo e Alonso. Ja na primeira volta
Perez bateu na Mirabeau o que resultou na entrada do safety-car pela
primeira vez. Assim Massa herdou mais uma posição e fechou a volta
em decimo terceiro.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Com a corrida reiniciada Vettel foi o
primeiro a ter problemas de potencia e abandonou a corrida
prematuramente após uma parada no box. Ao todo 8 carros saíram da
corrida.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Na volta 25 as coisas começaram a
mudar de verdade com a entrada novamente do safety-car. Ao mesmo
tempo que os da frente optaram por ir aos box trocarem pneus, Massa
continuou com o mesmo jogo. Na relargada Kimi se toca com uma
Marussia e volta ao box novamente. Massa aparece em quinto lugar na
prova e à frente do seu companheiro Bottas.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
Daí em diante a monotonia foi uma
constante e só no final a corrida se tornou mais tensa, muito por
conta do estado dos penus. Na volta 42 Rosberg era o líder, seguido
de Hamilton e Ricciardo, formação que acabou sendo o pódio da
prova. Na sequencia vinham Alonso e Massa. Somente na volta 46 Massa
foi para o box e saiu de lá com pneus macios e em condição de
terminar a prova sem nova troca.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
No seu retorno dos pits Massa apareceu
em 11o., tendo à sua frente Kimi em 10o. e Bottas em 9o. O que foi
interpretado como azar de Massa na classificação virou sorte para
ele e azar para Bottas que perdeu o motor na Lowes e saiu da corrida.
Mais tarde Gutierrez roda e bate na Rascasse, ponto onde não há
guincho, e foi o ultimo a abandonar a prova. Na frente as posições
continuavam as mesmas com as duas Mercedes na frente abrindo sempre
mais dos seus concorrentes, num desempenho sem comentários. Logo
atrás vinham Ricciardo, Alonso e Hulkenberg.<br />
<br />
A essa altura os pneus
eram uma dúvida e restava esperar as ultimas voltas para ver o
comportamento das Mercedes, assim como de Ricciardo que vinha perto
de Hamilton. Na volta 73 uma ultrapassagem mostrou o que é provavel
que se torne comum nas corridas que restam no campeonato - Kimi tomou
uma volta de Rosberg, ocupando na hora a 8a. colocação.
Definitivamente não foi o final de semana desejado por Kimi que
acabou se enroscando na Lowes com Manussen e acabou indo para os
boxes. Assim Massa passou a ocupar a 7a. colocação, a mesma na qual
finalizou a prova.<br />
<br />
Nas voltas finais houve uma intensa perseguição
de Ricciardo a Hamilton ao mesmo tempo que Rosberg continuava na
liderança sem ser ameaçado. Cruzou a chegada em primeiro, repetindo
o resultado do ano passado. Mostrou uma performance sem ressalvas,
pilotando a prova toda com o seu companheiro visivel no espelho.
Passou a ser o líder do campeonato e inaugurou de fato uma disputa
interna que promete ser muito acirrada.<br />
<br />
A Mercedes mostra com esse
resultado ser um carro capaz de se adaptar bem a condições variadas
e dificilmente deve ter problemas nesse aspecto em qualquer das
outras pistas do calendário. A Ferrari seria a minha aposta para
vice-campeã do ano, já que nem sempre o azar de Vettel deixa a Red
Bull contar com ele até o final da prova.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br />
E por fim coloco uma questão. Faz um
longo tempo que se fala que Massa não consegue lidar muito bem com
os pneus. No meu entender foi ele quem fez isso melhor na corrida de
hoje. Será que ele realmente não sabe lidar com pneus? Será que o
desempenho de hoje não tem a mão do Rob Smedley?</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-65389868047292138472014-05-19T21:05:00.002-03:002014-05-19T21:10:23.226-03:00Sir Jack Brabham, uma lenda inigualável - (1926 - 2014)<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-ml0e1MHPSMI/U3qcH4Z8erI/AAAAAAAACF0/eEQZqcdEHTk/s1600/426px-BrabhamJack1966B.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ml0e1MHPSMI/U3qcH4Z8erI/AAAAAAAACF0/eEQZqcdEHTk/s1600/426px-BrabhamJack1966B.jpg" height="320" width="227" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jack Brabham (foto: Wikipedia)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O mundo da F1 perdeu hoje uma lenda
inigualável. Faleceu hoje o australiano Jack Brabham aos 88 anos.
Segundo a nota divulgada pela família, faleceu em casa de causas
naturais.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Jack Brabham, que ingressou na F1 no
ano em que nasci, foi uma referencia na categoria. Fora ter sido
tri-campeão na categoria mais sofisticada do automobilismo mundial,
faturou o seu terceiro título a bordo de um carro próprio. Isso não
é coisa para poucos, é apenas para ele, já que ninguem mais
repetiu dita façanha e nem repetirá pois a F1 atual é um outro
mundo comparado com o dele.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na sua época, quando pilotou pela
Cooper, as coisas corriam pelas mãos das pessoas, dentro e fora dos
carros. A ousadia e determinação, e tambem a genialidade, eram as
ferramentas mais utilizadas no projeto de um carro de F1. Era um
grande conhecedor de mecânica e ao pilotar o seu próprio carro
combinou uma grande capacidade de pilotar rápido com um profundo
saber da máquina que conduzia. Isso é uma formula de sucesso do
tempo em que pilôtos eram caras que habitualmente estavam sujos pois
se envolviam com tudo que dizia respeito aos ajustes e
desenvolvimento dos carros.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
O mundo de hoje não verá mais pilôtos
que tenham tal nível de envolvimento com as suas máquinas e assim
Jack Brabham vai permanecer na história desse esporte como alguem
cuja trajetória jamais será repetida no mesmo formato. Tiveram a
honra de serem pilôtos da Brabham, mas nas mãos de Bernie
Ecclestone, Wilson Fittipaldi Jr. e Nelson Piquet. Por sinal dois
brasileiros apaixonados pela mecânica e que tambem meteram as suas
mãos na graxa.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-61312728279057962132014-05-11T13:53:00.002-03:002014-05-11T13:54:41.908-03:00Espanha - Mercedes, soberba, sequer precisa se preocupar com pneus.<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Numa pista onde o desgaste dos pneus
pode por fim a uma corrida ganha, a Mercedes deu uma lavada nos
concorrentes a ponto de colocar uma volta sobre o 7o. colocado - Kimi
Raikkonen da Ferrari - na última volta. Nem mesmo o desgaste intenso
de pneus fez a equipe ter dificuldades para vencer. Outra vez
Hamilton vence com o seu companheiro de equipe em segundo totalmente
visível no espelhinho. Com um carro desses mesmo que De Cesaris
estivesse no lugar de Hamilton ainda assim venceriam o campeonato,
situação com a qual já se conta ainda na quinta etapa da
temporada. É uma performance espetacular que o alemão Schumacher
não está podendo ver. Justamente ele que ingressou na equipe como
parte time de desenvolvimento.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na largada Hamilton e Rosberg
mantiveram as suas posições e Bottas ganhou a posição de
Ricciardo, fechando a volta inicial respectivamente em 1o., 2o., 3o.
e 4o. Fiquei na hora com a sensação de que a Williams poderia ter
um dia de felicidade que afinal não se confirmou. Embora a Williams
desse ano seja bem melhor que a do ano anterior ainda não é veloz o
suficiente para almejar um pódio.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Um pouco mais atrás vinham Kimi,
Alonso e Massa (6o., 7o. e 8o.), o que prometia ser uma disputa muito
interessante. O decorrer da corrida mostrou que as ultrapassagens
nessa pista são mesmo dificeis e nessa briga restaram apenas Kimi e
Alonso no final. Posição de largada sempre fez diferença em
qualquer corrida e isso poderia ser a razão de um péssimo final de
semana para Vettel, que fechou a primeira volta em 14o., mas alem de
ter alcançado o seu companheiro de equipe, mesmo não tendo o
ultrapassado marcou tambem a volta mais rápida da prova. Será que
Vettel 'acordou' para o campeonato ou a sua 'sorte' está voltando
para dentro do cockpit? Caso a se conferir nas próximas corridas.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na decima volta Maldonado ganhou mais
um pontinho na carteira de habilitação porque na primeira mostrou
que petro-dollares podem colocar alguem na pista mas não vão
pilotar, isso vai ficar por conta do piloto. Foi punido com 5s por
ter sido agressivo demais na disputa com Ericson.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vettel inaugurou as trocas de pneus na
volta 12, tendo feito antes disso a volta mais rápida marcando
1:31.876 pouco antes. Na sequencia vai ao box o seu companheiro
Daniel Ricciardo ao mesmo tempo em que a Mercedes já disparava lá
na frente. Depois vem Massa e dessa vez a Williams trabalhou muito
bem na troca, enquanto Bottas seguia bem mais à frente dele.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na volta 20 Rosberg marca a volta mais
rápida com 1:31.6 e Hamilton responde em seguida com oito décimos a
menos. A performance de Hamilton era tal que na volta 22 ultrapassou
o primeiro retardatário na corrida. Mantendo-se esse ritmo era de se
esperar que atrás dele terminasse um comboio de retardatários, o
que afinal acabou acontecendo.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mais atrás, Kimi continuava na frente
de Alonso e acabou colocando Grosjean entre eles. Não parecia que
Alonso pudesse superar Kimi com facilidade pois o finlandes mantinha
um ritmo bem forte mesmo depois de uma breve aposentadoria da
categoria, situação na qual não se espera um retorno competitivo.
Acho sinceramente que Alonso tem em Kimi o que pode ser uma pedra no
sapato no quesito performance.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na segunda troca de Alonso, deu para
entender que a Williams ainda precisa remar um pouco mais. Alonso
saiu do box na frente de Massa e mesmo com os pneus frios e com Massa
encostado nele, abriu do brasileiro sem dificuldades nessa mesma
volta.. Lá na frente a Mercerdes andava tanto que, na metade da
corrida Rosberg estava 29s à frente de Ricciardo. Seria
perfeitamente possivel fazer um pit e sair à frente de Ricciardo
nessas condições. Button tomou uma volta de Hamilton quando era o
13o. colocado e ainda tinha muita prova pela frente. A lavada sobre
os adversários estava visível.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A Ferrari mostrou nessa corrida que não
apenas a equipe pode definir o resultado, como tambem os carros são
rigorosamente iguais. Kimi veio para a troca de pneus e, imagine, foi
mais lento que as trocas de Alonso e voltou atrás do espanhol. Mas
depois as coisas mudaram um pouco e Kimi, outra vez na frente, vendeu
bem caro a ultrapassagem na pista.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Na volta 48 Alonso aparecia em 4o. com
Vettel em 5o. Considerando-se as posições de largada, Vettel
mostrou uma performance superior, coisa que foi confirmada no final
da corrida. A essa altura os carros estavam mais leves (lembre-se que
não há mais reabastecimentos) e quem tinha pneus iria andar rápido.
Nessas condições Rosberg marcou 1:29,236. Na Mercedes tinha sobra
de pneus, carro e pilôto. Mas isso não quer mais dizer que isso
venha a ser privilégio deles. As Red Bull e as Ferrari vinham
baixando seus tempos tambem. E aí a corrida passoua ter duas
instancias bem definidas sendo, lá na frente a Mercedes numa disputa
particular e mais atrás outras disputas entre Red Bull e Ferrari, de
tal forma que o final da corrida tinha que ser apreciado em dois
momentos separados.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Alonso foi novamente para os pits na
volta 54 e isso explica então porque teve que disputar posição com
Kimi na pista. Na saída Vettel se manteve à frente em 6o., seguido
do espanhol. Bottas estava em 4o., uma bela performance diga-se de
passagem, e à sua frente Daniel Ricciardo em ritmo bem consistente
embora muito distante das Mercedes. Nessa situação Vettel marcou a
volta mais rápida do dia - 1:28.918. Vettel precisava andar muito
forte enquanto as Mercedes precisavam administrar a vantagem. Isso
deixa claro que as Red Bull são um tipo de líderes de um segundo
pelotão que veremos durante essa temporada toda.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vettel ainda ultrapassou Alonso, Kimi e
Bottas e terminou assim na 4a. colocação, tendo saído quase no
final do grid. Ainda restavam mais duas disputas que mereceram ser
acompanhadas curva a curva. Lá na frente Rosberg vinha chegando em
Hamilton e na volta 60 encostou no companheiro. Esatava claramente
mais rápido mas a disputa estava aberta no ambito das ordens da
equipe. Restava ultrapassar, o que vem a ser a parte mais dificil de
todas. Enquanto eles duelavam lá na frente, Alonso finalmente
conseguiu ultrapassar Kimi na volta 64, apenas duas antes do fim. Por
isso penso que Alonso tem no seu companheiro um concorrente dificil.
Nessa hora com certeza o atraso na troca de pneus de Kimi Raikkonen
fez a diferença. Alonso tinha mais pneus que Kimi mas precisou
pilotar para ganhar a posição.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
E Hamilton faz de Kimi (7o. colocado)
mais um retardatário na ultima volta da corrida, mesmo disputando
posição com o seu companheiro de equipe que o seguia bem perto.
Venceu Hamilton, seguido de Rosberg, Ricciardo, Vettel, Bottas,
Alonso, Kimi, Grosjean, Perez e Hulkenberg. Na ordem são 2 Mercedes,
2 Red Bull, 1 Williams, 2 Ferrari, 1 Lotus e 2 Force-India. Estas são
as equipes que vão patrocinar as disputas nessa temporada, sendo a
Mercedes um caso destacado. Massa fez uma corrida para ser esquecida,
terminando apenas em 13o. mas tem carro para se juntar a esse bolo.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A próxima etapa é em Monaco e as
Mercedes devem se manter na frente. Será muito interessante ver o
que as outras que citei agora poderão fazer. E com certeza elas
disputarão duramente as suas posições. Temos o que ver pela
frente, com certeza.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-60645241955102881282014-05-02T10:37:00.001-03:002014-05-02T10:39:37.743-03:00Senna. Vinte anos depois.......<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Vinte anos depois que Senna faleceu ele
ainda é um herói para o brasileiro e mesmo que tenhamos outro
campeão nas pistas Senna continuará na distinção máxima. Essa
admiração acima da média é hoje uma história pronta, fechada,
que não mudará mais e que foi interrompida no auge da performance.
Senna teve tal impacto na vida do brasileiro que, talvez seja o único
brasileiro que despertou numa criança o desejo de ser como ele e não
como Pelé.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para um garoto que conta hoje com 20
anos e que ,portanto, veio ao mundo no mesmo ano em que Senna se foi,
o pilôto é parte de um imaginário que pode ser compreendido pela
existencia de uma imensa quantidade de matérias jornalísticas e
filmes postados na internet. Para reforçar um pouco mais essa
admiração que existe de forma muito visivel entre os mais jovens,
há ainda os comentários do pai e as matérias de televisão com
pessoas que conviveram com Ayrton Senna.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mesmo após a sua morte e sete títulos
de Schumacher na categoria, Senna permanece na condição de mito. De
tal forma que até mesmo na Europa há pessoas que entendem que Senna
era superior ao alemão Michael Schumacher. Nos ultimos dias Senna
esteve tão evidente na mídia quanto as tensões na Ucrania. E a
razão disso não é a mídia isoladamente que, de fato, se apropria
da oportunidade que o tema oferece para mais publicações. A razão
é, na prática, o próprio pilôto, o seu estilo profissional, as
suas marcas e o seu estilo pessoal.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Em resumo, Senna é uma figura singular
no meio, totalmente distinguível. A mídia, óbviamente, vai dar
destaque aos que estão ou estiveram no tôpo. Alguem hoje, por
exemplo, lembra de Scot Speed, um americano que chegou na F1 com
muitas palavras mas não sabia escolher que pneus usar num GP?</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Senna se destacou e permanece nessa
condição em função dos seus próprios êxitos. De uma certa forma
é possível dizer que Ayrton Senna ofuscou outros grandes nomes do
nosso esporte. Para fazer uma comparação mais atual, Senna tem mais
importancia no imaginário dos mais jovens do que o tenista Gustavo
Kuerten, outro dos nossos nomes brilhantes do esporte, que um amigo
meu disse ser o Senna da raquete no dia da histórica e surpreendente
vitória em Roland Garros..</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para quem como eu está perto dos 60
anos, essa visão tem ingredientes a mais que reforçam a minha noção
de que Senna é, e sempre será, visto como o mais destacado
esportista brasileiro. Temos nomes no esporte que tiveram grande e
merecido destaque nas suas épocas e foram citados com verdadeiras
honras. Por exemplo, temos expoentes como Maria Ester Bueno, Adhemar
Ferreira da Silva, Pelé, Mané Garrincha, Éder Jofre, Miguel de
Oliveira, Oscar Schmidt, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet, Gustavo
Borges, e mais um lista significativa capaz de mostrar que o Brasil
tem mesmo do que se orgulhar no esporte. Senna é visto no tôpo da
lista.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para quem, como eu, se lembra do hino
dos canarinhos quando eu tinha tão somente 7 anos de idade em 1962 e
não entendia bem porque o brasileiro era o melhor de um mundo
esquisito em que comunistas comiam criancinhas, o entendimento da
admiração da qual Senna desfruta hoje entre os brasileiros, tem
causas adicionais.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Em 1966 Pelé travou praticamente
sozinho uma duríssima batalha com nossos adversários, sendo parte
de um time bem desorganizado que voltou para casa de cabeça baixa e
vaiado, mesmo sendo já duas vezes campeão no futebol. O Brasil
melhor do mundo se tornou um dos piores e a sensação de decepção
foi expressa literalmente na forma de tristeza e mandou a nossa
autoestima para um dos níveis mais baixos até então.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Em 1970 me lembro muito bem da inversão
dessa sensação de uma forma sem precedentes na nossa história até
hoje. Estávamos curados da nossa suposta inferioridade. Dois anos
depois Emerson Fittipaldi fez o que certa vez Nelson Piquet
classificou como colocar o ôvo em pé. Ganhou um título que ninguem
cogitaria, em terras alheias, sendo parte de um time que não era
nosso, brigando com gente que nunca acreditaria num brasileiro para
essa distinção, num esporte no qual não tinhamos uma várzea
reveladora de talentos.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Emerson se tornou o máximo naquele dia
em Monza. E no retorno ao Brasil desfilou nas ruas em carro do corpo
de bombeiros, assim como a seleção dois anos antes, e com muita
gente acenando para o novo representante da nossa superioridade.
Assim, deu um surpreendente pontapé inicial num jogo que passamos a
assitir todos os domingos pela manhã.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Ao mesmo tempo que o nosso maior
futebol do mundo ficava gripado, tendo chegado depois à pneumonia, o
automobilismo se tornou o nosso mais potente analgésico. Até 1994 o
brasileiro teve motivos para continuar engolindo com menos
dificuldade uma seleção de 'fim de grid', ao mesmo tempo que fazia
festa com frequencia para vitórias em corridas e campeonatos. O
automobilismo nesse período teve a capacidade de fazer o brasileiro
ir mais cêdo para a cama no sábado e deixar para mais tarde a
pelada de domingo, muito comum antigamente nas manhãs.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Senna chegou no tôpo dessa trajetória
alimentando a ansiedade do torcedor num cenário de disputas que
lembrava muito bem o nervosismo que o brasileiro sentia numa partida
da seleção nos anos 1960. Ele deu continuidade a esse desejo de
vitórias e bandeira brasileira visível para o planeta. Tivemos
Emerson e Nelson e na falta deles tínhamos Senna. E para
potencializar mais a admiração, entram no computo números
recordistas não imaginados na época.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A interrupção trágica de uma
trajetória que ainda tinha outros capítulos mais, imediatamente
deixou no torcedor fanático a sensação de apito final. A festa
acabara e restava esperar que alguem o substituisse pois ele mesmo já
tinha feito esse papel com brilhantismo, e assim sendo outro
brasileiro viria na sequencia. Nos anos que se seguiram o futebol
curou-se da gripe prolongada, viramos os melhores do mundo outra vez,
e hoje nos próprios estádios de futebol Senna é lembrado e
ovacionado.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mas nunca foi substituido à altura. E,
por enquanto, nada aponta para a possibilidade de que venha a ser.
Hoje quando se completam 20 anos da sua morte a Copa do Mundo terá
início justamente no estádio do seu time. Se estivesse vivo, com
toda ceteza estaria presente no estádio torcendo para a nossa
seleção da mesma forma como fizemos no passado, fosse numa partida
de futebol ou numa corrida de F1.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Embora a tragédia tenha interrompido
uma carreira no auge da performance, e marcado a sua imagem para
sempre nas lembranças de quem o viu pilotar, Senna será sempre
reverenciado como o nosso maior pilôto de automobilismo, ainda que
algum dia tenhamos mais outro campeão de F1. Assim como o futebol se
recuperou e ganhou novamente, no automobilismo nada impede que isso
venha a acontecer e com certeza Senna será para um pilôto
brasileiro a referencia de superioridade, de combatividade. Quando
veremos isso novamente é dificil imaginar. Pode ser que nunca
aconteça enquanto estivermos vivos. Pode ser que a nova geração
que está dando as caras hoje, comece outra etapa em que vai valer
mais a pena acordar cêdo num domingo e cancelar a pelada do fim de
semana. Tudo é possível.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-29883591905102346052014-04-20T13:00:00.001-03:002014-04-20T13:01:12.442-03:00China- Hamilton vence em Xangai a bordo de um carro deste mesmo planeta<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Quando Ayrton Senna, ainda na McLaren,
referiu-se à Williams como o carro do outro planeta, não se
esperava a possibilidade de dito bólido ser derrtotado pelos seus
concorrentes aos quais dava poeria com facilidade. Mas a verdade é
que a Williams da época foi projetada e fabricada aqui mesmo neste
planetinha.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Hamilton marcou a pole mais de 1s à
frente do seu companheiro de equipe. Largou mantendo a liderança e
assim foi até o final. Fora isso considere-se que a classificação
se deu em pista molhada e a corrida no sêco. Carro super eficiente
pilotado com maestria por um campeão, os dois capazes de dar otimo
rendimento em condições diversas. Os de trás não conseguiram
alcançar tal performance, mas isso não é para sempre. Pode ser no
máximo por esse ano.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Pilotando um carro terreno, este piloto
que nada tem de ET, abriu tal vantagem aos seus concorrentes que na
sua troca de pneus ainda saiu do box na liderança. Portanto a
corrida aconteceu mesmo do segundo colocado para trás, enquanto
Hamilton guiava sózinho na liderança mostrando uma invejavel
capacidade de guiar rápido e preciso.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Para quem sucumbiu ao sono da
madrugada, diria que vi (e ouvi) a parte da corrida que me deixou a
clara noção de que seria uma prova sonolenta. Começou muito bem
com um ótima largada de Felipe Massa e de Alonso, que antes da
primeira curva se tocaram lado a lado num incidente típico de
disputas e não intencional. Mesmo tendo Massa conseguido ganhar uma
posição, Alonso levou a melhor pulando de 5o. para 3o.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mais tarde Massa teria a sua corrida
jogada às traças durante um dos piores pit stop da historia da F1,
quando a Williams trocou os pneus do brasileiro num autentico
procedimento de borracharia de bairro. Massa foi parar em último e
mesmo com um carro confiável pôde remar no máximo até a 15a.
colocação. Particularmente, eu julgava uma boa prova de Massa a
manutenção da sua mesma posição de largada numa pista úmida,
situação na qual a Williams não mostrou um bom desempenho. Com
pista sêca ganhar posições seria um cenário muito provável e o
pódio um final a se considerar. Que tenha mais sorte na próxima.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Alonso não mostrou que a ausencia de
Domenicali seja motivo para a Ferrari ir ao pódio. Mostrou sim que o
carro e a equipe não são páreo para a Mercedes mas que isso não
significa festejar tristes nonos lugares, tal como se deu na prova do
Bahrein. A Ferrari 'está a caminho' e deve ter a sua disputa durante
o ano com a Red Bull, mais especificamente com Daniel Ricciardo que
terminou nada menos do que 24s à frente do campeão Vettel, seu
companheiro. A performance da Ferrari hoje mostra que terá chances
concretas em pistas como Spa ou Monza.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mesmo tendo ido ao pódio, Alonso, que
ocupou a segunda colocação na corrida, viu passar sem muitas
dificuldades a Mercedes de Nico Rosberg, o segundo colocado na prova.
Nico é o piloto que tem nas mãos a chance de por fim às esperanças
das outras equipes sempre que repetir a dobradinha de hoje. Acho
dificil que venha a superar Hamilton mas acho possivel que consiga
andar sempre perto do seu companheiro de equipe. Coisa que Vettel dá
a impressão de que seja um tipo de sonho, ou até pesadelo, para
ele. Vettel mesmo admitiu nessa semana que ele precisa dar resposta à
performance do seu companheiro de equipe, claramente superior à
dele.
</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Bottas acabou confirmando o que eu
esperava, embora em condições de pista diferentes da classificação
- terminou na mesma colocação na qual largou. A Williams não é um
carro de ponta mas é claramente melhor que a versão anterior e
ainda há todo um campeonato para evoluir e ser parte do campeonato
que corre atrás das Mercedes. A equipe derrapou hoje mas isso com
toda certeza já á passado e caso já discutido e acertado, visando
as próximas etapas.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Por fim, que registre-se que desde que
acompanho a F1 (desde os idos da minha adolescencia), o GP de hoje
deixou uma ótima lembrança para mim. Nunca contei com a
possibilidade de ser citado num 'abraço radiofonico' durante uma
transmissão de F1, uma saudação muito amistosa de um dos meus
melhores amigos - Jan Balder.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Grande abraço pra ti, Omelete!</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-951762341723019816.post-20073790211666411362014-04-20T11:15:00.001-03:002014-04-20T11:17:33.494-03:00Luciano do Valle - uma voz nunca se esquece<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.08in; }</style>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-qknrJS5SW8Q/U1PWZz8LMuI/AAAAAAAACFk/cBtxG1_9oXA/s1600/Lucianodovalle.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-qknrJS5SW8Q/U1PWZz8LMuI/AAAAAAAACFk/cBtxG1_9oXA/s1600/Lucianodovalle.jpg" height="320" width="242" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><b><i>Luciano do Valle<br />(imagem: reprodução wikipedia)</i></b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="margin-bottom: 0in;">
</div>
<div style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
No ano passado, após mais de quatro
décadas sem ter notícias, falei com um antigo vizinho do meu
período da infancia, por sinal uma época inesquecivel da minha
vida. Tendo retomado o contato com a família pela internet, um dia
liguei para ele e ouvi a mesma voz que ouvi na minha infancia.
Parecia que estava frente a frente com ele.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Assim é a voz, é a mais genuina
identificação do ser humano. Voce pode esquecer a pessoa, a
fisionomia, muitas coisas, mas a voz fica gravada para sempre.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Ontem o jornalismo esportivo brasileiro
perdeu uma voz que nunca será esquecida, muito especialmente pelos
torcedores de futebol. Luciano do Valle faleceu vítima de infarto, a
caminho de Uberlandia. Sentiu-se mal durante o vôo, foi atendido na
chegada mas não resistiu.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Luciano foi o primeiro brasileiro a
narrar na tv um GP de F1, tendo narrado a histórica vitória de
Emerson Fittipaldi em Monza. Foi ele quem narrou uma vitória da qual
guardo lembrança como a mais emocionante de todas no automobilismo -
a primeira vitória de Emerson Fittipaldi na Indy. Tambem narrou as
subsequentes do campeão no mesmo ano, o que lhe rendeu tambem o
título da categoria. Sem contar as inúmeras outras narrações em
outros esportes como o futebol, basquete ou boxe.</div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Luciano do Valle tinha uma voz
absolutamente distinta de todos os seus colegas e sabia emprega-la de
maneira muito marcante. Sabia levantar a temperatura no momento da
vitória iminente e narrar com bastante equilibrio uma derota
consumada. Foi um grande profissional da voz e a sua voz jamais será
esquecida pois uma voz nunca se esquece.</div>
Zé Clementehttp://www.blogger.com/profile/13369905384683792815noreply@blogger.com0