Na manhã deste último sábado o céu estava de cara feia e o ar frio. No caminho para o Kartódromo Granja Viana o sol brilhou mas por poucos instantes. Na chegada no kartódromo as nuvens retornaram. Eram 8:45 da manhã e não havia mais lugar para estacionar dentro do kartódromo. A única saída foi parar o carro a alguns metros do portão de entrada. O ar frio de uma manhã de céu nublado é mais piedoso com os pilotos e também com seus motores.
Mas isso não foi suficiente para dois amigos meus que correram ontem a primeira etapa do ano da Sport400.
Luiz Alberto Braz não obteve tempo de classificação pois o seu motor quebrou o pistão quando tentava a sua volta rápida. O motor foi trocado às pressas e ele foi para o grid no último momento e em último lugar. É bom lembrar que o pistãozinho valente do motor avariado fêz todo o campeonato de 2008 e só ontem pediu a sua aposentadoria por tempo de bons serviços prestados.
Já Ricardo Talarico, vice do ano de 2008, teve uma classificação não muito encorajadora, ficando no meio do pelotão, mas tinha confiança no rendimento do seu equipamento para tentar chegar até o pódium. A confiança deu lugar à decepção e demonstrações de inconformismo quando ainda na primeira volta uma mangueira de gasolina se rompeu por estar atritando com a campânula da embreagam centrífuga. Convenhamos, é uma forma bem desagradável de dizer-se que perdeu uma corrida.
Braz que largou na última posição, teve a paciência que falta a muito piloto para aguardar que o bolo à sua frente começasse a se definir, para então partir para o ataque. Não foi assim a conduta de alguns que largaram à sua frente que se encontraram logo na primeira volta na curva hum, motivando até uma capotagem. Ali mesmo ele já herdou algumas posições perdidas pela falta de paciência alheia. Mas não tinha um motor tão ajustado assim às condições do dia e até fêz o característico sinal de ´negativo´ com o polegar direito, sinalizando que o motor lhe propiciava menos que o necessário. Essa condição ficou muito evidente na reta. O melhor lugar para se realizar ultrapassagens sempre foi a reta. Desde que você saia da última curva o mais veloz que possa e tenha potência e aceleração suficientes. Na falta dessas condições resta o ponto mais difícil para uma ultrapassagem que são as curvas de baixa. Especialmente quando elas sucedem um trecho de alta. Aí qualquer deslize do concorrente é o que basta para se ganhar um posição. E é aí que o piloto mostra o quanto sabe aproveitar o seu equipamento. Foi dessa forma que Luiz Braz conseguiu finalizar a prova em 11o. num grid de 19, saindo na última posição e com um motor que apenas depois de umas cinco voltas entrou em ritmo constante de funcionamento. Na segunda etapa, já com motor novo, virá a oportunidade de se recuperar.
A mesma oportunidade que terá Ricardo Talarico que foi obrigado a assistir a corrida da qual teria participado. Coisas das disputas de kartódromo que podem acontecer a qualquer um. Apesar do descontentamento justificável, Ricardo mantém o seu característco bom humor. Coisa que muita gente não consegue nessas circunstâncias.
Brilhante foi a prova do vencedor, Bruno Miloni, que liderou de ponta a ponta e sendo perseguido em todas as voltas pelo segundo e terceiro colocados. Os seis primeiros colocados foram Bruno Miloni, Breno Pero, André Salmoria, Beto Nini, Michael Pryor e Renato Rios.
fotos: Amigos Velozes
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