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terça-feira, 30 de março de 2010

Jan Balder - Um foguete rugindo nervosamente à minha direita!

Quanto anda um F1? Claro que alguma vez voce já se fez essa pergunta e normalmente de forma comparativa - o meu carro X de tais características é capaz de Y. Mas isso, é claro, é insuficiente para lhe dar uma noção do desempenho de um F1 estando você a bordo.

Eu conheci um piloto de F1 e um de Indy, mas jamais perguntei qual a sensação que um carro desses proporciona em termos de velocidade. Mas antes de ler o relato que segue mais abaixo, de quem não pilotou mas viu um F1 passando como um foguete ao seu lado, vamos colocar uns números interessantes.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Will Power vence a Indy em St. Petersburg. Pilota muito o rapaz.

Acabou agorinha a prova de St. Petersburg da Indy, a segunda etapa do campeonato. Venceu Will Power, o mesmo que venceu em São Paulo, seguindo de Justin Wilson, Ryan Briscoe e bem perto desse Hélio Castroneves. Porva em pista completamente sêca com um céu de brigadeiro. Assisti as últimas voltas e a transmissão não mostrou bem as arquibancadas mas deu para ver que havia público, não desistiram por conta de um dia de atraso. Melhor para o espetáculo que acabou se realizando apesar das dificuldades.

Um pouco mais cedo, mais ou menos no meio da prova, eu vi umas três voltas, quando alguem que não me lembro quem acabou danificando o lado direito da asa dianteira. Mesmo assim o piloto continuou acelerando forte para chegar aos boxes, mesmo que o pedaço da asa quebrada lhe dificultasse a visão. Foi uma demonstração clara de que a eficiência daquelas asas existe mas não é tão grande quanto parece pois ficou visível que a queda de performance foi pequena, embora exisitisse.

É um dos ítens que dá chance às ultrapassagens, muitas delas nas frenagens. A categoria é monomarca e não há programa de desenvolvimento próprio das equipes como é na F1, e portanto a guerra da tecnologia não afeta a performence de forma desigual entre as equipes. Embora seja uma categoria mais lenta que a F1, ainda assim é veloz e evidentemente competitiva.

Nesta etapa, dos 24 carros que largaram, 17 terminaram. Dos brasileiros que chegaram mais atrás de Helinho, Raphael Matos ficou em 8o., Tony Kanaan em 10o., Romancini em 13o., Vitor Meira em 15o., e Mário Moraes não terminou.

domingo, 28 de março de 2010

Max Wilson vence na Stock. Na indy a prova foi cancelada por conta do temporal.

O Domingo teve mais duas provas além da F1 que começou na chuva, teve acidente no início e depois com pista sêca foi vencida por Button.

Mais tarde às 11:00 da manhã foi dada a largada da Stock Car em Interlagos. Me ofereceram uma credencial mas eu tinha coisas a fazer aqui, como aliás estou fazendo agora. Uma pena pois eu gosto de corridas e tive vontade de ir nessa.

A Globo transmitiu a largada e o final. Eu vi apenas a largada. Fiquei surpreso ao ver que Cacá Bueno terminou em 15o. e Max Wilson que largou em segundo venceu a prova. Também surpreenderam Alceu Feldman e Nonô Figueiredo que vieram de lá de trás, sendo que este último foi o terceiro colocado. Logo no começo da prova houve acidente envolvendo Popó Bueno e por conta disso veio a bandeira amarela. Cacá Bueno que saiu na pole teve pneu estourado e por isso terminou apenas em 14o. Largaram 34 carros e 11 não terminaram. Christian Fittipaldi que retorna à categoria largou em 32o. e terminou em 19o.

Já a Indy em St. Petersburg simplesmente não aconteceu porque caiu um dilúvio e resolveram adiar a prova para amanhã. Isso óbviamente vai gerar um falatório daqueles. Eu li algumas postagens em inglês e uma delas dizia: “Se a F1 corre nessas condições vocês também podem”. Como eu não assisti nada pois estou trabalhando, então não sei o tamanho da água, se é que água tem tamanho, mas deve ter sido um temporal.

Téo José vai narrar com Felipe Giaffone na Band, que vai transmitir amanhã ao vivo às 11:00. Eu não vou assistir porque estarei mais ocupado ainda, mas se cair mais um temporal eu nem imagino o que vão dizer aqui, sem contar o mais importante, o que vão fazer lá. Acho que amanhã com ou sem chuva essa prova vai ter que acontecer.

F1 - GP da Austrália - Button vence em prova com dez carros a menos no final.

Infelizmente, ao invés de ir dormir e mais tarde acordar para ver a corrida, eu dormi na frente da tv. E acordei justamente poucas voltas antes da corrida ter a sua definição quando Vettel abandonou. O atual campeão do mundo venceu, Kubica herdou posições e terminou em segundo, e Massa começou e acabou bem na terceira colocação, espantando o azar da primeira corrida.

Portanto me restou apenas ler o que foi publicado. Do ponto de vista do pouco que eu vi a prova foi surpeendente e emocionante. Vettel perder a liderança abandonando perto do final era situação não esperada e vai acabar tornando a disputa por pontos mais intensa ainda. Explicando, Vettel tem menos da metade dos pontos dos tres primeiros colocados do campeonato mas tem condições evidentes não apenas de fazer poles mas de ganhar corridas. E portanto o que se deve presenciar nas próximas provas é um competidor que não está na ponta do campeonato, inteferindo na definição deste ao terminar corridas lá na frente, coisa que fatalmente irá acontecer. É com Vettel que Alonso vai brigar nesse campeonato, caso o alemãozinho revelação dê um fim no azar.

sábado, 27 de março de 2010

Domingo de alegria triplicada.

Sobram textos na internet sobre as alegrias que os nossos pilotos da F1 nos proporcionavam nas manhãs de domingo.

Se a alegria de assistir corridas te contenta mesmo que os nossos pilotos não sejam os campeões ou vencedores das corridas, então amanhã é um dia de alegria triplicada.

Às 03:00 de amanhã será dada a largada para o GP da Austrália de F1.

Mais tarde, às 11:00 tem a Stock Car aqui em Interlagos.

E às 16:00 tem a etapa de St. Petersburg da Indy. Esta prova será transmitida em flashes pela tv Bandeirantes. No canal a cabo BandSports a prova será transmitida ao vivo.

O blog te deseja um domingo cheio de alegrias, da madrugada até o fim da tarde. Corridas para isso há suficientes.

GP da Austrália - grid de largada.

Não custa lembrar que a largada para o GP da Austrália em Melbourne é às 03:00 horario de Brasília.
Segue abaixo o grid de largada

Red Bull ditou as regras na classificação. Apenas Alonso chegou perto.

Eu assisti o treino mas não vi. É simples, eu dormi extamente na hora em que se inicou o Q3. Mas mesmo assim eu tirei proveito pois acordei 4 minutos antes das 3:00 sem que nem ao menos tivesse programado isso. Há muitos anos eu não acordo na hora e sem despertador.

Mas o meu sono não interessa e acabou me fazendo perder o melhor do qualifying. Vettel liderou as tres fases da classificação. Aqui cabe colocar um ponto importantíssimo, a Red Bull é uma equipe para ganhar o campeonato. Mark Webber ficou apenas 0,1s atrás de Vettel. Mais um segundo atrás vem Fernando Alonso e daí em diante as diferenças crescem. Portanto, apesar de ser ainda necessário ter o resultado da corrida como parametro de julgamento da performance, as chances da Red Bull vencer é grande e isso pode se dar a partir de uma disputa dura com Alonso. Quando eu falo de equipe faz todo sentido nessa situação pois o espanhol tem à sua frente dois carros da mesma equipe andando muito rápido. E não há motivos para suspeitar que a performance deles na corrida seja diferente a classificação. Apenas os tempos serão maiores pois começarão com tanques cheios mas a Red Bull deve liderar a corrida.

Michael Schumacher ficou a apenas 0,04s atrás de Nico Rosberg. Atrás do alemão está Rubinho a 0,3s, o que pode ser citado como clara melhora de performance. Por outro lado o seu companheiro, estreante na categoria, nem chegou ao Q3 e larga em 15o.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (20)


fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

O último post dessa série trata de um assunto muito conhecido, mas nem por isso deve ser relegado a plano secundário. A data que marca o final do livro é o dia em que Emerson Fittipaldi ganha o seu primeiro título de Fórmula 1. Do meu ponto de vista considero esse último capítulo muito interessante, se considerarmos que é um relato de uma pessoa que acompanha o campeão desde a sua adolescência. E também é uma oportunidade de relembrar uma passagem de incrível significado na nossa história, coisa que eu vou explorar um pouco mais no final do post.

terça-feira, 23 de março de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (19)

fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Os anos 1970 marcaram o automobilismo brasileiro como um período de profissionalização. O romantismo dos anos anteriores cedeu lugar a um automobilismo apoiado por patrocínios fortes. O automobilismo estava se tornando um produto muito atraente apesar da ausencia das fábricas que marcaram a sua época na década de 1960. Foi nesse período que nasceu a equipe Hollywood, cujo título incial era Equipe Z, iniciativa de Anísio Campos. Tambem da mesma época é a equipe Brahma de Norman Casari. A primeira competia com 2 Porsche e a segunda com Lola e o protótipo Casari 230, este com o motor Ford 302.

Em 1971, pilotando o Casari A230 numa etapa do Torneio Sudam, Jan Balder sinalizava para o box afim de obter a diferença entre ele e outro concorrente, mas a equipe não entendeu o pedido. No final da prova, ao mudar de terceira para quarta na saída do Bico de Pato, entrou segunda marcha, e rodou ao mesmo tempo que o giro do motor subiu muito alto. Mesmo assim venceu a prova.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Indy - St Petersburg em compacto.

No seu Twitter Tony Kanaan informa que o GP de St Petersburg, segunda etapa da Indy, chegará até nós na forma de compacto de 30 minutos da Bandeirantes. A prova também é em circuito de rua de 2900 metros de extenção e se realizará no próximo domingo, 28/03. Um compacto não é emocionante como a corrida pois com a internet podemos saber do resultado antes que a emissora de tv coloque no ar.

Mas será interessante demais ver como são as ruas de St Petersburg. A prova já é tradicional no calendário e com certeza se o asfalto alguma vez foi dúvida, hoje não é. O mesmo deve se suceder em São Paulo no ano que vem e por isso essa prova pode ser uma prévia das condições do nosso circuito do Anhembi na próxima edição.

E não custa lembrar que em Maio tem a tradicionalíssima 500 Milhas de Indianápolis, que deve ser transmitida na íntegra pela Bandeirantes. É a prova mais emocionante do calendário e deve ser o circuito mais antigo do mundo em atividade, apesar de ter sido atualizado muitas vezes. Se alguem me perguntasse na época de F1 do Emerson qual prova eu gostaria de assistir in loco, eu diria Monza. Hoje eu diria Indianápolis bem de frente para a reta dos boxes. Deve ser uma coisa muito emocionante a aproximação dos carros naquela velocidade num lugar onde há possibilidade de ultrapassgens. Mas o lugar que eu gostaria de estar mesmo seria nos boxes. Eu gosto muito de box.

GP da Austrália - Há razões para ficar acordado às 03:00 da madruga.

A F1 já está na Austrália. Os pilotos já rumaram para o local da segunda etapa do mundial de pilotos e construtores. Depois da Austrália a F1 vai para a Malásia, China e na sequencia poderemos acordar em horário normal pois será a prova da Espanha.

Nessa semana quem gosta de dormir na madrugada vai ficar com o replay da corrida que acontecerá às 03:00, horário de Brasília. Seguindo a programação atual de eventos, os treinos de classificação acontecerão também nesse horário.

domingo, 21 de março de 2010

E que belo presente seria esse heim........

Hoje é aniversário de nascimento de Ayrton Senna. Nasceu nesse dia no ano em que aconteceu a primeira corrida de karts no Brasil, em 1960.

Haveria festa em casa e o grande presente sem sombra de dúvida seria a estréia do sobrinho Bruno há uma semana na mesma categoria em que o tio, possívelmente de cabelos grisalhos hoje, ganhou 3 campeonatos.

Ayrton estaria aposentado das pistas e acompanhando bem de perto a carreira do sobrinho. Recentemente eu vi uma foto de Ayrton Senna na sala do Tchê, seu preparador de kart no Brasil. Foi em Interlagos em 1994. Perguntei quem estava ao lado dele e Tchê disse que era Bruno, que aparecia de costas na foto. Ainda uma criança e já com o vírus da velocidade contaminando rápidamente.

Pelo que se vê no vídeo desse post, tio e sobrinho eram compania habitual e a velocidade fazia parte do lazer dêles. E hoje possívelmente iriam comemorar no kartódromo.


sexta-feira, 19 de março de 2010

Kart São Paulo segunda etapa - a chamado do Otto.


O Otto insiste que eu tenho que colocar um post sobre a última prova, mas o que eu vou falar se não vi nada além do alambrado e da grama? Ah, sim, eu vi a traseira do Zé Ayres algumas vezes.

Bom, pra começar eu quero agradecer as novas amizades que fiz no Kart São Paulo. Mais por conta do contato no box. Eu chego lá e o pessoal me conhece, vem cumprimentar, papeia e tudo mais. Na pista pé na tábua e no box conversa. Era assim mesmo que o automobilismo funcionava antigamente. Nesse ponto o Kart São Paulo é dez. Se eu precisasse dizer onde estão os meus amigos de kartismo hoje, apontaria direto para o Kart São Paulo, claro, sem esquecer os muitos outros que eu já fiz na Granja Viana.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Kart São Paulo - segunda etapa.


Meu caro amigo Zé Ayres.

A minha brincadeira do post anterior acabou virando verdade na pista. Antes de mais nada te peço desculpas. Claro que você fica com a pulga atrás da orelha e não acredita que não foi de propósito. Eu me sentiria da mesma forma. Mas pode crer que não foi de propósito, te garanto.

Na prática eu azarei o teu campeonato e não própriamente a prova de hoje. O meu kart era melhor de retomada que o teu mas enchia menos na reta. Então em determinados lugares de baixa eu chegava mais forte ao mesmo tempo que você “atrasava” um pouco na saída de curva. E nessa situação, eu muito perto de você, tentei evitar o freio e acabei te batendo pois estava perto demais.

Você sabe que eu não tenho e não terei esse hábito de mandar os outros pra fora. Tem gente que tem. Mas não é o meu caso.

A corrida de hoje foi a pior que eu já fiz desde que comecei e o óleo não foi o fator principal, embora tivesse atrapalhado bastante todo mundo, incluindo eu que fui pro pneu na hum antes de pararem a prova.

Mas o que me atrapalhava muito hoje era eu mesmo. Você que anda de kart há tantos anos sabe que andar uma vez por mês vinte e cinco minutos não serve pra nada.

Já deve ter dois anos que eu não treino. E estou pilotando sempre um pouco pior. Sem entrar em detalhes, eu não posso treinar. E se é pra andar assim eu desisto. Ou eu entro pra acelerar e baixar tempos ou nem vou no kartodromo. Já pilotei bem melhor que isso, e hoje kart se tornou uma preocupação ao invéz de uma adrenalina. E nessa acabo estrangando a minha corrida e também a sua. Então pára, é mais fácil.

Me desculpe pela presepada. A amizade você sabe que é a de sempre.

Grande abraço
Zé Clemente

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (18)

fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

No final de 1970 realizou-se a Copa Brasil, da qual Emerson participou com um Lola T210 apelidado de Lolinha. Já havia conquistado a sua famosa primeira vitória nos Estados Unidos. O automobilismo brasileiro vivia uma grande fase e ganharia muito impulso nos anos seguintes. A Fórmula Ford havia sido criada e se tornaria uma importante categoria de monopostos no Brasil. Um torneio de final de ano no país de origem era uma oportunidade de estar em contato com família e amigos, ao mesmo tempo que divulgava a sua imagem que estava em alta na época. Quando Emerson optou por se mudar para a Europa, uma coisa que lhe chamara atenção foi a incrivel organização das equipes européias, que ele constatou ao acompanhar a F2 na Argentina. Agora como piloto da Lotus, as disparidades poderiam soar mais grotescas ainda, conforme os parágrafos abaixo. No seu livro, Jan comenta uma passagem hilária, na qual faz menção a um amigo meu.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Um duleo de pistolas - eu me sentiria assim no lugar dêles.

Uma coisa que tem feito muita falta na minha pilotagem são os treinos. A minha turma pilota um bocado e ao mesmo tempo em que êles passaram a frequentar mais o kartódromo, eu simplesmente parei e não treino mais. Quando eu ía lá para treinar fazia o que todos fazem, ajustar as minhas deficiencias, maximizar as minhas qualidades.

Na prova de abertura da Indy em São Paulo o que se viu foi um esforço muito grande para que fosse realizada, acompanhado dos improvisos típicamente brasileiros, e isso tudo no fim resultou num show. Mesmo tendo sido meio atrapalhada, a prova foi um show com muita movimentação, expectativa, surpresas, e tudo mais que faça uma prova de automobilismo ser interessante. Se na próxima improvisarem menos, ou não improvisarem nada, será um espetáculo. Espero que assim seja pois a categoria merece e é muito justificável a sua presença no Brasil.

Por outro lado na F1, que abriu a temporada no mesmo dia, o show ficou garantido por conta da incerteza de todos. Ninguem sabia exatamente o que poderia acontecer. Essa expectativa durou até as útlimas voltas quando os carros estavam fazendo tempos altos de tanque vazio pois os pneus já não eram mais os mesmos. Daqui desse ponto eu já penso que os penus desse ano não são os mais adequados para as condições. Se mudassem os pneus, já que são os mesmos para todos, o final poderia ser melhor.

terça-feira, 16 de março de 2010

Kart São Paulo - segunda etapa - baterias já definidas no site.



No site do Kart São Paulo aparece a formação das duas baterias para a 2a. etapa do campeonato que será amanhã. O site do kartódromo dá o circuito 3, o longo sem chicane, como o da semana. Não sei se isso está correto, achei que seria o 4. De qualquer forma eu já estou fora do páreo porque precisaria ganhar as próximas duas para figurar na Master desse ano.

A minha bateria ficou bacana. O Gilberto que nunca me sinaliza nada quando eu estou na pista, ficou na segunda bateria. Êle não pega na bateria dele o Mogar, mas em compensação tem o Otto e outros braços bons, entre êles o Loducca e o Claudio Abdo, que são respectivamente o segundo e o quinto do campeonato passado.

Na minha estão o Mogar, para quem nós vamos perder a corrida, o Edson Correa, que se for beneficiado pelo critério da sorte vai fazer muita gente reclamar do azar, o Marcelinho êeehhhhh, o Werner Heying, meu chapa, amizade velha, que vai ao pódium com baixo teor de glicose e relativo teor remanescente de alcool da noite anterior. Se êle berber hoje, amanhã a coisa pode ficar preta. No total somamos 28 na bateria hum.

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (17)

fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Em 1970 havia uma leva de pilotos brasileiros na Europa. Emerson, Luiz Pereira Bueno, Moco, Marivaldo Fernandes, Fritz Jordan, Wilson Fittipaldi Jr., todos disputando suas posições com grandes pilotos europeus dessa era. Apenas Emerson estava na F1. A F1 da época tinha muitas diferenças em relação à atual. Uma delas é que os pilotos de F1 disputavam também provas de F2. Então Emerson chegou na F1 tendo antes disso concorrido com pilotos dessa mesma categoria mas na F2. Qualquer piloto campeão tem outros como referencia, principalmente na fase inicial da carreira. Tendo chegado à F1, Emerson precisava se adaptar a um outro carro muito mais veloz e potente, mas já sabia com quem iria disputar. O grande desafio de todos, era conseguir andar no meio de grandes pilotos mas com um carro antiquado, embora tivesse sido vencedor em passado recente.

No GP da Alemanha em Hockenheim, o amigo Jan Balder estava presente num momento muito significativo na carreira de Emerson. No dia anterior à classificação, Emerson disse ao Jan: “Tomara que êle me dê os pneus do Rindt.” Emerson se referia aos pneus usados na sexta por Rindt, que nessa condição de já ´acomodados´ poderiam mostrar performance rápidamente. Um jornalista da Auto Sprint conversou com Emerson antes da classificação e lhe fez comentários diversos, entre outros sobre os bastidores da época.

domingo, 14 de março de 2010

O mais belo visual da F1 2010

A F1 já teve muitos carros bonitos que marcaram época. Nesse fim de semana no Bahrain Emerson andou no Lotus 72D com o qual conquistou o seu primeiro título de campeão de F1. É um carro muito bonito cuja imagem ficou para sempre na nossa mente.

A Lotus ressurge na F1 mas com o nome apenas. Nada tem a ver com o antigo team de Chapman. Mas o design do carro é um merecido e belo revival dos tempos de Jim Clark. É na minha opinião o visual mais bonito da F1 atual.


Bruno é o sobrinho e não o tio - Precisa desenhar?

Outro dia disse que a minha maior expectativa em relação a Bruno Senna seria a sua relação com a imprensa. E eu gostei do que ouvi dele. Acho que nesse ponto ele é bem mais preparado que o tio.

Mas se eu fosse amigo dele diria para se referenciar mais pela imprensa européia do que a Globo. O que salvou a transmissão de hoje de uma vergonha a ser lembrada para sempre foi a presença de Emerson Fittipali fazendo comentários. E mesmo assim ele acabou seguindo o infeliz script da emissora.

Quando Senna parou com o motor pifado focaram a imagem nele e vem a Globo com aquele formato meia boca de exaltação, e nessa hora Emerson diz, acompanhando a pauta do locutor claro, que até a voz é igual ao tio, que era impressionante.

Como a minha opinião não vale nada nesse meio, porque alem de não ser jornalista não estou comprometido com ninguem, vou não apenas discordar mas afirmar o total oposto.

SP Indy 300 - Will Power vence. Bia conclui, e à frente das outras mulheres.

Will Power, o cara que substituiu Helinho no ano passado na Penske, não apenas teve o seu prosseguimento garantido na equipe, como foi também o vencedor da primeira Indy que ocorreu nas ruas de São Paulo.

Hunter-Reay veio perto em segundo lugar e Vitor Meira que se acidentou sériamente no ano passado no oval de Indianápolis foi o terceiro colocado. Uma festa para o Vitor, sem dúvida.

Raphael Matos ficou em quarto seguido de Dan Wheldon, que se não me engano se quebrou uma vez na saída da hum na Granja Viana, Dário Fanchitti que largou na pole, Scott Dixon, Mike Conaway e Helinho apenas em nono lugar. Hélio não se preocupou em reconhecer que o resultado ruim veio de uma escolha sua na relargada após a chuva. Começa o campeonato em desvantagem mas toca o suficiente para se recuperar ao longo do ano.

SP Indy 300 - Aconteceu, Parabéns. Mas foi uma batalha sem armas.

Viva, aconteceu, houve a prova. E devem ser parabenizados os que se esforçaram para isso, inclusive os pilotos que travaram uma batalha sem armas.

Mas nem por isso eu acho que todos estão isentos de qualquer crítica. E lembre-se que toda em primeira vez acontece algo que contribui contra. Nesse caso a contribuição negativa veio lá de trás no planejamento, que acabou resultando no piso que todo mundo viu, o qual foi levemente melhorado de ultima hora.

Logo na largada o diretor de prova entrou para a corrida. Na Indy se larga em movimento, o que diminui a chance de bordoadas. Mas quando deram a largada o grid etava bagunçado e eu achei estranho que dessem a largada daquele jeito. É o tal negócio, o evento tem que começar né. Mas não tinha começado já? Então no meio daquela poeira indescritível o diretor dá a largada com a fila mal formada, o Takuma Sato veio quente por fora e começou o stike.

SP Indy 300 - melhrou mas não sarou, e parece que vem água - que saco

Com a classificação de uma fórmula ocorrendo durante a largada da outra, eu não assisti o treino classificatório da Indy. Apenas sei que Dario Franchitti é o pole. No site da prova não achei informações e o meu Twitter não quer pegar nem no tranco.

O trabalho na reta do sambódromo deu resultado. De ontem para hoje os tempos baixaram na média geral 5s. Isso se deve a apenas duas coisas. Acharam um compromisso razoável entre as ondulações da pista e a suspenção, e na reta do sambódromo agora podem meter o pé. Não apenas fazem a reta em aceleração mas a frenagem no final melhorou muito, pois começa no contreto e termina no asfalto. Aquela chicane eu acho que deveria mudar pois o concreto vai continuar onde está.

Ah, o diabo do Twitter acendeu. O fábio Seixas twittou previsão de chuva rápida mas intensa e diz que distribuiram capas de chuva. Resta saber quando essa chuva vai acontecer.

A prova começa em alguns minutos. Mais tarde eu volto por aqui. Essa, apesar do tumulto, eu não quero perder.

GP do Bahrain - velhas condições de corridas ressurgem com as novas regras.

Hoje é o dia de escrever. Tem assunto que não acaba mais, mas vou pisar no freio da verborragia porque tem muito a fazer por aqui.

A incerteza está de volta na F1 e isso é o maior atrativo para o público. Ninguem esperava que ao final da corrida o desgaste dos pneus fizessem os carros andarem vários segundos mais lentos apesar de estarem muitos kilos mais leves. Já vimos muito isso no passado.

Essa é a F1 que nós gostávamos, que no final mostrava coisas inesperadas. Como por exemplo o Vettel que levou o carro nas costas no final da prova por conta de defeito mecanico e que mostrou que é piloto amadurecido no início enquanto tinha carro competitivo.

GP do Bahrain - final surpreendente, mas a corrida acaba sempre na última volta.

Habitualmente comenta-se uma corrida do início para o final. Se eu não sou o primeiro serei um dos poucos que vai fazer o oposto hoje.

No computo geral a corrida foi um aperitivo que dará lugar ao prato principal só mais tarde. Mas foi um aperitivo muito bom na minha opinião. Eu gostei.

Eu acho perfeitamente compreensível que o Pelé tenha perdido o bonde na hora de dar a bandeira de chegada no GP de Interlagos, que não me lembro mais qual foi. Ainda bem que o meu ex-companheiro de boliche, o Carlos Montagner, estava lá muito atento à tudo e fez o nosso maior futebolista correr para a sua posição mais rápido do que os outros esperavam.

sábado, 13 de março de 2010

SP Indy 300 - classificação sá manhã - a reta do sambódromo não dá condição.

Classificação só amanhã cedo. Algumas coisas precisam ser compreendidas. Essa pista passou a existir agora. Não é possível fazer treinos livres durante a semana. Ninguem sabia o que esperar da aderencia, principalmente na parte de concreto. Descobriram tudo quando tiveram a chance de fazer as constatações e surgiu uma alternativa para viabilizar a prova, do ponto de vista técnico.

Desde o primeiro treino que eu assisti, embora os carrros já tivessem passado inúmeras vezes pela reta do sambódromo, contiuava aparecendo uma poeira meio esquisita que não acabava. Justamente no lugar onde não adere nada. Passei a achar que o concreto estava se desfazendo em pó. Aí vem a explicação que aquele ponto do traçado tem um coating previsto para o espetáculo do carnaval e portanto isso é que não dá aderencia.

Falaram em asfaltar essa reta na madrugada. Que maluquice, esse asfalto jamais estaria pronto para uso no dia seguinte. Vão entrar com uma maquina de fresagem que deixará um grooving no concreto. E isso deve bastar. Mas caso contrário eu acredito que acabem colocando alguma resina em camada muito fina que dê uma aderencia maior e que seja capaz de suportar a corrida apenas.

Amanhã 8:30 vamos saber quem larga na frente. Grandes chance para o Scott Dixon que estava andando muito bem no terceiro treino. Ele anda muito mas também tem um carro muito bom. Dava para ver isso observando o volante pela camera onboard.

Quem vai poder se limitar a participar apenas é a Bia que andou muito menos do que os outros. Com excessão da Milka Duno que não sei se conseguiria ao menos se classificar.

SP Indy 300 - a reta do sambódromo não emborracha, vai ser difícil

Me enganei no outro post sobre a Indy. O segundo treino livre na verdade aconteceu agora. Os carros andaram mais lentos do que na primeira sessão.

Deu para ver nas imagens que estavam usando vários jogos de penus para “lixarem”. E pneus novos demoram um pouco para dar toda a aderencia.

Mas o calor aumentou um bocado e isso está prejudicando visivelmente a aderencia.

Daqui a pouco tem o qualify e a pista vai estar com mais borracha e aí poderão tentar fazer algo com os pneus que já deram as primeiras voltas.

Infelizmente a Bia bateu antes de completar a primeira volta e agora só lhe resta a etapa de classificação.

Boa sorte à ela, vai precisar.

ps.: qualify às 15:30

SP Indy 300 - não é muito diferente do que eu pensei, mas eu quero ver.

Às 12:30 vai começar o treino classificatório da SP Indy 300, a prova que abre a temporada de 2010, pela primeira vez realizada em São Paulo e num circuito de rua.

Vou usar o melhor da minha sinceridade. Gostaria de estar lá. É diferente, é de outro jeito, outro lugar, são outros carros, é aqui perto, enfim tem algo que me chama a atenção na prova e que me faria ir lá assistir se não tivesse que trabalhar hoje. E por sinal numa coisa diretamente relacionada a competições.

Eu acho que é uma inciativa a ser considerada com mérito pois é um diferencial num país em que o automobilismo morreu. E eu espero que dê tudo certo e que não caia uma única gota d´agua. Espero que no ano vem tenha de novo e no mesmo lugar. Torço pelo evento.

Mas vai ser preciso eliminar o fator quebra-galho brasileiro.

GP do Bahrain - lugar muito quente e pista ondulada vao sacrificar os carros.

Isso é apenas o treino classificatório. Amanhã vamos ver o quanto vale a posição de largada. O prognóstico é que um cara como o Vettel ganhe a corrida porque em relação aos demais o tempo dele é campeão. Mas tem uma corrida inteira num lugar muito quente e numa pista muito ondulada. Tem muito trabalho pela frente e eu acho que os pneus serão o grande diferencial.

E para que sejam o diferencial vai depender do piloto. Entre Vettel e Massa há uma diferença de 0,15s, e do Alonso para trás as diferenças começam a crescer. Ninguem sabe dizer se essas diferenças serão mantidas na corrida porque os carros precisam terminar. E se o que faz êles andarem como no qualifying não puder ser o padrão de tocada na prova, então pode aparecer na frente quem está mais atrás. É preciso aguardar a corrida, qualquer prognóstico não tem sentido.

Mas algumas coisas podem ser ditas desde já. Por exemplo que o Bruno consegue a primeira vitória da equipe em que entrou, o carro vai dar uma volta completa no GP. Convenhamos, para as condições deles é fenomenal. Não acho que termine. Nem sei se eles querem de fato terminar. Vai conseguir dar uma volta e isso já é muita coisa. Mesmo o carro sendo uma cadeira elétrica, o time é valoroso, não há dúvidas disso. Resta saber se vai conseguir continuar.

Schumi classificou uma posição à frente do campeão do mundo, o qual por sinal anda com o mesmo motor do alemão. Nada mal, pelo contrário, está excelente. Não acho que o alemão chegue ao pódium mas vai pontuar com certeza.

Rubens pode ter menos trabalho do que eu imaginei. O companheiro dele é bom sim, classificou em 13o. na primeira corrida, o que é uma performance bem aceitável. Mas Rubens o superou em 0,5s e para isso a experiencia fez diferença. O que eu acho que pode acontecer entre esses dois é andarem perto um do outro o tempo todo e acho que têem chances de subir no grid.

No mais, tudo não passa de suposição e vai ser muito emocionante ver a largada que terá uma franca disputa pela segunda posição entre Alonso e Massa. É claro que já disseram à êles “Por favor não batam na primeira curva.”

Meu melhor palpite para a corrida de amanhã é que a amizade do Massa com o Alonso, se já existiu, acaba amanhã cedo logo após a luz verde.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Nas ruas de Monaco e com carros estacionados "na pista"

A F1 de hoje é muito rápida, não é mesmo? Mas a dos primórdios da categoria era lenta?
Assista o vídeo abaixo e tire as suas conclusões.

No blog do Zullino.

http://rzullino.blogspot.com/2010/03/fangio-em-monaco-aprendam-um-pouco.html

Onze motivos para ver televisão neste domingo. Vai valer a pena.

Uma parte dos meus amigos que acompanham o Amigos Velozes (muito obrigado à todos antes que eu me esqueça), são meus contemporâneos que adquiriram o hábito de acordar cêdo nos domingos para ver as provas de F1 de Emerson Fittipaldi.

Vieram na sequencia Piquet e Senna, e após o trágico fim deste último muita gente perdeu a motivação que tinha anteriormente. E essa perda motivacional ficou mais expressiva no período em que a F1 se tornou o que chamávamos na época de autorama. Carros andando um atrás do outro apenas exibindo as suas cores e eventualmente a fumaça de motores que explodiam. Felizmente isso acabou para a satisfação dos apaixonados pelo esporte e temos novamente uma F1 que atrai a curiosidade.

Esse final de semana os brasileiros, ufanistas ou não, que ligam a tv na esperança de ver boas atuações dos nossos patrícios, terão ao menos 11 motivos para ficar ligados nos acontecimentos.

Treinos livres no Bahrain - no momento nada é de fato revelador

Começaram os treinos para o GP do Bahrain e a segunda sessão já terminou tendo Rosberg na ponta. Este, que estava em oitavo na primeira sessão, melhorou o seu tempo em 2 segundos. Em compensação Adrian Sutil que na primeira era o líder está agora na 12a. colocação e piorou o seu tempo em relação ao primeiro treino.

Esses treinos de hoje não definem nada que dê subsídio para alguem apontar um provável vencedor ou a equipe que possa ganhar esse campeonato. É preciso levar em consideração que as equipes estão resolvendo diferentes problemas nos seus carros e também testando diferentes condições para que tenham referencias mais claras para o treino classificatório que se dará amanhã. Dessa forma a piora nos tempos de Sutil em relação à ele próprio pode significar peso diferente por conta do combustível. Nesse ano o reabastecimento não existirá e as equipes precisam ter dados de performance com os carros andando nas duas condições.

No momento os treinos de hoje são a única oportunidade que terão nessa pista de coletar os dados que necessitam para amanhã. Todas as equipes largarão com o tanque cheio e com os pneus que utilizarem na última fase de classificação. Além dos problemas pontuais que as equipes tenham que solucionar nos seus carros, precisarão também ter certeza do comportamento do pneu com o qual vão largar. Tudo que se faz hoje visa também essa definição. Outra questão que complica a vida de todos é o consumo de combustível. Ninguem pode ficar a pé no meio do caminho mas o consumo é claro que difere de um para o outro e pode até definir o vencedor da prova. E lembre-se que essa diferença de consumo não se deve isoladamente ao motor.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (16)

 fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Em 1970 Jan Balder correu a 12 Horas de Interlagos com um Puma de propriedade de Angi Munhoz e Freddy Giorgi. Conseguiu o carro atravéz de Milton Masteguim da Comercial MM. Esse carro foi o escolhido no lugar do BMW “esquife voador”, pois este lançou o motor nos treinos. Jan precisava viajar para a Itália e não terminou a prova. Sómente em Milão recebeu por carta a notícia de que o seu companheiro nesta prova, Fernando Barbosa, finalizou em sétimo lugar.

Antes da largada, o jogo de penus foi trocado e o carro ficou com leve tendencia de sair de frente em pista molhada.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Consumo de combustível na F1 - teremos surpresas em 2010?

Na F1 do passado não se faziam reabastecimentos porque simplesmente não estavam previstos na estratégia das equipes. Particularmente falando eu penso que aquele período era mais emocionante pelo fato de que os carros se mantinham na pista o tempo todo até o final da prova.
 
Os pit stops normalmente significavam problemas que não seriam superados depois por conta da perda de tempo no box. Isso fazia com que a preparação para o fim de semana fosse intensa e criteriosa, e não devemos nos esquecer que os treinos fazem parte das emoções do evento embora as atenções estejam sempre voltadas para a corrida em si.
 
Neste ano os pit stops serão emocionantes pois serão muito rápidos porque estarão restritos à troca de pneus. Diferentemente da F1 do passado, hoje as equipes lidam com equipamentos de acerto conhecido por todos e com previsibilidade de desempenho. Portanto o consumo de combustível pode ser muito bem controlado por todos. Mas, lendo o que se tem publicado na internet, eu não encontrei nenhuma menção que relacionasse o consumo com a aerodinâmica. A maioria dos textos foca muito a questão da diferença de peso entre início e final de prova.

terça-feira, 9 de março de 2010

Virgin - Lucas vai ter dificuldades mas também muito aprendizado.

Neste final de semana começa a temporada 2010 da F1 e há uma expectativa muito grande em relação ao rendimento de vários pilotos e equipes. Schumi volta à categoria aos 41 anos, Massa retoma ao seu trabalho depois de um seríssimo acidente em 2009, Bruno Senna vai para a pista sem ter a menor noção do que esperar do carro, Alonso está se mostrando muito confiante com a Ferrari.

Entre as equipes a Virgin é uma que alimenta dúvidas. A F1 desse ano tem uma mescla de pilotos experientes e novatos que se encontrarão na pista em momentos e velocidades diferentes. E não apenas por conta da kilometragem dos pilotos mas também em função do estágio de desenvolvimentos dos carros. Por exemplo a HRT onde pilota Bruno Senna ainda não sabe que cheiro faz borracha queimada pois vai andar pela primeira vez apenas nos treinos livres dessa semana. E Bruno Senna, é óbvio, vai sofrer com essa situação.

Específicamente a Virgin é uma das equipes que despertam curiosidade em função da ousadia do projeto. O carro que será pilotado por Lucas Di Grassi foi aos testes pré-temporada mas foi idealizado absolutamente em ambiente computacional. A equipe não usou túnel de vento para desenvolver a aerodinamica. Usou software CFD, uma categoria de softwares de engenharia que é capaz de analisar a passagem de um fluído em torno de um perfil, ou seja, o que acontece com o ar quando é acelerado em direção a um perfil aerodinamico.

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (15)

fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Nos parágrafos que seguem, Jan comenta o momento em que Emerson decidiu ir para a Europa “tentar a sorte”, como muitos disseram aqui no Brasil. Muitos anos depois, o tri-campeão Nelson Piquet, já aposentado, disse em uma entrevista na tv, que o grande mérito de Emerson foi ter posto o “ovo em pé”. E nada mais disse que a verdade. Mas isso não se deu como um ato mágico com um piloto descendo de para-quedas e caindo sentado no cockpit já de capacete e macacão. Foi bem mais extenso que isso, onde entram muitas outras coisas e pessoas, como por exemplo, Ricardo Achcar e Antonio Carlos Avallone que seguiram para a Europa um ano antes que Emerson. Achcar foi para a F-Ford e Avallone para a F-5000.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Segunda versão. Acho que vou lançar uma grife.

É, pelo jeito eu acho que o meu blog tá ficando adulto, digamos assim. O Pedrão Baleiro achou que a camiseta deveria ter o logo do blog e manda assim a segunda versão, conforme abaixo. Já pensei em registrar a marca, cobrar direitos autorais, vender a camiseta em lojinhas de rua, nos faróis, porta de teatro. Acho que o negócio é lançar uma grife. Vou ficar rico, finalmente.

Boa Pedrão


design by Pedro Henrique Baleiro - Petrópolis T-shirt´s King

domingo, 7 de março de 2010

Nóis capota mas num breka!

Hoje à tarde eu estava batendo cabeça (e o botão do mouse também), com o desenho de uma camisa de motor de kart. A peça onde o pistão desliza. Chegou um momento em que eu nao estava com vontade de prosseguir e entrei no messenger para ver se havia alguma alma benevolente para me fazer compania num domingo à tarde, vazio como esse em que fiquei trabalhando.

E logo de cara aparece o Pedrão Baleiro, lá da simpática Petrópolis. Falei pra ele que estava me estrepando com a tal camisa de kart e ele entendeu camiseta.

Eu só atentei para o detalhe quando ele me mandou uma imagem de uma camiseta, esta que ilustra o post. Aí eu expliquei, e ele entendeu que se tratava de uma camisa de motor de kart e não de uma camiseta de vestir.

Mas o presente é pra lá de bem recebido e ainda mais na situação comica que se tornou a nossa conversa digital. Afinal eu tenho que considerar que o meu bloguinho agora tem até camiseta. Só falta um pequeno detalhe: imprimir. Quando eu fizer o primeiro lote, sabe-se lá quando, o Pedrão vai ser o primeiro a receber a peça de merchandising.

Valeu Pedrão. Nóis capota, mas num breka!

quinta-feira, 4 de março de 2010

F1 Entry List - Bruno vai, promessa cumprida.

A FIA publicou a lista de equipes e pilotos que disputarão o campeonato de F1 em 2010. Consta Bruno Senna pela HRT (Hispania Racing Team) que nada mais é que a Campos com outro nome, e também outra ordem.

Na tabela, neste link aqui, aparecem 12 equipes e 25 pilotos. A diferença é a FIA não listou o companheiro de Senna que será o indiano Karun Chandhok. Estão fora do páreo a USF1, o pesadelo americano que jamais poderá ser chamado de sonho, e a Stefan GP. Esta última poderia ter-se tornado uma oportunidade de vermos novamente Jacques Villeneuve nas pistas. Este diz que se ocorrer mudança em alguma equipe em 2010 no curso do campeonato, pode ser a sua oportunidade.

Sem dúvida a F1 2010 vai valer a pena assistir todas as provas, pois desde já estão aparecendo as surpresas. Na minha opinião a maior delas não é a estréia do alemão mas a acidentada estréia da HRT. Se estão confirmados pela FIA é porque podem ser aguardados no Bahrein. E isso com apenas alguns dias para a preparação final, saindo na prática do zero. Vamos ver nesse dia do que a Dallara é capaz pois ficou tudo dependente deles.

Se Bruno e o indiano se classificarem e derem uma única volta completa já poderão ser considerados heróis. Terão cumprido o que o chefe de equipe, Colin Kolles, disse: “Eu não sei como os conseguiremos, e não me interessa, mas nós teremos dois carros no grid.

Ralo - o destino final dos nossos votos.

Acho que dessa vez eu entendi. Não sei bem o que acontece comigo, mas dentro dos limites da minha cognição eu passei a imaginar que depois que eu comecei a envelhecer, tamém comecei a ficar burro, ou eu já era e só agora a minha percepção melhorou e então eu fiz mais uma descoberta sobre a minha pessoa. Aaahhhh, o auto conhecimento, deve ser isso. Vou convidar a Beth pra comer uma pizza no fim de semana. Ela é psicopedagoga e muito amiga minha, acho que vai me ajudar.

Então eu, finalmente depois de tantos anos de vida penso ter descoberto o que os políticos querem da sua platéia, os portadores do certificado de otário, que é como eu passei a ironizar o valor concreto que tem o título eleitoral no Brasil. O que resta da minha inteligencia serve para chegar à brilhante conclusão de que essas pessoas não levam na melhor consideração o fato de que são pagos, e régiamente diga-se de passagem, para fazer política favorável aos idiotas que votaram neles, sem deixar de considerar que além desses que lhes deram votos há uma comunidade inteira de pessoas que habitam o mesmo chão.

Então nessas condições tão favoráveis ao desempenho das suas funções (é bom que se diga que bobões como eu precisam mostrar performance no seu trabalho pois a nossa economia é capitalista e o resultado está acima de tudo), os políticos podem passar até mesmo um mandato inteiro sem fazerem algo de realmente útil. E assim de discurso em discurso eles vão empurrando com a barriga e não geram resultado algum.

Claro, eu admito que estou exagerando num ponto, não são todos assim. Mas eu acho um absurdo uma pessoa utilizar um determinado evento e o seu cargo para obter exposição de graça. Eu, se quizer consertar o pneu do meu carro no borracheiro terei de pagar. E a mídia faz sim o seu concreto papel quando divulga um ato de um político, mas infelizmente ao mesmo tempo lhe dá visibilidade. Nem tudo na vida é perfeito.

Assim é que um vereador paulistano do PTB, sr. Adilson Amadeu, resolveu a tão sómente 8 dias da realização da prova se manifestar contra e propor o cancelamento da mesma.

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (14)

 fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Sem dúvida nenhuma a fase das carreteras foram de um romantismo à toda prova. Mas a entrada das montadoras no Brasil não sepultou esse romantismo nas corridas. Na verdade acabou por colocar no mercado mais opções para os pilotos do que existiam anteriormente. Além das carreteras criadas a partir de veículos de fabricação nacional, a fase dos protótipos foi muito marcante. Existiam à disposição de quem se interessasse, carros mais leves e mais modernos, motores e câmbios que poderiam ser adquiridos em qualquer lugar, e o impulso que o automobilismo estava mostrando na época ampliou a comunidade de preparadores e construtores. Havia espaço para criação de carros que se destinavam apenas a corridas, como foi o caso do famoso protótipo AC, criação de Anísio Campos, o protótipo Snobs pilotado por Eduardo Celidôneo e Carlos Sgarbi, assim como outras idéias mais exóticas como pode-se notar pelos parágrafos abaixo do livro de Jan. A imaginação era o limite e esses protótipos nacionais ficaram na lembrança de muita gente.

terça-feira, 2 de março de 2010

Tranqueiras de Corrida - Roberto Zullino



Leia este blog, vale a pena: http://rzullino.blogspot.com/
Meu amigo Roberto Zullino me avisa de uma das minhas distrações. Êle tem um blog que eu não conhecia chamado “Tranqueiras de Corrida”. Para reparar a minha omissão listei o blog dele na Minha Lista de Blogs, abaixo à direta.

No seu blog, Zullino trata do que mais gosta, automobilismo de competição antigo. Entre outras coisas lá se encontram posts sobre Mercedes, Le Mans, Ferrari, Jaguar, só para falar de alguns. Tudo ilustrado com fotos bem escolhidas e vídeos também. Entre lá e confira.

Zullino é uma pessoa de características peculiares. Apaixonado por automobilismo de competição, foi o vencedor da temporada 2003 do campeonato paulista na categoria Fórmula Classic Light, pilotando o Porsche Spyder da foto desse post. Conhece muito o automobilismo internacional, mora na Granja Viana, fala bem mais que eu, e é capaz de inusitadas proezas como por exemplo ser bombardeado pelos efluentes naturais de um quero-quero enquanto pilotava o FittiVê dos irmãos Fittipaldi em Guaporé durante o último evento do Museu do Automobilismo Brasileiro,  o que faz dele a nossa cópia mais fiel do Nigel Mansell.

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (13)

fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Livros podem ser interpretados de variadas formas pelos seus leitores. O livro de Jan, do qual tenho reproduzido pequenos trechos últimamente, sem dúvida nenhuma é um apanhado geral do nosso automobilismo, focado nas suas passagens mais significativas.

Mas é fato concreto que o tema tem grandes doses de romantismo e o livro não foge dessa condição, especialmente quando relata cenas hilárias, bastidores até então desconhecidos do público, e fatos que nos dias de hoje não fazem parte do comportamento geral dos pilotos. Como, por exemplo, uma aposta entre dois pilotos que resultaria na aposentadoria de um deles. O fato se deu nos 500 Km de Porto Alegre em 1968, conforme relata Jan Balder nos parágrafos que seguem.

segunda-feira, 1 de março de 2010

USF1 - "Coming Never".

Todos se lembram da expectativa e da luta que foi a criação da Copersucar por Wilson Fittipaldi Jr. Muitos fizeram críticas sarcásticas e a imprensa não poupou palavras para qualificar mal a equipe. O grande apelo para a existencia da equipe eram os títulos de Emerson, que conferiam credibilidade à nova iniciativa da família.

Mas como se sabe, construir um carro desses que seja competitivo, é uma tarefa nada simples e muito onerosa. O dinheiro Wilson Fittipaldi Jr. conseguiu na Copersucar. Êle era piloto de F1 e isso aumenta as chances nas negociações, pois êle já circulava no meio com facilidade, fora ter experiencia na pilotagem. O ingresso do irmão foi um reforço bem vindo e todos passaram a esperar mais uma escalada de resultados. Porém os tais resultados não vieram e muita coisa precisou acontecer para que a equipe participasse regularmente das temporadas, que no total foram 8. Enfim, sabemos que criar uma equipe dessas é um risco e tanto.