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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ayrton Senna - vídeo do primeiro teste na F1.

Em 1983 Ayrton Senna teve a sua primeira oportunidade de testar um F1 em Silverstone. Este teste foi pela Williams, justamente a mesma equipe pela qual Senna fez a sua trágica última disputa. O vídeo deste post traz muitas recordações da F1 que nós apreciávamos. Frank Williams andava, Reginaldo Leme tinha cabelos pretos, e Senna era um garoto novinho com um sonho grande que viria a se realizar de forma gloriosa.

É interessante perceber que embora fosse tão sómente um garoto nessa época, falava com muita segurança, o que lhe atribuía maturidade, ao menos como esportista de topo. Houve mais dois testes após esse, sendo o segundo pela McLaren e o terceiro pela Toleman com quem acabou assinando.

Barcelona último dia - uma volta com Massa em pista molhada.

Hoje é o último dia de treinos da F1 em Barcelona. A partir de agora as equipes devem ter os seus carros restando o mínimo de ajustes possíveis. A próxima vez em que irão para a pista será daqui a duas semanas já na abertura do mundial.

A exemplo do ano passado em que a Ferrari e a McLaren começaram mal e obtiveram melhoras concretas no decorrer do campeonato, em 2010 as equipes seguirão aperfeiçoando os seus equipamentos, mas terão como referencia o resultado das corridas, pois como é sabido os treinos particulares estão proibidos.

Quem já achou o caminho do acerto do seu carro, tem uma idéia muito boa de como proceder durante os treinos para as corridas. Nos últimos dias as equipes testaram muitas coisas e com base no que colheram na pista acabaram fazendo modificações.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Barrichello - a vivencia profissional será um grande aliado em 2010.

Dentro de 14 dias começará mais uma temporada de F1 e há uma grande expectativa em torno da categoria que tem nesse ano de 2010 uma grande quantidade de mudanças.

Entre as mudanças mais comentadas estão o entra e sai de pilotos e equipes. No regulamento a proibição de reabastecimento é o ítem que promete um campeonato com muitas surpresas. O público não verá uma corrida igual do início ao fim.

Os pits passarão a ser muito rápidos e muito emocionantes. Trarão de volta o melhor do espírito de competição acirrada. Todos os pilotos perderão mais ou menos o mesmo tempo entre desaceleração e reaceleração, mas na busca pela performance máxima na troca de pneus, o que provávelmente veremos é um show de disputas entre equipes, que ocorrerá de tal forma que os décimos de segundo poderão fazer a diferença no resultado final da corrida. Tudo acontecendo em tempo record.

Interlagos - um sábado que eu não vou mais esquecer.

As duas categorias de automobilismo que mais me atraím na década de 1970 eram a Super V e a Divisão 3. O grande charme da Divisão 3 eram os fuscas, sem dúvida. Aqueles paralamas alargados, grades no capô traseiro, o rugido do escape cruzado, tudo isso são coisas que ficaram na minha memória.

A Super V era outra categoria que eu adorava. O que tínhamos de mais sofisticado no automobilismo de então eram os monopostos. A Super V era emocionante e sempre que havia chance eu ía ao autódromo. Eu não tenho a memória privilegiada de muitos amigos meus porque eu gostava muito dos treinos. Eu ía a poucas corridas porque gostava muito mais da movimentação nos boxes em dia de treinos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Bruno Senna - uma grande expectativa a poucos dias da comprovação.

Há anos os torcedores brasileiros da F1 desejam ver um novo campeão na categoria. O mais reverenciado até hoje é Ayrton Senna da Silva, indiscutivelmente um campeão de rara habilidade. Em 2010 teremos a oportunidade de ver quatro compatriotas na F1, sendo 2 veteranos e 2 estreantes, cada um vivenciando distintas dificuldades. Entre os estreantes, Bruno Senna Lalli gera expectativa em relação à sua performance na categoria mais exigente do automobilismo.

A preparação a longo prazo de um pilôto é um ingrediente importantíssimo para vislumbrar chances de sucesso. O talento natural pode determinar uma escalada de performance, mas a preparação sistemática é quem faz surgir as capacidades de forma evidente.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (12)

 fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

No nono capítulo do seu livro, Jan Balder conta a sua participação nas 500 Milhas da Guanabara em 1968, pilotando um BMW em dupla com Pedro Victor de Lamare. A equipe tinha dois carros e o da dupla Chico Landi/Ubaldo Cesar Lolli teve o motor avariado nos treinos e não havia reserva. Assim sendo o motor do carro de Jan foi retirado para ser usado no outro e no lugar deste entrou um standard com a potencia de 125 cv contra os 180 cv do motor preparado que estava no carro. Abaixo, Jan comenta a corrida com o BMW mais ´fraquinho´ da equipe. E depois vai uma frase de um campeão brasileiro que todos conhecem. Tirem as suas próprias conclusões.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Bia Figueiredo - essa vai longe!

Tudo bem, eu sei que tem gente que torce um pouco o nariz quando se fala de Indy no Brasil. Mas é engraçado que eu conheço muitas pessoas que lembram com muito entusiasmo da passagem triunfante de Emerson Fittipaldi na categoria. Foi mais uma porta que o “rato” abriu para os seus compatriotas. Bem, se batem palmas para as vitórias do Emerson na Indy, então eu penso que isso tem valor significativo. E tanto tem que há outros brasileiros vencedores na categoria, que fizeram as suas carreiras lá depois dele.

Assim que saiu a notícia da prova de São Paulo, eu considerei ser uma oportunidade muito bem vinda para que pessoas de interesses diversos, não somente pilotos, tivessem um ambiente favorável aos contatos com a categoria. Eu diria que dei um chute relativamente certeiro pois acabo de ver um fruto da vinda da Indy para São Paulo.

Ana Beatriz Figueiredo, a Bia, assinou ontem com o team Dreyer & Reinbold Racing. A novidade eu li ontem à tarde no Twitter da Bia e no seu site - http://www.biafigueiredo.com/.

Maneco Combacau - "dividindo" curvas na França em 1970.


Entre os kartistas brasileiros famosos, Paulo Manoel Combacau, o Maneco, ficou muito conhecido pela sua irreverência. Querido por todos da sua época, Maneco ficou famoso por uma brincadeira sua que teve o ato inaugural numa corrida longa em Ribeirão Prêto. Os karts da época deixavam a ponta dos pés dos pilotos na posição mais dianteira do equipamento, e atrás o cabo de vela do motor ficava totalmente exposto, voltado para trás. Maneco esticava o pé quando se encontrava muito próximo da traseira do adversário e puxava o cabo de vela. Essa "manobra" ficou muito conhecida no meio da época e acabou virando lenda.

Mas não foi apenas essa, e nem foi sómente nas nossas pistas que Maneco mostrou o seu espírito peculiar de kartista. A primeira participação brasileira no mundial de karts se deu em Setembro de 1970 na França, nos arredores de Paris próximo ao campo de Bagatelle, onde Alberto Santos Dumont tirou do chão o seu histórico 14 bis.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (11)

 fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Preste atenção nos parágrafos que seguem do livro de Jan. Muita gente tem a leitura de que o automobilismo é uma vida de emoções, glórias e dinheiro. Essas emoções podem em certos casos ser negativas e as glórias podem ser ofuscadas por outras derrotas. Na vida as batalhas sempre teem duas instancias: a que envolve o seu saber e suas capacidades, e a que envolve as circunstancias.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O dentista mais determinado da F1

A futura-possivel-provável estreante Campos Meta já nasceu com bronquite aguda e foi direto para a UTI pré-natal onde está recebendo os tratamentos intensivos que a façam conseguir respirar melhor.

O médico, na verdade um dentista, que está à frente do trabalho de recuperação é Colin Kolles, ex-chefe das equipes Midland, Spyker e Force India. Pelas suas declarações dá a impressão que não está lá afim de brincadeiras, e é um cara determinado. Também não parece ser alguem muito preocupado com política de boa vizinhança. Não titubeou ao afirmar que a equipe era composta de nada. Segundo êle a Campos Meta era nada mais que um escritório que abrigava funcionários sem experiência em F1, usando apenas programas de computador para criar o carro da equipe. "Êles não fizeram nada", foi a sua declaração sem papas na língua sobre a produção da equipe até antes da aquisição integral por José Ramon Carabante, ex-sócio de Adrián Campos.

Para afirmar a sua determinação Colin deu garantias de que a equipe estará no Bahrain: "Nós teremos dois carros no Bahrain. Eu não sei como os conseguiremos, e não me interessa, mas nós teremos dois carros no grid."

Considerando-se que os anteriores não fizeram nada, conforme a sua afirmação, e que estamos a apenas 3 semanas da abertura do mundial, será um milagre se esses dois carros conseguirem completar a primeira volta da prova. Na prática restam apenas duas semanas para isso, pois na semana do GP os carros e toda a infra do team precisam viajar até lá, quando finalmente vão dar a primeira volta na pista sem nenhuma referencia prévia. Uma coisa é certa, vão trabalhar daqui até lá como mulas de carga.

Um balaio de surpresas na F1 - o público é quem ganha.

No ano passado eu achei que deveria excluir o tema F1 das minhas postagens. A razão é que de uma certa forma isso apenas alimenta do meu ego e nada mais. Há gente boa que escreve sobre F1 no Brasil, mas os europeus ocupam lugar distinto na tarefa pois ao longo de anos de "estrada" acabou surgindo uma comunidade de jornalistas que se manteem constantemente antenados e em contato direto com os integrantes da categoria. E isso é coisa que vem de décadas.

Mas estou pensando que devo reconsiderar a minha decisão. E o motivo não é apenas o retorno do alemão Michael Schumacher à categoria, e sim todas as novidades que estão acontecendo nesse início de ano. A F1 2010 vai dar o que falar pelo mundo todo. De forma um tanto grosseira poderia-se afirmar que a categoria está passando por uma peneira que pode dar uma nova caracterização perante o público, que em última instância é a justificativa da sua existência.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Rio de Janeiro - será que vão derrubar o Cristo também?



No blog do Flávio Gomes um post de hoje cita uma página antiga do GP Total onde há uma matéria com fotos exclusivas sobre testes de pneus na F1 em Jacarépaguá. Tanto o texto como as fotos são de Antônio Carlos Smith Coutinho. Nas fotos se vê uma F1 muito diferente da atual num lindo autódromo localizado precisamente no cartão postal turístico brasileiro, a cidade maravilhosa.

Duas imagens dessa matéria são de fato singulares. Mostram os boxes com um design único nas pistas de competição brasileiras. Uma forma individual que torna aquele autódromo distinto de todos os outros. Outra visão que impressiona é a geografia local. Os montes que aparecem rodeando o autódromo dão o toque final na beleza do cenário e realçam a sensação agradável de se estar rodeado pela natureza majestosa, que é capaz de trazer paz de espírito fazendo contraponto com a música poderosa dos motores. No final tudo acaba aparecendo como uma festa ao ar livre, uma espécie de Woodstock brasileiro da velocidade.

No mesmo momento em que escrevo esse post, ouço Copacabana na interpretação de Dick Farney, o cara da voz de veludo. E assim vou lembrando que o Brasil é cheio de cores, de altos, baixos, de muita gente, muita música, muita festa, muito espaço, muito cenário, muita poesia.

Esse autódromo, que embora não tenha a distinção que tem Interlagos na nossa história, foi mais um cartão de visitas brasileiro, o qual será riscado das nossas vistas e se tornará apenas lembrança. As nossas músicas sempre existirão porque não podem ser simplesmente evaporadas da nossa cultura. Mas a nossa iconografia vai sendo aos poucos mandada para a vala do desprezo e esquecimento. Aqui nós refazemos o que já está pronto e vamos de pouco em pouco transformando a nossa identidade. São Paulo é um bom exemplo disso, cidade que jamais está pronta. No Rio falta apenas derrubar o Cristo Redentor. O autódromo já vai dando adeus à platéia.

Como cantou Elis Regina,

é pau, é pedra, é o fim do caminho

é um resto de toco, é um pouco sózinho

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Kart São Paulo - o critério das trocas no qualifying.


Li e ouvi algumas opiniões sobre a proibição das trocas de kart durante o qualifying no Kart São Paulo. Penso que estamos misturando alhos com bugalhos. Um dos argumentos apresentados é que o critério é mais justo pois prevê a possibilidade do piloto ser comtemplado com um kart melhor na etapa seguinte.

Vou fazer algumas considerações antes de entrar diretamente na questão. Nós corremos com karts alugados e isso por si só já reflete uma exigência bem baixa do ponto de vista técnico. Não é possível se obter equilíbrio em uma corrida com karts alugados. Alguns poderiam argumentar que o kartódromo é o responsável pela equalização do equipamento e que por isso deveria deixar todos nas mesmas condições diáriamente. Claro, mas é preciso lembrar que antes de nós aconteceram normalmente 6 baterias, e isso basta para que mudem as condições.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (10)

fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

O título do livro de Jan inclui uma pergunta que até então ninguem havia formulado: ´Porque tantas vêzes campeão?´.

Responde-la é uma tarefa não tão simples assim e engloba um certo número de atos no palco das nossas competições automobilísticas. Um dos ítens que faria parte da resposta é o fato de que determinadas pessoas estiveram no lugar certo e na hora certa. Houve um contexto que favoreceu o crescimento do automobilismo na década de 1960. Um dos acréscimos no esporte foi a Fórmula V que era uma opção barata de monoposto com mecânica Volkswagen 1200. A sua criação era uma idéia defendida pela revista Auto Esporte.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Kartódromo Granja Viana - A minha comunidade.


Quando estou a caminho do Jardim da Glória pela rodovia Raposo Tavares, onde o meu destino final é o Kartódromo Internacional Granja Viana, me vejo como um mortal comum que está a poucos instantes do exercício de uma atividade diferenciada, e com pessôas igualmente diferenciadas. Essas tais pessôas eu nunca mencionei diretamente aqui no Amigos Velozes e quando atentei para tal detalhe, percebi uma falha minha muito significativa.

As minhas idas a esse kartódromo me remetem à lembrança do tempo em que os boxes e a lanchonete do autódromo de Interlagos eram point de convívio de muita gente, onde os encontros eram seguidos de abraços e manifestações de amizade de todo tipo. Êsses bastidores também são um grande apêlo à frequencia a esses locais. O esporte, seja êle qual for, tem sempre uma função social que tem o poder de concentrar pessôas, que num determinado momento pensam e agem de forma similar e com objetivos iguais. Uma comunidade.

Isso, isoladamente falando, não é suficiente para que o esportista se sinta à vontade num local e grupo que êle reconhece e onde êle é reconhecido. Os outros participantes que estão habitualmente atrás das cortinas têem um papel fundamental para que esse mecanismo não pare de funcionar, mas nem sempre são citados. E é sobre essas pessôas que eu falo nesse post.

Alguns integrantes dessa valorosa equipe de 60 funcionários.
À esquerda em pé Felipe Giaffone, à direita Brunini, os simpáticos meninos do box e o diretor de prova do dia, Gabriel, sentado de camisa verde.

Há uma coisa que eu vi muito no mundo da velocidade. Você pergunta a um pilôto se êle vai na próxima corrida e êle responde: “-Hummm, acho que não vai dar!” Essa resposta dá tranquilamente uns 60% de chances de você encontrar o pilôto na prova que êle disse não ter certeza da participação. Se for prova de kart a chance deve ser maior ainda.

Em 15 de Outubro de 2005, sentei pela primeira vez num kart no Kartódromo Internacional Granja Viana e descobri quanto tempo e quantas curvas eu perdi na vida. Poucos mêses depois estava inscrito na categoria idealizada por Gilberto Gallucci na Amika, a Sênior. Antes da estréia da categoria eu descobri um dos ossos do ofício, trinquei uma costela num treino. Seguiram-se mêses assistindo os outros derreterem slicks na pista.

Conheci muita gente dentro e fora da pista. Bem mais tarde, em Janeiro de 2009, realizamos uma bela e justa homenagem ao Maneco Combacau, uma lenda do kartismo nacional e o maior incentivador da modalidade. Ao tôdo eu fui para a pista 82 vêzes, uma delas na última prova no oval do Endurance Noturno. Dois mêses depois eu estava no box sinalizando e organizando as trocas da Equipe Durangos que foi ao pódium num brilhante quarto lugar. Agora estou tentando pilotar outra vêz, depois de mais um ano sem nenhum treino, no Kart São Paulo do Otto Resende.

A Curva Hum ao final da reta. Local de emocionantes ultrapassagens.

Pilotei com os meus amigos, fotografei, falei e escrevi sobre êles. Mas nunca uma palavra sobre o próprio Kartódromo.

Nêste também fiz amigos que me tratam muito bem. Tôdos, sem exceção. Sempre ouço de algum dêles: “Oi Zé, como vai? Vai andar hoje?”. Sempre fui bem recebido por tôda equipe de funcionários do kartódromo, independentemente da função que tenham. Diógenes e Gabriel sempre têm algo a conversar. Mirna, da secretaria, é a dona de um sorriso pole position, prestativa e com uma paciência de jó. Bruno, o filho dela, herdou da mãe a forma de lidar conosco. As meninas da secretaria, hoje com menor sobrecarga por conta das reservas via internet, jamais se incomodaram com os meus inúmeros telefonemas afim de saber dos horários e datas de baterias vagas. Os mecânicos muitas vêzes me apontaram o foguete do dia e eventualmente foram os provedores de alguns goles de café que eu tomei no box em noites frias. Brunini, sempre cheio de ocupação, não nega ouvido a algum pedido ou idéia. Na lanchonete seria uma injustiça reclamar de qualquer coisa ou alguém. O garçon Luis já virou amigo há muito tempo e é sem dúvida um dos garçons mais educados e atenciosos que eu conheci. Na portaria, por onde sempre passo ao volante do meu carro, o meu sinal de positivo sempre é retribuído. Num universo onde há pilôtos de destaque, notadamente os que já pilotaram em categorias internacionais, é comum uma certa timidez da nossa parte ao abordar uma pessôa dessas. Bobagem. Felipe Giaffone é uma figura simpática e sorridente. Como tem que dividir diáriamente o seu tempo entre a fábrica e o kartódromo, não é tão fácil assim poder contar com o seu tempo para uma conversa mais tranquila. Mas foi assim mesmo que eu o conheci na lanchonete e de lá para cá sempre me cumprimenta muito amávelmente. Enfim, se alguém pensa que estou puxando muito a sardinha para o lado dêles, a única coisa que posso sugerir é que vá lá no kartódromo e constate a minha avaliação. Não irá se decepcionar.

É preciso ter em mente que o nosso lazer, praticando o esporte que mais gostamos, é amparado pelo profissionalismo e dedicação de pessôas a quem devemos a nossa reverência em função também das suas atitudes e forma de comunicação. Êles estão lá para isso e devem ser lembrados.

À tôdos vocês, funcionários dêste kartódromo, à família Giaffone muito bem representada por Felipe que atualmente pilota na F-Truck, à todos da lanchonete onde eu mato a minha sêde e fome, o meu sincero muito obrigado por tôda atenção e amizade da qual eu desfruto por tanto tempo. São vocês mesmos as pessôas que sabemos que nos receberão como parte dessa comunidade, recepção esta que é uma atitude positivista e forte apêlo ao nosso retorno para mais uma sessão de adrenalina.

Meu muito obrigado à tôdos vocês.

O Kartódromo Internacional Granja Viana fica na Rua Dr. Tomas Sepe, 443 - Jd. da Glória - Cotia-SP (Km 24.5 da Rodovia Raposo Tavares - Granja Viana - sentido São Paulo)
Tel: (11) 4702-5055
E-mail: contato@kartgranjaviana.com.br 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Cine Motor

 Quem é amante da história do automobilismo nacional, especialmente aqueles que tiveram a chance de presenciar corridas do passado, pode relembrar o tema e ampliar os seus conhecimentos lendo blogs, essas ferramentas maravilhosas que tiram do fundo do baú pessoas, carros, pistas e estórias incríveis.

Mas nada mais empolgante que poder ter contato direto com os personagens desse esporte. E agora surge mais uma iniciativa que nos colocará na platéia de uma sala de exibição para assistirmos filmes que retratam o nosso automobilismo e fazem as nossas mentes serem remetidas a um passado apaixonante, que eventualmente tenha sido presenciado por nós mesmos.

O Dú Cardim noticia a criação do Cine Motor cuja primeira exibição se dará no dia 1o. de Maio de 2010 em sala de cinema em São Paulo.

Acompanhe no blog Cine Motor. Não haverá bilheteria, os ingressos devem ser adquiridos atravéz do blog.
 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A influência da obscuridade no KartSãoPaulo. Ponto para o Sr. Trevas!

Day After. O Sr. Trevas manda mais algumas das suas insanidades - ou serão provocações? 


Fala Zé que mente! Qual foi ontem? Desculpa de kart ruim não cola. Medinho de novo? Parou por qual motivo? Pisa fundo e mostra o que você sabe ou vou pensar que não é mais o mesmo. Vai engolir esta?

E não é que começou de novo? TREVAS para os meninos do Kart São Paulo. BUUUUUUUUUU! Foi dada a largada para as barbeiragens São Paulo 2010.

O lado bom - e odeio coisas boas - é que os caras são mesmo
unidos e o comandante Otto sabe ditar regras e conduzir a moçada (Ooops, esqueci do Giba). Por outro lado, o negro da força - e o meu preferido - o grupo tem uma porção considerável de BRAÇOS DUROS.

E aí vão engolir? Quem cala consente. AHAHAH!

Fiquei sabendo também do “exíguo” bem colocado pelo “garotinho” Giba mas, já entendi o que rolou: MEDO!

Sim, meus caros BDs! Que medo é esse dos pilotos, ditos organizadores, que correram na Master no ano passado? Depois que o comandante Otto entendeu minha mensagem sobre a marmelada dos pontos, ele mudou com sabedoria as regras e, ainda mais sabiamente, arrumou uma desculpa esfarrapada para inventar a “não troca” dos karts.
 
Que bobagem é aquela de equilíbrio? Ou será que é medo mesmo? A “não troca” favorece os fracos e oprimidos LIGHT BDs ou os que se acham fortes, experientes e super MASTER BDs? AHAHAH - Essa foi obscura mesmo! TREVAS!!!!!

A resposta é simples: têm uns bracinhos da LIGHT 2009 e uns novos no pedaço, incluindo dois Kamikazes, que estão sentando a bota e mostraram isso na corrida de confraternização de final da temporada 2009. E ontem, alguns deles mandaram ver de novo! Proponho uma discussão imediata sobre o tema e uma votação antes da 2a etapa. Quero ver quem é macho e quem é mole!

E Zé, seu mais recente Post foi perfeito. Gosto de ver o verdadeiro Zé Clemente - que não mente - quando escreve. Só mente quando pilota. AHAHAH!

Luvas nada cordiais,

TREVAS

Kart São Paulo 2010 - primeira etapa começa "exígua""

Ontem às 21:30 foi dada a largada para a quarta edição do Kart São Paulo. Compareceram 46 pilotos dispostos a uma boa briga no início do campeonato. Como as 3 primeiras provas servem para definir os grupos Master e Light, nas duas baterias o que se viu foi uma certa fome de pilotagem. Uma fome que ficou um tanto exígua devido à principal novidade do campeonato que é a ausencia de trocas de kart durante o período de classificação. A partir de ontem o termo exíguo, introduzido pela primeria vez na história do kartismo brasileiro pelo Giba Gallucci, passa a fazer parte oficialmente da fraseologia padrão do kart amador.

Independentemente disso o grupo todo não gostou da idéia porque quaisquer trocas devem ocorrer exclusivamente após a largada. Isso funciona em provas de longa duração e o nosso caso é o oposto. O grande prejuízo que esse procedimento acarreta é que há uma única possibilidade de troca pois a segunda já não se justifica mais. Como a divisão em Master e Light ocorrerá em função da pontuação nas primeiras 3 etapas, quem conseguir sair com um bom kart nas 3 tem uma chance muito grande de estar na Master. Isso matou o critério de divisão por performance. Mesmo que se mude essa regra para a habitual, a separação dos grupos não vai gerar homogeneidade pois restam agora 2 etapas para a definição dos grupos. E hoje já se viu um distanciamento considerável a partir do décimo colocado das duas baterias. Na primeira o 17o. tomou volta e na segunda foi o 15o.

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (9)

fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Não sei quantas vezes ouvi de preparadores e pilotos, que conhecer em detalhes o carro com o qual voce corre é um ítem fundamental para se obter um bom desempenho. Uma pessoa que fazia isso como poucos era Luiz Pereira Bueno, que além de bom conhecedor de mecanica tinha aquela que talvez foi a pilotagem mais limpa da época. Virava tempos baixos sem necessitar de exageros na atitude de pista. Guiava muito redondo e conhecia o que pilotava.

Mas conhecer o equipamento utilizado poderia significar atenção a detalhes que não afetavam os concorrentes. Seguem partes interessantes de um relato da Mil Milhas de 1966 com a dupla Jan Balder e Émerson Fittipaldi.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Kart São Paulo 2010 - Hoje começa a quarta edição!

 Hoje às 21:30 será dada a bandeira de largada para o campeonato 2010 do Kart São Paulo, no qual tenho grande satisfação de participar.

Estou escrevendo esse post no sábado anterior à primeira etapa, 06/02/2010 às 21:30. Faz aproximadamente duas horas que parou de chover. Foi uma pancada de pouco mais de uma hora, que em 20 minutos fez um pequeno riacho em frente à minha casa. Agora, o chão está sêco e há alguns semáforos inoperantes na região.

Não sou e nem quero me tornar meteorologista e nem consulto o serviço. Mas, pelo que tenho notado nos últimos dias, há uma chance muito grande de a primeira etapa ocorrer em pista sêca. Normalmente nesse horário da largada a chuva já acabou. Em alguns dias do mês de Janeiro houve chuva por toda a noite mas isso não tem se repetido nos últimos dias. Porém nada impede, é bom lembrar.

Ases do Grid

O Dú Cardim postou no twitter a imagem abaixo. Sei em linhas gerais do que se trata. Vamos aguardar novas publicações a respeito.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Bruno Senna - tio e sobrinho como pessoas bem distintas.

Recentemente eu escrevi aqui que não vou falar nada de F1, mas às vezes eu penso que não foi tão boa idéia assim.

Fuçando na internet, pra variar, aqui e acolá, encontrei um blog do Bruno Senna onde há uma foto dele no kart. Esse post conta que ele parou de correr de kart depois de ter quebrado costelas 6 vezes.

Fucei mais um pouco e achei duas declarações interessantes dele para a revista Veja. Seguem abaixo.

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (8)


fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Êste que vos fala tem nas suas lembranças alguns nomes que foram marcantes na infância e que estavam relacionados às competições automobilísticas da década de 1960. Entre outros, Jayme Silva e Simca. Os automóveis da marca eram símbolo de elegância e conforto, tracionados por um pequeno motor de 8 cilindros cujo ruído característico até hoje está gravado na memória. Para os garotos da época Jayme era um nome que aliávamos à perícia na pilotagem de um carro que era considerado muito difícil de capotar e que foi muito utilizado em exibições de acrobacia.

A marca estêve presente nas pistas brasileiras e a fábrica participou com equipe própria numa época em que a rivalidade entre estas nas nossas competições ficou muito evidente. Segue um pequeno trecho do livro de Jan Balder, onde é lembrada a participação da marca nas competições. Foi um período de vale-tudo onde o importante era rivalizar.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Põe no motor do seu carro.




Qual é o tamanho dos pistões do seu carro? Bem menores do que o das fotos que ilustram o post. Encontrei os mastodontes numa loja na Barão de Campinas, decorando um canto do salão. Segundo o dono este pistão é de um motor de locomotiva. A caneta Bic ao lado da peça dá uma idéia do tamanho. Como é uma peça de liga leve, o proprietário da loja me perguntou se eu não queria colocar no balcão para fotografar. De fato o “pistãozinho” é leve.

Não perguntei as dimensões exatas mas é algo como 50 cm de comprimento por uns 30 cm de diâmetro. Acredito que a usina onde esse pistão é empregado deve gerar perto de 5000 hp´s. A título de comparação o meu 4 cilindros movido a alcool com pistões de 8 cm de diametro produz 70 cv.

Uma hora dessas vou tentar encontrar uma foto de um virabrequim que eu achei nos fundos de uma fábrica em Santa Catarina no início dos anos 80. Era maior que o meu carro.
 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

São Paulo Indy 300 - uma alternativa bem vinda.

A chegada a etapa de abertura da Indy na cidade de São Paulo, causou o surgimento de uma grande quantidade de comentários, muitos negativos, sendo o mais veiculado a questão da possibilidade de chuva forte. Se a organização pretendia atrair a atenção do público, eu diria que começou bem, pois fala-se muito sobre a prova.

A divulgação do evento é intensa e até o presidente Lula está na lista dos personagens da divulgação. O clima de surpresa que se seguiu à notícia da realização do evento vai se transformando aos poucos em expectativa. Falta um mês para a prova e as obras estão em andamento. O tempo é muito curto, mas quem organizou o evento não é principiante e a agenda deve ser cumprida na íntegra.

Os dois maiores questionamentos são o tipo de pista, que será criada no sambódromo e na Marginal do Tietê, e a possibilidade de chuvas que impeçam a realização da prova. Mas ao menos nos comentários que eu li, não vi ninguem relacionar a presença da categoria no Brasil com o panorama do nosso automobilismo, um notório falecido.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (7)


fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

O terceiro carro que meu pai teve, foi comprado de um amigo dele que trabalhava na Willys. Era um Gordini. Certa vez fomos à casa do amigo de meu pai que tinha uns pneus usados para dar de presente. Eu olhei para aqueles pneus e mesmo sendo uma criança que nem ao menos dirigia, achei que eram muito estranhos. A sua superfície, além dos sulcos da sua fabricação, apresentava um desgaste um pouco irregular perto do ombro, dando a impressão que foram muito maltratados. Os Pirelli Cinturato vieram da pista de competição. Não se sabia quem os tinha pilotado, mas se sabia que haviam sido pilotados. É muito provável que meu pai tenha guiado em velocidades de cruzeiro na estrada, pneus que foram ´derretidos´ por uma nova geração de campeões.

Jan Balder conta no terceiro capítulo de seu livro que também foi cronometrista da equipe Willys, a qual obteve distinção nas competições automobilísticas brasileiras.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

FUSCA 67 - TODO ORIGINAL

Antes que alguém pergunte, o dono não empresta e não vende. Eu faria o mesmo.
 
 
 

 
 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro (6)


 fragmentos do livro de Jan Balder e comentários do Amigos Velozes.

Quando eu estava perto dos dez anos, fui passar férias na minha cidade natal, Ribeirão Preto, na floricultura de um primo do meu pai. Um dia precisei ligar para alguem na cidade. Usei para tanto o telefone da casa, um daqueles de parede com a manivela do lado que girava um magneto que chamava a telefonista da central. Tomei um choque. Os números de Ribeirão eram de 3 dígitos. Dei o número que queria chamar e lá ela ligou os cabos e se deu a conversa.

Recentemente eu me encontrava próximo à fabrica onde um amigo meu é gerente e lhe liguei para marcamos um encontro. Não foi possível pois ele estava em Budapeste. Eu estava ligando do meu telefone celular, que hoje em dia é um minúsculo aparelho que pode ser carregado no bolso da camisa.

Entre um evento e outro há menos de meio século. O mundo parece ter virado de ponta-cabeça embora os carros continuem andando em cima de 4 rodas. No seu livro, Jan aborda brevemente um tema que tem um grande significado para o automobilismo e a indústria montadora local. As pistas como laboratório de testes.