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domingo, 14 de março de 2010

SP Indy 300 - Aconteceu, Parabéns. Mas foi uma batalha sem armas.

Viva, aconteceu, houve a prova. E devem ser parabenizados os que se esforçaram para isso, inclusive os pilotos que travaram uma batalha sem armas.

Mas nem por isso eu acho que todos estão isentos de qualquer crítica. E lembre-se que toda em primeira vez acontece algo que contribui contra. Nesse caso a contribuição negativa veio lá de trás no planejamento, que acabou resultando no piso que todo mundo viu, o qual foi levemente melhorado de ultima hora.

Logo na largada o diretor de prova entrou para a corrida. Na Indy se larga em movimento, o que diminui a chance de bordoadas. Mas quando deram a largada o grid etava bagunçado e eu achei estranho que dessem a largada daquele jeito. É o tal negócio, o evento tem que começar né. Mas não tinha começado já? Então no meio daquela poeira indescritível o diretor dá a largada com a fila mal formada, o Takuma Sato veio quente por fora e começou o stike.


Começaram a frear e o pessoal de trás que não via nada, de repente se viu de frente a uma confusão. A Bia tirou para a direita e como vinha lá atrás deu tempo de perceber e desacelerar. O Mario Moraes viu a traseira do carro dela crescer e tirou para a esquerda freando. Claro que vai rodar, não tem dúvida. E será que custava tanto assim mais uma volta para poder alinhar melhor o grid? Não seria certeza de largada sem acidente mas diminuiria a possibilidade.

E aí apareceu uma variável na qual ninguem que comenta o assunto tinha pensado. O resgate é lento demais para os padrões da categoria. E se o carro do Andretti ou o do Moraes pegasse fogo? Seria uma tragédia. Ainda bem que ninguem se machucou. Eu não gostaria de ver um resultado desses.

E aos críticos de plantão que torceram para dar errado, caso oposto do meu que torci sim a favor, a chuva acabou beneficiando o final do evento apesar da longa parada. Afim de não esticar esse papo do piso apenas vamos lembrar que a drenagem simplesmente não há. Mas a água acabou limpando a pista que estava imunda por conta da poeira que saía da reta do sambódromo.

E o resultado final foi que assim que a pista secou na relargada os tempos foram baixando e os pilotos ganharam confiança e começaram a meter o pé com vontade. Embora seja fato que com essa pista molhada não é possivel correr, também é fato concreto que precisam pensar, e muito bem, tanto nas incríveis ondulações como na drenagem. Porque aqui sempre há a possibilidade de chuva e segundo as más linguas tem contrato para 5 anos, ou mais quatro provas. Tem que dar um jeito, tanto na pista como na logística. Acabamos mostrando ao mundo que não conseguimos asfaltar uma rua, apesar de asfaltarmos muito bem um autódromo. Uma incoerencia.

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