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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Senna - muitas leituras possíveis

Nessa semana faz quinze anos que Ayrton Senna se acidentou fatalmente em Ímola. O mundo se chocou com a situação. Qualquer morte é chocante mas no caso dêle o choque foi maior principalmente por duas razões. Primeiro o austríaco Ratzenberger acidentou-se e faleceu um dia antes. Êste não tinha tanta expressão quanto Senna e embora tivesse sido uma situação também chocante, muito provávelmente o público austríaco foi o que mais sentiu a perda enquanto os outros voltaram as suas atenções quase imediatamente para o GP que se tornaria mais trágico ainda.

É uma coisa própria da F1. Qualquer morte é chocante mesmo aquelas que acontecem da forma mais natural, mais suave. Mas o automobilismo é uma modalidade esportiva em que o risco está presente curva a curva. Assim que acontece algum acidente na pista a reação imediata de tôdos é de uma surprêsa intensa seguida de grande curiosidade. Para os pilôtos isso tudo se processa de uma forma um tanto diferente do público porque estão com a adrenalina constantemente alta numa prova. E além disso convivem constantemente com o risco de colisões embora não pensem precisamente nisso quando estão pilotando pois essa é uma atividade que exige uma concentração muito grande. Não há tempo para se pensar nas consequências de uma colisão. Há tempo apenas para evitá-la ou tentar minimizar os seus efeitos caso vá inevitávelmente ocorrer.

Os pilôtos não podem sentir mêdo de retornar à pista após um evento dêsses. O maior exemplo disso foi Lauda que retornou às pistas pouco tempo depois de ficar cara a cara com a morte. Pilôtos são pessoas que têm o instinto de desafiar as situações. Após a surprêsa de um acidente essa conduta retorna rápidamente e o acontecido passa para o plano das lembranças.

Nessa situação se encontrou Berger no final de semana da morte do compatriota e do amigo Senna, quando retornou à pista afim de espantar a sensação que os trágicos acidentes lhe causaram. Schumacher que viu Senna sair para o fim à sua frente, têve frieza e profissionalismo suficientes para vencer a corrida, embora tivesse chorado depois na coletiva.

Esse é o mundo da F1. Tôdos arriscam o seu pescoços, uns acabam perdendo o seu, outros não se incomodam com êsses acontecimentos, outros ficam profundamente chocados e há também aquêles que de imediato pensam apenas nas diversas formas de prejuízo que uma situação dessas pode gerar. Na F1 o que mais importa são as glórias das vitórias e a própria categoria em si.

Êsse clima frio onde Senna ingressou foi definido por êle lá no comêço da carreira como um lugar onde é muito difícil se fazer amigos. As pessôas estão lá para competirem e derrotarem uns aos outros inclusive os que são amigos. Lá se busca o máximo, o extremo, a mais alta glória.

A imagem de Senna em atividade é a que faz par com essa busca da F1. Êle sempre trabalhou a sua imagem até o último dia. Um bom exemplo disso era quando êle parava alguns segundos antes de responder a uma pergunta. E fora isso as suas vitórias e as declarações não muitos comuns no meio, especialmente aquelas ligadas à religião, fizeram com que o público o enxergasse de forma bem distinta em relação aos outros.

O instinto matador deixou perante o público a leitura de um ser com capacidades muito acima da média. E isso deu origem a uma idolatria da parte de quem esperava vê-lo apenas no degrau mais alto do pódium. Há basicamente 5 leituras diferentes por parte do público. Os que o idolatram, os que apreciam a ironia e astúcia de Piquet, os que pensam que Prost era professor porque era melhor e os que pensam que Schumacher foi o melhor de tôdos incluindo Fangio e Senna. Ao mesmo tempo que era idolatrado por uns também era criticado por outros embora êsses sempre reconhecêssem na maioria das vêzes que ele foi sim um pilôto fantástico.

A sua morte deu origem uma uma série de declarações extremadas como ´Senna para sempre´, ´o maior de tôdos´, ´o único´, ´ninguém jamais...´, e muitas outras.

E tanto esse grupo de pessôas quanto os seus críticos se esquecem de que êle era um ser humano como qualquer outro, embora com características muito marcantes e acima da média geral. Se esquecem que êle também precisou aprender muita coisa no automoblismo dentro e fora do carro, pois não nasceu pronto como alguns chegam a pensar. Que êle não fazia o jeito playboy porque não era o seu jeito de viver apenas, ao contrário de outros pilôtos do passado. Que por mais habilidoso que fôsse estava sujeito a êrros como qualquer um está. Ninguém no mundo está imune aos êrros. Ninguém é absoluto e nem insubstituível. Há quem pense isso dêle.

E naquela corrida tão logo o fato se consumou deu-se início a uma busca pelo culpado. Alguém tinha que carregar êsse pêso. A equipe Williams foi quem recebeu o fardo. Falou-se sem parar das modificações que foram feitas no seu carro naquêle fim de semana. Isto remetia à equipe a dose de culpa máxima pelo resultado. Mas é estranho que não houve investigação da morte do austríaco.

Finalmente as pessôas se esquecem que de uma certa forma êle leva uma parte da responsabilidade pela própria morte. A única posição que lhe cabia era a de vencedor. E estar constantemente no máximo é uma coisa difícil em qualquer atividade e arriscadíssima no caso do automobilismo. É muito possível que se êle tivesse sido mais conformista com as deficiências do seu carro e por conta disso tivesse feito uma corrida mais conservadora, tivesse também se acidentado. Mas aí a necessidade de superar tôdos os limites não previu nenhum espaço para eventualidades e ao contrário criou o ambiente propício para uma ocorrência que não tivesse recuperação.

Pilôtos sabem que se expõem deliberadamente ao risco de perder a vida em troca da glória. Isso é igual a dar margem ao inesperado. E se o fazem de maneira muito intensa o inesperado pode também ser intenso. É conhecida a conversa dêle com Sid Watkins em que êste lhe sugeriu não correr se não se sentia em condições psicológicas. E aí entram os efeitos dos ambientes extremistas. Êle tinha que correr. Não seria aceito que êle tivesse se ausentado de uma corrida com êsse argumento. E os que não aceitam isso lhe diriam que o alemão correu e ganhou. Sim, e Senna correu e perdeu. A vida.

domingo, 26 de abril de 2009

F1 hoje - ainda falta um Mansell.

O segundo e terceiro colocados deste campeonato têm cada um pouco mais que a metade dos pontos da Brawn. Para uma equipe que tinha a previsão de baixar as portas ao invéz de participar do campeonato, a Brawn está vivendo um momento de glória. E é claro que não vai deixar que essa oportunidade saia das mãos. Vai fazer o que for necessário para manter e se possível aumentar essa diferença. Uma vez que Barrichello subiu no pódium apenas na corrida de abertura, Button é o sujeito que está conquistando o campeonato para a equipe, evidentemente com a ajuda do seu companheiro. Mas é óbvio que Button terá as atenções necessárias para que essa situação permaneça até o fim do campeonato. Mesmo conquistando o campeonato não é absolutamente certo que a equipe continue em 2010. Consta que a Virgin vai patrocinar no restante do campeonado mas um único patrocinador não é o suficiente para prosseguir.

Isso faz com que os resultados tenham pêso de ouro. Caso oposto ao da Ferrari que é equipe de fábrica e tem dinheiro que lhe garanta a participação no ano seguinte, mesmo sabendo que 2009 já acabou para êles.

Isso põe Rubens em condição difícil. É veterano, está no final da carreira, a equipe precisa de dinheiro e o seu companheiro é quem está garantindo a ponta do campeonato. Na corrida de hoje Vettel e Barrichello terminaram de forma tal que a diferença entre êles é de apenas um ponto. Passar disso para um ponto à frente e inverter as posições no campeonato não é difícil.

Mas além disso Timo Glock, que foi injustamente crucificado no GP de Interlagos por não ter como se manter à frente de Hamilton, embora não tenha um desempenho fantástico está apenas a sete pontos de Rubens. Nas próximas corridas Barrichello vai ter mais concorrentes além do seu companheiro de equipe. Tudo bem que êle tenha maturidade para enfrentar essas situações, mas poderá passar para uma situação de desconfôrto.

Infelizmente isso fará a torcida brasileira lhe conferir um julgamento não muito agradável. Já há quem diga que ele está na Brawn novamente como segundo pilôto que mais uma vêz não vencerá um campeonato. E não tardará alguém dizer felinamente que o máximo que conseguiu foi retornar ao seu pôsto habitual de segundo e que deveria pendurar as luvas já.

E esses mesmos louvarão os novatos Vettel e Glock. O primeiro já mostrou que é pilôto de ponta e dessa vêz têve a oportunidade de confirmar isso no sêco a 7s de Button, o vencedor. Glock não têve a mesma performance pois largou em segundo e terminou num pálido sétimo lugar. Mas ao lado de Rubens e Button êle é o único que pontuou em tôdas as provas dêsse campeonato. E se continuar assim até o final da temporada será um dos que incomodará na definição das primeiras posições.

Para quem gosta de sentar a pua em pilôtos que não correspondem às expectativas, como por exemplo Nelson Piquet, é bom lembrar que tem outros que não podem fazer nada de muito significativo nessa temporada. Massa foi festejado no pódium de Interlagos apesar de ter perdido ali mesmo o campeonato. Mas nesse ano nem ao menos marcou pontos ainda. Nessa condição se encontram 6 pilôtos, Massa incluso. Com até 3 pontos estão Rosberg, Bourdais, Buemi e Raikkonen. Com 4 estão Heidfeld e Kovalainen. Alonso é o único com 5.

Esse grupo de perdedores soma 12 pilôtos. Embora haja um ano inteiro pela frente, a metade do grid pode começar a pensar em 2010 desde já. Esses pilôtos são da Williams, Renault, Force India, Ferrari, BMW e McLaren. Com excessão da Force India e da BMW, as outras foram vencedoras no passado.

Fica difícil num panorama dêsses inferir qual pilôto irá para qual equipe no próximo campeonato, qual pode ganhar demissão, em que equipe estreará Bruno Senna ou Lucas Di Grassi, se Grosjean vai entrar na F1 ou não.

Há muita água para rolar mas por enquanto os vencedores do passado são os perdedores do presente, tanto carros quanto pilôtos. E essa reviravolta se deve principalmente às novas regras da F1 que permitiram que Alonso, que definitivamente está fora do páreo, fizesse hoje uma linda ultrapassagem por fora.

Para nós que assistimos é sem dúvida muito mais interessante que a chatisse dos anos de hegemonia da Ferrari com o alemão imbatível. Não é a mesma coisa que as maluquices do leão Mansell mas sem dúvida é uma melhora considerável.

Nelsinho - vai ser difícil.

Na penúltima 500 milhas da Granja fiquei impressionado com a precisão da tocada de Nelsinho Piquet. Rubens e Massa que são também pilôtos de F1 mostraram juntos na pista que são autênticos profissionais de alta performance. Fora isso mostraram que além da profissão há também uma amizade entre êles. Nos boxes vi um Rubens muito descontraído e um Nelson fechado que falava apenas com a equipe e eventualmente com a namorada.

É claro que não se deve deixar de lado o fato de que estavam pilotando um veículo de humildes 13 hp´s, ao contrário dos mais de 600 de um F1. E além disso aquela prova é nada mais que diversão para êles.

Na F1 Nelson se mostrou uma decepção cometendo êrros infantis e tendo dificuldade de se adptar, ao contrário da sua passagem na GP2. E também sempre que aparece nas câmeras está com cara de poucos amigos. Junte-se à isso as suas declarações a respeito da relação com Flávio Briattore, as quais não há dúvida de que o colocaram numa posição política incômoda na equipe.

Mas na corrida de hoje há duas situações envolvendo êsses três pilôtos que são significativas. Na largada Massa ficou encaixotado entre o campanheiro de equipe e o amigo Rubens. Foi visível a agressividade tanto de Massa quanto de Rubens e também a esportividade. Lembrando-se de outras atuações de Massa, incluindo uma na corrida de hoje, talvez êle tivesse entrado mais ´decidido´ ao lado de Rubens, caso o concorrente ali fôsse outro que não o seu amigo compatriota. Há sim um respeito entre êles.

Mas no caso de Rubens e Nelson, voltas mais tarde, a situação me pareceu outra. Ninguém entendeu porquê Rubens reclamou de Nelson com gestos de mão, pois afinal estava disputando uma posição que Nelson tinha sim o dever de defendê-la. Mas uma amizade superficial ou a eventual ausência dela justificaria as reclamações infundadas? Claro que não porque nenhum dêles está lá num clube de amigos e sim numa arena em que o que menos importa é a sorte do concorrente, seja êste quem for.

Assim eu penso que a justificativa para os gestos de Rubens seja uma coisa muito diferente. Partindo-se do princípio de que estavam disputando uma posição e que portanto o da frente é referência e o de trás é o oponente, um êrro qualquer daquêle que vai à frente será festejado pelo seu perseguidor. E carros de F1 possuem espêlhos, ao contrário dos karts.

Não há dúvida de que Nelson sabia bem qual era o concorrente que vinha atrás. Essa é uma informação que lhe interessa muito. Ficou visível que a Brawn pode frear mais tarde que a Renault. Rubens se aproximava bem nas curvas de baixa. O que Nelson respondia imediatamente com o KERS na saída delas. E assim se viu que Rubens teria dificuldades de ultrapassar, como de fato aconteceu.

Mas foi estranho que em seguida à ultrapassagem, Nelson não aparecia no espêlho de Rubens. Êste o ultrapassou e abriu. Como a tv não mostrou êsse momento e a sua sequência, faço uso do resultado da ultrapassagem para uma interpretação.

A gesticulação de Rubens nada mais era que uma forma de sinalizar ao compatriota que não apenas estava perto demais como também reprovava a atitude de tocada dêste, como se a defesa legítima da sua posição fôsse inadequada. Como se sabe que Nelson está num momento muito difícil na F1 e que precisa mostrar serviço a qualquer custo, é sensato pensar que uma pequena pressão a mais possa acabar com a sua concentração que já não é aquelas coisas.

Assim sendo, interpreto que a gesticulação de Rubens tinha o propósito definido de tirar a atenção de Nelson, e que isso de fato aconteceu pois na mesma volta em que Rubens o ultrapassou a distância entre êles aumentou de imediato. Lembrando aqui que a Brawn não conta com a vantagem do KERS.

Se essa suposição da reação de Nelson for verdadeira, penso que êle pode dar adeus à F1 em pouco tempo. Se a questão é falta de concentração, não há o que o faça ter uma corrida constante, que é um dos importantes atributos para se obter algum resultado convincente mesmo que não seja a vitória. E se isso se deve à pressão que sofre vai acabar sucumbindo cêdo ou tarde porquê essa pressão qualquer pilôto de F1 vai sentir até a sua última corrida.

Não desejo que o garôto chegue à essa situação mas até aqui tem sido uma decepção e se não superar essa fase não terá o que fazer. Já Rubens que foi criticado desde que pôs os pés na F1 e que foi chamado recentemente de velho e gordo, já mostrou muitas vêzes que está bem antenado no panorama à sua volta.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mata real dentro da selva de concreto

Se você já entrou alguma vez na Chácara Flora ficou com a sensação de que não estava na cidade de São Paulo. Se nunca entrou não sabe o que perdeu. Condomínio de ricaços com terrenos enormes e muita mata. Lá dentro há apenas uma forma de você saber que está na selva de concreto. É quando passa um avião. É a única situação em que se ouve algum som urbano. Sem dúvida um oásis.

Uma coisa que tornou o ser humano agressivo e indiferente ao semelhante foi a progressiva falta de contato com a natureza. O way of life dos dias de hoje é comprado nas lojas, shoppings, bares e internet. Coisa que tem levado a natureza da condição de nosso habitat para objeto de contemplação. Numa cidade como a nossa observamos uma mata como algo que um dia bem provávelmente deixará de existir.

As fotos dêsse post mostram um oásis público muito bem mantido que contrasta muito com o mundus urbanus chatus. Infelizmente não pude fotografar duas presenças comuns no local. Saguis e pica-paus.

Não muito longe da Chácara Flora há um parque por onde passo habitualmente e onde também já fiz alguns treinos para a única corrida de São Silvestre da qual participei. Para a sorte de tôdos o parque conta com a proteção de uma ação comunitária sem a qual muito provávelmente estaria em situação de abandono servindo de local de refúgio de marginais, conforme já se sucedeu no passado. Trata-se do Parque Severo Gomes localizado no coração do bairro Granja Julieta na zona sul de São Paulo. Não é muito grande mas há uma mata densa que o torna um dos poucos locais da cidade onde você pode se sentir em contato com uma mata de verdade. Não sei qual é a área total mas uma volta pela calçada que o rodeia tem 1000 mts. A região tem sómente contruções de alto padrão e os únicos edifícios do bairro se situam perto da av. Santo Amaro, relativamente distantes do parque.

Após uma chuva é possivel sentir a humidade, o cheiro e o friozinho característico de um local com um teto verde que bloqueia uma parte da luz solar o que mantém o chão úmido por um bom tempo. Há um edifício sede da administração que recentemente foi reformado. Há dois playgrounds, um grande espaço de lazer, um córrego, ajardinamento bem cuidado, um mural, banquinhos de concreto e de madeira, bebedouros e trilhas de pedriscos delimitados por paralelepípedos e isoladas por corrimões de madeira. Tudo em harmonia com a área de mata que tem aproximadamente a metade da área total.

O parque fecha os portões inevitávelmente às 19 e reabre às 7, momento em que um grupo de praticantes do tai chi chuan se reúne diáriamente num espaço entre árvores na área de lazer. A área total dessa mata foi dividida em dois por conta de uma rua asfaltada que não faria mal nenhum à comunidade local se deixasse de existir porque as opções de circulação de veículos são mais que suficientes. Por conta disso uma parte do parque não é aberto ao público e está sendo utilizada como área de criação de mudas e adubagem.

Fora a administração local que limpa o parque diáriamente, a presença da guarda municipal é constante e nos arredores há também a segurança privada. Vale a pena o passeio.

Seguem fotos do local.

trilhas de pedriscos que são diáriamente limpas

às 8 da manhã uma folha mostra a umidade sob um teto verde

ponte sôbre o córrego local ladeada por bambús
a escada ao fundo usa pequenos troncos como degraus


o pequeno córrego com contenção de madeira em um dos lados


uma rua dividiu a mata em dois
à esquerda uma área fechada à visitação
a calçada da direita que margeia o parque tem uma extenção total de 1000 mts


viveiro de mudas na área restrita


à frente uma composteira que gera adubo natural empregado na jardinagem
ao fundo uma pilha de troncos e galhos que caíram no local e serão usados na manutenção


jardins tratados diáriamente


uma parte da área de lazer com banquinhos, playground e tanque de areia ao fundo
exatamente à direta da foto caiu em dezembro do ano passado uma árvore durante a tempestade no natal

domingo, 19 de abril de 2009

Helinho - Todo cuidado é pouco.

Se há histórico conhecido então você vai tomar as precauções necessárias. Falo da confusão que se instalou no ano passado na vida do pilôto Hélio Castroneves. Émerson Fittipaldi é tido como o brasileiro que abriu portas a outros brasileiros no automobilismo iternacional, incluindo o americano. Hélio Castroneves acaba de se tornar o primeiro brasileiro a servir como exemplo da cautela que pilôtos estrangeiros precisam ter ao se estabelecerem nos Estados Unidos.

foto: site do pilôto

Um pilôto de Indy não tem espaço na sua vida para se informar de cada menor detalhe da legislação contratual e tributária americana tal e qual um advogado. E o único caminho que lhe sobra é contratar um advogado americano. Assim como um advogado não conseguiria engatar a segunda marcha num carro daquêles, um pilôto teria que abdicar da sua carreira para ter condições de compreender a complexidade da legislação de um país.

Assim sendo eu suspeito que desde o comêço dessa confusão Hélio Castroneves se deparou com algo imprevisto. Algo que não havia sido considerado anteriormente. Continuo pensando que foi um caso de má orientação. Eu não entendo como um advogado americano que tem entre seus clientes pilôtos de competição dos Estados Unidos, não tenha atentado para algum risco nos negócios de um dos seus clientes, também pilôto mas estrangeiro.

Eu não acho que Hélio tenha tido tempo de esmiuçar na compania do seu advogado cada detalhe da legislação que se aplica à sua condição de residente nos Estados Unidos.

Sorte dêle que lá no final do julgamento o júri de 12 pessôas solicitou esclarecimentos bem detalhados sobre complexidades da lei tributária e tomou um bom tempo de tôdos afim de sanar as suas dúvidas. Foi o que garantiu que o pilôto não pudesse ser considerado culpado das acusações. Ao menos o bom senso ficou evidente. Poderiam ter sido omissos e encerrarem o julgamento sem mais nem menos e sem se interessarem pelas minúcias. Aí seriam no mínimo 6 anos de tortura para cada um - êle a irmã e o advogado.

Enfim, a experiência dêle foi um alerta. É bom que qualquer um que for lá fazer o mesmo que êle, tome cuidado com detalhes que são muito mais importantes e perigosos lá do que aqui. Coisa que ele fará daqui em diante, tenho ceteza.

Embora livre de uma penalidade pesada, já tem sido penalizado nos útlimos mêses. O mesmo sujeito que ganhou na TV o show Dancing With The Stars, entrou no ano passado no tribunal algemado. Uma condição totalmente avêssa àquela que almejam as estrêlas. E ainda por cima pagou uma fiança altíssima para responder em liberdade.

O prêço que essa pena lhe impõe é algo de que jamais se ressarcirá. Falo da questão emocional e psicológica e não da material.

Mas a justiça é a justiça e a ela sempre devemos explicações se interpelados. Pior seria se êle não tivesse condições de dar as explicações solicitadas.

Que êle tenha agora paz interior suficiente para prosseguir a sua carreira que agora ficou com ares de recomêço.

Rubens, Nelsinho, Bruno.

No Brasil há um clube enorme de apaixonados pela F1 que são ufanistas também. É uma das razões que faz com que esses mesmos torcedores metam o pau sem parar em Rubens Barrichello. Mas preferências apaixonadas não são racionais.
Nesse fim de semana Vettel mostrou o que pode fazer na chuva, assim como mostrou o mesmo no ano passado em Monza. Mostrou que compreende bem o carro que tem e que fez uso de tôda potencialidade dêle. Parabéns. Merece a glória.

Mas como aqui via de regra a torcida é sempre pelos brasileiros, seguem alguns comentários sobre esses três pilôtos e algumas frases suas.

Barrichello.
Bastou não ter ganho nenhuma prova em 2009 e já estão falando que será mais uma passagem pela F1 que terminará sempre atrás do companheiro de equipe. Francamente eu acho esse tipo de comentário altamente impróprio e tendencioso. Na abertura do campeonato êle já fez pódium, o que eu considero digno do proveito que êle conseguiu tirar da máquina que tem. Para quem sempre terminava atrás do décimo colocado êle têve o seu momento de mostrar que sabe pilotar, ao contrário do que muita gente fala. Aliás, mesmo com as críticas remanescentes, desapareceram os que acham que êle deve se aposentar. Nesse mesmo GP Rubens perdeu uns pedaços do polêmico difusor do seu carro e mesmo assim andou num ritmo forte embora um pouco mais baixo que o companheiro Button. Na segunda prova terminou em quinto após uma penalização que o fêz largar em oitavo. Deveria ter largado em terceiro e se assim fôsse o resultado final com certeza seria diferente. Na prova de hoje os dois carros da equipe largaram atrás de 3 motores Renault. Optou por largar com bastante gasolina o que claramente faz muita influência na relação pêso x potência. Mas a classificação se deu em com êle em quarto lugar em tempo sêco, enquanto que a corrida se deu inteiramente na chuva. Fora isso alegou problemas no freio de uma das rodas. Qualquer um é capaz de compreender a dificuldade de se frear na chuva, mais ainda num carro de F1. No final acabou em quinto com Button uma posição à sua frente. Os fanáticos ufanistas diriam que mais uma vez êle não ganhou a corrida. Engraçado, o Button também não ganhou. Nem foi ao pódium dessa vez.

No site Grande Prêmio se lê a seguinte declaração de Barrichello:
"Mas conseguimos levar o carro até o fim nessas circunstâncias difíceis. Marcamos os pontos que nos eram possíveis. Por isso, temos de ficar felizes com isso"

Acho que ele está correto.

Nelson.
Numa entrevista no ano passado concedida à Globo, tanto Barrichello quanto Massa foram enfáticos ao dizer que a primeira coisa que Nelson Ângelo Piquet deveria fazer é se concentrar no aprendizado no seu primeiro ano de F1. O primeiro ano já se foi e é comum que se dê uma aceitação ao pilôto principiante em relação aos maus resultados. Apenas um pódium inesperado e uma briguinha momentânea na pista com Hamilton, fizeram muitos pensar que Nelson poderia ter definitivamente encontrado o caminho. Mas o que se sucedeu na sequência apagou essa impressão. Em 2009 Nelsinho passa por um situação bem conhecida pelo seu pai. Mudanças na engenharia do carro. Nelson pai foi um dos pilôtos de F1 que experimentou um grande número de variações de engenharia durante tôda a sua carreira. E se adaptou à todas elas. Na Austrália Nelson Ângelo classificou em 14o., quatro posições atrás de Alonso e não terminou a prova numa rodada solitária. Na Malaysia classificou em 18o., dessa vêz 9 posições atrás de Alonso. Na China foi pior ainda. Largou em 17o. enquanto que Alonso largou em segundo. O espanhol foi mal e terminou em 9o., enquanto que Nelson foi o último colocado 2 voltas atrás do ponteiro.

Recentemente ele declarou que não pode dar ouvidos à tudo que Briattore diz. Na entrevista deixou evidente que não tem uma boa relação com o chefe. Um problema político complicado. Também diz que não tem o mesmo carro que Alonso e que a equipe dá a este muita atenção, da qual ele quer uma fatia maior. Se a equipe tem um principiante ao lado de um bi-campeão, vai mesmo dar mais atenção ao segundo. E o principiante precisa dar motivo claro para contestações. E daqui do lado de fora esses motivos não apareceram até agora. Será que essa diferença de atenção tem como resultado dois carros diferentes demais?
Na frase seguinte sobre o GP da China deixa claro que não quer nem saber de chuva, condição de pista na qual ele deu alguns prejuízos materiais para a equipe, sem contar a performance bem abaixo do companheiro de equipe.

"Foi um final de semana decepcionante, mas eu agora penso no Bahrein, onde espero que tenhamos uma corrida no seco e algum desenvolvimento em nosso carro."

E o chefe Briattore está sim concentrado no único pilôto que consegue usar o potencial do carro, conforme a frase abaixo:

"Já nesta semana nós vimos um grande esforço da equipe aqui em Xangai e na fábrica para proporcionar melhorias ao carro de Fernando."

Pode ser que continue na F1, mas estou achando difícil que esteja na Renault em 2010 se considerarmos o que se viu até agora.

Bruno.
Tanto o teste que Bruno fêz na Brawn como a contratação de Barrichello em seu lugar fazem muito sentido. Bruno precisa começar em algum lugar. Aquêle que estiver disponível. Principalmente nos dias de hoje onde as chances são escassas a Brawn seria uma possibilidade. A F1 é um clube fechadíssimo e qualquer porta que se abre deve ser considerada. Mas a contratação de Barrichello não o desmerece. Senna nunca disputou uma prova de F1. A Brawn, mesmo na condição de favoritismo de hoje, não está em condições de desperdiçar esforço e um principiante é uma incógnita indesejável. Como êle não quer mais correr na GP2 e não conseguiu vaga na F1, foi testar pela Mercedes no DTM. E segundo o site autoesporte, desistiu da categoria alegando estar interessado apenas em F1. Nisso êle parece ter herdado uma coisa do tio. Obstinação. Sabe sim o que quer para a sua carreira de pilôto. E além disso, como ainda não foi contratado por ninguém e é um pilôto muito jovem, sabe que a sua oportunidade chegará. Tanto por isso quanto pelo pêso do seu sobrenome.

Uma pessôa que o tem nas intenções é o dono da Force India, Vijay Mallya, que numa entrevista para o Observer disse que Fisichella está no final da carreira e que não deve estar na F1 em 2010. Mallya tem interêsse nos jovens que querem ingressar na F1 e além disso usa o motor Mercedes, empresa pela qual Bruno correria no DTM. Meu palpite é que Bruno confia muito em informações que ele tem dos times da F1 e que essas tais informações estão ligadas à Mercedes. Não vou estranhar se ele aparecer na F1 num carro equipado com êsse motor. Mas e se a Renault lhe fizer um convite?

Eu não iria. Não é apenas o regulamento que está mudado. Jan Todt já foi para casa antes de Shummacher, assim como Ron Dennis, e não tardará para que Briattore faça o mesmo. A Force India está nascendo e com planos a longo prazo. Por esses parâmetros seria um bom local para começar.

GP da China - uma nova F1?

Como assisto F1 desde a época do Émerson, me lembro de corridas em que possíveis vencedores se deram mal. É comum dizerem que a F1 de antigamente era melhor. Argumentam isso em função de coisas que não estão presentes na F1 de hoje. Por exemplo não há mais diferenças absurdas entre motores. Também não há diferenças igualmente grandes de aerodinâmica. Acabou a guerra dos fabricantes de pneus. Enfim, tudo colabora para menores diferenças entre os carros. Isso foi salientado há pouco tempo por Nelson Piquet pai. As diferenças de tempo de hoje são muito menores que as do passado.

Mas na minha opinião a F1 de 2009 está mostrando um pouco de surprêsas. Variações que eram impensáveis na dinastia Schumi-Ferrari ou Senna-Prost. Sebastian Vettel que tem mostrado ser combativo, mostrou também que entende o carro, também combativo, que pilota. Ao mesmo tempo Button que tem um carro fantástico e provou por a+b que é grande pilôto, não têve condições de repetir a mesma perfomance das primeiras provas, embora não tivesse feito hoje o que se consideraria uma prova ruim. Não há dúvida que tanto êle quanto a equipe farão o que for necessário na próxima prova para garantir uma vitória. E é aí mesmo que está de volta a graça da F1 de antigamente. A corrida dessa madrugada já nos coloca uma questão para a próxima. Será que a Brawn vai vencer no Bahrain?

É isso em suma que gostávamos de ver antigamente. É o que nos vai fazer ligar a TV na próxima etapa daqui a um mês. Levemos em consideração que Schumi ganhava corridas de forma imbatível em todas as condições. Fora isso atrás dêle se via um autorama onde ninguém ultrapassava ninguém. Era uma coisa enfadonha. Hoje o fato de não termos idéia de quem pode ser favorito para a próxima já é motivador. E esse campeonato de 2009 já começou com uma certa dose de surprêsas pois a primeira corrida se deu inteiramente em pista sêca, a segunda teve um momento indefinido no final que acabou se transformando em dilúvio, e a de hoje foi chuva do comêço ao fim. Vamos aguardar a próxima para saber que possível surprêsa nos aguarda.

terça-feira, 14 de abril de 2009

IKWC 2009 - Regulamento

Teóricamente o regulamento da edição 2009 do IKWC será o mesmo de 2008. Até o momento o texto disponível no site da categoria é este. Seguem abaixo alguns tópicos referentes ao regulamento.

Equipamento.

No caso da edição da Bélgica os kart´s eram os da Worldkarts, a pista onde foi realizado o campeonato, com a configuração comum de kart´s indoor e com motores Honda 270cc, 9HP´s. Foi empregado lastro para compensação das diferenças de pêso sendo 20 kgs o lastro máximo a ser empregado. A pesagem foi realizada com o pilôto trajando roupas leves e sem o seu equipamento. Os pilôtos são chamdos um a um para sorteio dos karts antes da prova. Nenhum tipo de ajuste é permitido, inclusive na pressão dos penus.

Categorias de pêso.

Há uma categoria com pêso máximo de 70kgs e outra com máximo de 90 competindo separadamente e com pontuação distinta.

Largada.

Os pilôtos são alinhados em fila indiana e a largada é lançada com uma ou duas voltas de alinhamento. No final da prova o pilôto não pode sair do kart até a pesagem oficial.

Troca de kart´s.

O pilôto pode a qualquer momento retornar ao box para substituir o kart. Como é obrigatório ao menos um pit-stop em cada prova, uma troca é computada como tal. No caso de uma troca durante o qualify o pilôto perderá a sua posição baseada nas voltas que fêz, as quais serão desconsideradas. Caso a troca seja efetuada durante a prova, esta deverá ter um tempo total mínimo de 30 segundos. A idéia é equilibrar o tempo gasto na troca entre um pilôto leve que carrega lastro que será colocado no kart substituto, e um pilôto pesado que não tem essa necessidade. Na prova as trocas só são permitidas após a a primeira volta completa e antes da última. No caso de bandeira vermelha ou amarela o pit lane será fechado e as trocas não poderão ser efetuadas nessas condições.

Pit-stop.

É obrigatória a realização de um pit-stop durante a prova. O pit-stop pode ser realizado após a primeira volta completa e antes da última, a qualquer momento à escolha do pilôto. Um pit-stop é caracterizado por duas paradas totais, quando as rodas dianteiras param de girar. Uma na entrada e outra em local indicado no pit lane. É permitida a ultrapassagem na entrada para o pit-stop mas as colisões determinam penalização.

Cronometragem.

Caso o sistema de cronometragem sofra pane total e a prova tenha atingido 75% do seu total, esta será considerada encerrada nessa condição. Caso a prova não tenha atingido 75% do seu total, uma nova prova com 50% da duração será realizada, tendo os resultados da anterior sido descartados.

O evento.

O site da categoria anuncia uma programação de eventos diferente da edição de 2008. Para 2009 teremos os seguintes eventos.

IKWC Top - 6 provas sendo 4 qualificatórias de 30 minutos mais uma qualificatória de 1 hora e a final de 1:30h.

IKWC 50 - 7 provas sendo 5 de 30 minutos, uma de 45 minutos e a final com 45 minutos.

Copa das Nações - endurance de equipes com 3 horas de duração.

Premiação.

Para os vencedores estão previstos prêmios em dinheiro, troféus, test drive na Escola Apie e patrocínio para a edição de 2010.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Helio Castroneves - extremely hostile environment.

Há uma coisa sobre americanos e brasileiros que habitualmente não é colocada pública de forma explícita. Ambos se detestam. Você já ouviu algum brasileiro dizer que gosta de americanos? Eu não perguntei se admira ou respeita, mas se gosta. As únicas pessôas da quais ouvi aqui no Brasil que gostam de americanos eram estrangeiros. Fora isso a arrogância dos americanos é uma coisa que lhes rende até mesmo o ódio de outros povos. Há uma frase muito conhecida dêles que dá uma bôa medida da superioridade da qual se julgam portadores: ´I´m an american citzen´.

No julgamento dêles ser americano significa estar um degrau acima de qualquer coisa no mundo. Muito democrático. Êles de fato se apoderaram do conceito de democracia. Na opinião dêles a democracia é uma das maravilhas americanas e Manhattan é o centro do universo.

Mas o que realmente me preocupa é a maneira como o brasileiro encara a si próprio. Não sei quantas vezes na vida vi demonstrações de menosprezo da parte de estrangeiros que até mesmo residem aqui. Nos tratam como os sêres mais inferiores da humanidade, de forma generalista e paternalista. E nunca vi alguma reação de alguém.

Pesquisando um pouco na internet achei umas coisas curiosas ditas por americanos.
Não estou fazendo alguma defesa de Hélio Castroneves porque não tenho essa intenção e nem dados para isso. Mas o que segue serve para mostrar como os julgamentos pessoais são tendenciosos. Não sou a favor dos Chávez da vida. Mas isso não significa que eu goste de americanos. Hélio Castroneves está sim num ambiente ´extremely hostile´.

Tirem as suas próprias conclusões.


Sobre os pilôtos do Legacy que bateu com o Boeing da Gol:

On Saturday, December 9, 2006 I was honored to be invited by ExcelAire President Bob Sherry to join 200 family, friends and colleagues of Joe Lepore and Jan Paladino to meet Joe and Jan's aircraft upon arrival from Brazil in Islip New York.

It was a very emotional time and great celebration seeing these two heroes come back home!

But, then again, it is Brazil. They'll probably just overlook their own citizens and their own faults.

When a flight crew is charged with "involuntarily exposing a ship or airship to danger" (or as police stated "lack of caution") for following a legal ATC clearance, do you fully expect anything rational from the Brazilian authorities?

How do you say, "What is the ICAO?" in Portuguese?

Doug and I had the opportunity to talk at length with both Joe and Jan. We told both of them how very proud we all were, not only of their heroic landing of a severely damaged aircraft in the middle of the Amazon jungle, but also of how they handled themselves for the next seventy days of virtual incarceration in an extremely hostile environment.

fonte: http://www.airlinepilotforums.com/major/7799-us-pilots-joe-lepore-jan-paladino-home-safe.html

Sobre Hélio Castroneves:

GUILTY !!!!... Back to brazil with him ,,,, jail ,and deportation !!!.

He's a complete fraud (Very much like that hideous abortion 'league' he participates in).
I wish they'd send Penske away with him just on general principle.

we have yet another foreign national here to fraud ,steal,lie,and cheat.....we really need to set an example on this,,,GUILTY !!!,,PAY UP !!!,, JAIL (MAXIMUM SENTENCE)!!!,,AND , DEPORTATION !!!,,PERMANENT DEPORTATION!!!,,BACK TO HIS BELOVED THIRD WORLD ANTI-AMERICA SOCIALIST DUMP BRAZIL.....BRAZIL !! WHERE CRIMES AGAINST AMERICANS ARE CELEBRATED, INCOURAGED, AND WIDESPREAD...

fonte: http://www.topix.com/forum/indycar/helio-castroneves/TGQ8K12P51OV942DC

domingo, 12 de abril de 2009

Helinho. Decisão é amanhã.

Hélio Castroneves. Foto: autoweek.com

A decisão do caso Hélio Castroneves sairá amanhã, 13/04/2009. O caso ganhou espaço na mídia em função da visibilidade que o pilôto tem em função da sua atuação na equipe Penske. A rigor um júri deve ser isento. O grupo de 12 jurados deve dar cada um o seu voto em sintonia com a sua consciência e sem se deixar influenciar por fatores relacionados à exposição do réu na sociedade. Em outras palavras, espera-se que essas pessôas dêm o seu voto nesse caso com o mesmo juízo de valores que utilizariam no caso de um desconhecido do público em geral. No caso de Hélio, trata-se de uma pessôa amplamente conhecida nos Estados Unidos, especialmente pela sua maneira característica de comemorar as vitórias tal e qual homem-aranha nos alambrados das pistas.

De uma forma geral o brasileiro tem a tendência de ser ufanista. Assim sendo, não estamos inclinados a acreditar que Hélio tenha realmente cometido um crime, ou no mínimo que o tenha feito de forma inocente, por desconhecimento, desleixo ou qualquer outro argumento que justificasse a sua não-cupabilidade. Se um americano vai prêso pelo mesmo motivo, seja êle conhecido ou não, isso não nos aborrece. Nessas horas a nossa leitura é de que a justiça americana funciona, ao mesmo tempo em que a nossa é falha. Mas quando um brasileiro passa por essa situação, o nosso julgamento costuma depender de uma questão de fronteiras. Se ele está dentro do Brasil a impunidade deve dar lugar à justiça. Mas se está fora e esse lugar é Estados Unidos ficamos desconfiados das intenções e procedimentos.

Dentre todos os pilôtos brasileiros que foram para os Estados Unidos e que lá residem, o único de que se tem notícia com problemas com o fisco é Hélio Castroneves. Na pior das hipóteses foi mal orientado. No início da sua carreira na Indy, Émerson Fittipaldi foi o seu manager e consta que foi decisão de Hélio não continuar com o ex-campeão. Ouvi várias pessôas dizerem que Émerson estava apenas tomando dinheiro de Hélio. O ex-campeão sabe muito bem como é ter problemas com a justiça de outros países pois a extinta Copersucar têve os seus bens arrestados pela justiça inglêsa ao ter ido à falência. E na sua passagem nos Estados Unidos, êle assim como muitos outros, não têve problemas que o levassem a tribunal. Certamente foi informado sobre como proceder. Pôsto isso, me parece que Hélio Castroneves foi o único pilôto brasileiro que não têve a orientação correta sobre os procedimentos. Me custa acreditar que uma pessôa com o currículum dêle passasse anos seguidos fraudando o fisco de forma consciente e não tivesse nem ao menos pensado em deixar o país antes que viessem à tona irregularidades passíveis de punição. Soa como excesso de ingenuidade. Todas essas pessôas sabem que lá é outro lugar, outro procedimento, outra leitura.

Mas a imagem dêle pode ser tanto um fator a seu favor como contra. Isso pode influenciar o júri. Podem interpretar que êle é pilôto e não especialista de tributação. Mas com certeza interpretarão que ele tem responsabilidade direta pois o dinheiro do qual falam é seu. Podem interpretar que justamente por ser uma pessôa pública que ganhou a vida nos Estado Unidos, tem por consequência a responsabilidade de dar exemplo, o que pode fazer com que o tomem como exemplo a ser visto por outros. E podem também levar em consideração a máxima de que não é aceito alegar desconhecimento da lei. Em última instância, culpado ou inocente, ele é responsável por tudo que está ligado à esse caso pelo simples fato de que isso diz respeito diretamente à êle.

Se for declarado inocente terá a oportunidade de não apenas continuar a sua carreira de pilôto, como também a chance de usar a mídia a seu favor afim de resgatar a imagem de bom môço. Para os brasileiros seria uma vitória a mais, embora na prática seja uma perda a menos para êle.

Se for declarado culpado terá a sua carreira encerrada e a imagem queimada para sempre. E para os brasileiros isso significará algo como uma campainha que emite um aviso de ´cuidado´ que os lembrará dos perigos de um lugar onde a impunidade é muito mal vista. Vamos lembrar que Al Capone foi prêso por agentes do fisco e Mike Tyson foi para a delegacia ao tentar subornar um policial no trânsito.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

IKWC 2008 - primeira vez na europa

No ano passado o IKWC foi para a Bélgica. A pista é a Worldkarts - Flanders Indoor Karting na cidade de Kortrijk. Europa e Estados Unidos são lugares diferentes em tudo. Por exemplo nessa pista se usou um circuito de 900 mts que tinha duas curiosidades. Uma ponte e um túnel. Para quem está habituado a pistas de kart indoor em terreno plano, isso é uma sofisticação considerável. Mas fora isso, o piso dá mais aderência que a pista de Phoenix, F1 Race Factory Indoor Racing Center. Os karts foram elogiados pelos participantes e principalmente no quesito equilíbrio.

Mas nem tudo pode ser previsto nos mais mínimos detalhes. O regulamento da competição foi alterado e se criaram uma categoria Light e uma Heavy, respectivamente leves e pesados. A razão está relacionada ao lastro máximo admissível nos karts. Resolvida essa questão os 90 participantes vindos de vários lugares inclusive do oriente, puderam experimentar os karts e a pista e também um pouco do turismo local.

Isso incluiu uma festinha patrocinada por um restaurante local. O ´t Waaihof´ patrocinou um pilôto na edição de 2008, Mattjias Maas, e também uma equipe de belgas que terminou em segundo na ´copa das nações´. Um encontro desses é uma benção numa semana em que o esforço físico é crescente à medida em que a competição vai indo para o final.

As disputas finais foram muito apertadas nos pontos com diferenças insignificantes.

Na pesados

1 - Mathias Grooten - Bélgica - 117 pts
2 - Marc Viskens - Bélgica - 117 pts
3 - Pedro Washington - Brasil - 112 pts

Na leve

1 - Gregory Laporte - Bélgica - 113,5 pts
2 - Bart Van de Vel - Bélgica - 113 pts
3 - Romano Frassen - Holanda - 113 pts

Na sênior

1 - Pablo Marlangeon - Brasil
2 - Diego Morales - Colômbia
3 - Slow Assis - Brasil

Feminina

1 - Lindsey Vigne - Bélgica
2 - Nicole Kronsteiner - Áustria
3 - Camille Verstraete - Bélgica

Equipes

1 - Talent Promotion Belguim A
2 - Bluestar Racing Team A
3 - Talent Promotion Belguim B

O domínio dos belgas não é de estranhar. As 3 primeiras edições ocorreram na mesma pista e na primeira vez na Bélgica é de se esperar que os pilôtos que estivessem bem adaptados à pista e aos karts de lá, tivessem um resultado melhor. Estiveram presentes 20 brasileiros e na classificação por equipes terminaram em quarto lugar. Na light o melhor classificado foi Lucas Motta em sétimo. Na pesados Pedro Washington em terceiro. Na tabela de resultados da light, onde correram as mulheres, não consta a participação de brasileiras.

No site há uma quantidade grande de fotos e também links para mais fotos.

Este post completa o resumo de cada uma das edições do IKWC. Os nossos pilôtos se saíram bem nas provas em que participaram. Temos uma equipe campeã, um campeão na principal e um na Masters, ou sênior como costumo chamar. A proposta da organização do campeonato é que a partir de 2008 haja um rodízio de locais. Assim sendo o próximo evento será realizado na cidade de Macaé no Rio de Janeiro. Em 2010 será nos Estados Unidos, em 2011 na europa e 2012 novamente no Brasil. Ao menos o planejamento é esse. E se acontecer tal e qual planejado será muito interessante. Embora seja uma iniciativa amadora e recente, é mais uma contribuição ao turismo e também mais uma forma de conectar pessôas que praticam um esporte e que jamais chegariam a se conhecer e disputar as mesmas curvas se alguém não tivesse a idéia de criar êsse campeonato.

domingo, 5 de abril de 2009

IKWC 2007 - resultado apertado

O Campeonato de 2007 foi disputado por 85 pilôtos de 13 países. Foram 4 dias de competição sendo a final a tradicional prova de 1:30h de duração. Nesse ponto o campeonato já mostrou a sua fôrça por ter atraído pilôtos de muitos lugares diferentes. Pilôtos que acreditaram nas suas possibilidades de competir e na proposta do evento. Nessa terceira edição não faltaram as fotos, pódium e também premiação, como se espera de uma disputa dêsse nível.

Além disso a disputa se deu entre pilôtos que já se conheciam dos anos anteriores e isso acabou tornando o resultado final bem mais apertado. Ganhou o brasileiro Rodrigo Faulhaber derrotando o primeiro campeão da categoria, Werner Truegler da Áustria, por meros 3,5 pontos. O terceiro colocado, Mathias Grooten da Bélgica, ficou apenas um ponto atrás do austríaco. O campeão de 2006, o austríaco Alex Gumpenberger, não participou dessa vez por estar competindo na fórmula BMW na europa.

Rodrigo Faulhaber levou como premiação 3 dias de fórmula 2000 na American Racing Academy e mais US$1000,00 da F1 Race Factory and Racingschools. Curioso foi o fato de que êle doou US$600,00 ao americano Tony Rolfson que não conseguiu se classificar para a final. Até hoje essa é a única notícia que tenho de um pilôto doando parte da dua premiação a um concorrente, embora sejam óbviamente amigos. O caso mais parecido com isso que se conhece é de Fangio que sempre dava uma porcentagem dos seus prêmios aos mecânicos. Não era de estranhar que êle pilotasse bons carros.

Na sênior a classificação foi a que segue:

1 - Herwig Heckl
2 - Chico Inglês
3 - Ed Cordeiro

Chico Inglês era o veterano com 58 anos de idade. E pelas condições da disputa estava em perfeita forma física. Fora do pódium e em quarto lugar aparece Slow Assis do Brasil.
No ano seguinte a categoria faria a sua primeira disputa fora dos Estados Unidos. Em 2008 o campeonato foi para a Bélgica.

Seguem fotos recebidas de Ed Cordeiro:

Rodrigo, o campeão, aguardando a largada.
Note a presença de barra de capotagem e cinto de segurança nos karts.



Pódium da principal: Rodrigo Faulhaber, Werner Truegler e Mathias Grooten.


A sênior: Herwig Heckl, Chico Inglês, Ed Cordeiro .

IKWC 2006 - muita disputa e muitos problemas

A segunda edição do IKWC passou por um desafio tanto para os pilôtos como para a organização da prova. Estavam inscritos 84 pilôtos. O dôbro em relação à primeira edição no ano anterior. O dôbro de pilôtos pode significar mais que o dôbro de problemas. Além disso há algumas coisas muito importantes a serem consideradas. A disputa é de Indoor, ou seja, pista fechada literamente falando. Os karts óbviamente são alguados e portanto quanto mais pilôtos mais provas qualificatórias e mais desgaste dos karts. E também mais desgaste psicológico e físico.

Provas profissionais de automobilismo podem contar com estruturas condizentes com as necessidades desde que haja verba para isso. Num caso dêsses onde tudo é amador, as estruturas são caras demais para o propósito. A verba do IKWC vem efetivamente das inscrições. Então é difícil pensar em uma organização nos moldes de uma F1 ou um DTM. Além desse aspecto o ingresso de mais pilôtos acendeu a disputa desde o seu início. Se o resultado final está baseado em pontuação, qualquer participação ruim numa etapa vai ser compensada com mais agressividade na etapa seguinte. Isso causou um pouco de confusão e reuniões entre organização e pilôtos, reclamações formais e todo o desconforto que uma situação dessas causa. Em outras palavras se tornou na prática uma competição de karts com todos os ingredientes necessários, incluindo os desagradáveis.

Nessa edição houve o primeiro socôrro médico do campeonato. Os pilôtos comparecem no kartódromo uma semana antes para treinos livres. Isso já faz com que o preparo físico seja pôsto à prova. Muito especialmente se o pilôto conquistar as condições necessárias para disputar a final. A final acontece no domingo e há uma prova anterior de uma hora. Um sueco, Heinz-Harald Enqvist, têve que ser tirado do kart por ter chegado à exaustão e precisou ser levado ao hospital local para uma avaliação que resultou no seu retorno no mesmo dia para assistir à final da competição. Foi aplaudido no retorno. Isso coloca a disputa num nível de dificuldade considerável.

A final não foi menos ácida que as preliminares. Houve muitas banderias e penalizações. Um dos penalizados, Thiago Costa, se retirou da competição por discordar com a aplicação da penalidade. Outros desistiram por condições físicas. Houve também problemas mecânicos. Afinal, se os pilôtos estavam indo à exaustão, porque justamente os karts suportariam tudo sem manifestar nada?

A corrida terminou conforme segue abaixo:

1 - Alex Gumpenberger - Áustria
2 - Sebastiaan Circkens - Holanda
3 - Tony Rolfson - USA

Embora os 3 primeiros não tenham sido brasileiros, nós ficamos muito bem representados com os pilôtos que ocuparam as posições seguintes, que foram:

4 - Ed Cordeiro - Brasil
5 - Pedro Washington - Brasil
6 - Thiago Costa - Brasil

Importante destacar que Ed Cordeiro foi o campeão da sênior.

Essa edição contou com a presença de 6 mulheres na disputa, entre elas Paula Cordeiro, espôsa do nosso amigo Ed.

A equipe brasileira - TopKart - terminou em segundo atrás da americana GodfreyRacing

Foi de tal forma complicada essa etapa que no site da categoria não constam fotos do evento. Mas essa confusão acabou se tornando uma espécie de respaldo para as edições seguintes. Coisa do tipo ´vamos fazer melhor dessa vez´. No próximo post, o campeonato de 2007.

Malaysia - o qualifying como têrmo de comparação.

Num comêço de campeonato, especialmente um com tantas mudanças como está sendo o desse ano, o que mais vale do ponto de vista analítico são as comparações entre uma etapa e outra. À medida que os resultados vão dando definição ao campeonato, aí passa a ser característica a pontuação obtida porque as possibilidades estão diminuindo a cada prova.

No atual estágio do campeonato e com o resultado meia bôca do GP de hoje, a única comparação realmente significativa da performance das equipes, está restrita ao período de classificação. Nesse ponto pode-se destacar conforme as tabelas abaixo que a Brawn tem condições de disputar a ponta do campeonato. Francamente, eu apostaria na Brawn e nos seus pilôtos. A única grande incógnita é a situação financeira da equipe. Na prática ninguém faz a menor idéia do tamanho do seu fôlego financeiro. Mas fôlego técnico tem sem dúvida.

Na classificação vimos mais uma pole de Button que por sinal foi o vencedor também. Já está bem no campeonato e é claro que é o provável pole da próxima corrida. Vamos lembrar que mesmo com as possibilidades de ultrapassagens que apareceram nesse campeonato, a pole position é altamente significativa em qualquer prova de velocidade. A Toyota mostrou a que veio. Os dois em segundo e terceiro na largada desse GP embora não tivessem obtido tempo no anterior. A Williams de novo lá na frente e de novo com o mesmo pilôto. E o Nakajima repetiu exatamente a mesma colocação do GP anterior. A BMW outra vez lá na frente nas mãos de Kubica. Kimi teria ficado apenas uma posição mais atrás na comparação com o GP anterior. A Renault é que parece ter encontrado um atalho no setup pois largou no Q3 enquanto que no GP passado não chegou lá. Mas isso nas mãos do Alonso. Nos dois GP´s a diferença de tempo de classificação entre o primeiro e o oitavo foi de um segundo. Na Austrália Mark Webber ficou 1,044s atrás do pole. Na Malaysia Kimi ficou 0,989 atrás do pole mas em sétimo por conta da penalização de Barrichello pela troca da caixa de marchas.

No geral, com excessão da Toyota, a performance da F1 se repetiu no qualifying. Apenas na corrida não foi possivel fazer as mesmas comparações porque terminou de forma bem alvoroçada. Por conta disso eu penso que Shangai é a segunda corrida do campeonato que vai dar chance das equipes mostrarem o que estão em condições de fazer.

Por falar em Shangai, de acordo com um post anterior, esta pista tem apenas 100 mts de diferença e a média não chega a 1% de diferença entre esta e a da Malaysia. E o que pode atrapalhar a vida das equipes? A pista de hoje tem 3 curvas fechadas feitas em segunda marcha a menos de 100 km/h. Dessas, duas são subsequentes sucedendo um trecho longo de alta velocidade. Em Changai são 4 curvas assim e nenhuma sucede a outra imediatamente. Acho, com base nisso, que a exigência nos freios será maior. E os pneus também pagam por isso. Não são apenas as retomadas e aceleração em curva que sobrecarregam os pneus. As frenagens também. Em todo caso as diferenças de performance global entre as pistas é pequena e por consequência há a possibilidade de que os resultados de qualifying e prova (caso termine) sejam mais ou menos os mesmos que do GP da Austrália mas com a Toyota no meio. Podemos contar com a Toyota se metendo entre Brawn, Williams e BMW. McLaren deve ficar de novo no meio da bagunça e a Ferrari na arquibancada ou no box, à escolha. Em relação à Ferrari, esta não transmite a segurança de que vá mostrar um desempenho bem melhor. E a McLaren, que o Hamilton está sim carregando no ombro, desde os testes da Catalunya e Jerez dá a impressão clara que vai ficar de novo vendo os antigos perdedores chegarem à sua frente.

Seguem as classificações dos últimos 2 GP´s

Melbourne

Button - Brawn - 1:26,202
Barrichello - Brawn - +0,303
Vettel - Red Bull - +0,628
Kubica - BMW - +0,712
Rosberg - Williams - +0,771
Massa - Ferrari - +0,831
Raikkonen - Ferrari - +0,961
Webber - Red Bull - +1,044
Heidfeld - BMW - 1:25,504 (Q2)
Alonso - Renault - 1:25,605 (Q2)

Malaysia

Button - Brawn - 1:35,181
Trulli - Toyota - +0,092
Glock - Toyota - +0,509
Rosberg - Williams - +0,569
Webber - Red Bull - +0,616
Kubica - BMW - +0,925
Raikkonen - Ferrari - +0,989
Barrichello - Brawn - +0,45 (penalização)
Alonso - Renault - +2,478
Heidfeld - BMW - 1:34,769 (Q2)

* Vettel da Red Bull largou em 13o. porque foi penalizado, mas fez 0,3s mais lento que o pole o que lhe daria a terceira posição no grid à frente de Barrichello que perdeu 5 posições por penalização.

* Nos dois Gp´s a Force India, que assim como a Brawn usa motor Mercedes, ficou no fim da classificação.

GP da Malaysia - valeram os pontos e nada mais.

Das 17 provas de 2009, duas já podem ser descartadas como potenciais influências no resultado final do campeonato. Não que os pontos delas não valham no cômputo. Uma é Mônaco. Pela própria natureza da prova não tem valor na disputa além dos pontos que resultam. Isso porque Mônaco, até mesmo quando o asfalto está quente a ponto de fritar ovos, causa surprêsas sem fim. Se chover, idem. A F1 inteira está pensada em termos de pista de competição, coisa que Mônaco não é. E a prova de hoje na Malaysia poderia ter valor significativo caso tivesse acontecido uma corrida. Para todos efeitos o resultado é válido. Mas não serve como parâmetro de medição de fôrças entre as equipes. Por exemplo, se não tivesse chovido, a Ferrari não teria optado por pneus ´extreme´ quando apareceram as primeiras gôtas. E aí o resultado porderia ser bem diferente.

Aliás a Ferrari está mostrando que não tem muita comunicação com os pilôtos ou talvez nenhuma. A organização é outra diferente do passado. Foi a equipe que decidiu por aqueles penus. O pilôto sabe, por mais medíocre que seja, se é hora de pneus de chuva intensa ou intermediários. Pelo simples fato de que é êle que está percebendo a aderência na pista. Então êle sabe não apenas se está caindo água, mas também sabe concretamente se a pista está um sabão só em 5 ou 10% do circuito ou em 90%. Se isso se dá em trechos de baixa ou de alta. Se o KERS está ajudando ou não está sendo nem usado. Portanto, na minha modestíssima opinião, a Ferrari está mais perdida que cego em tiroteio de metralhadora fora da trincheira, e nessas condições eu convocaria o Jan Balder para coordenar a estratégia porque parece que não tem ninguém fazendo isso lá. E ele é bom nisso.

Embora os pontos dessa corrida valham, eu não vejo isso como corrida porque simplesmente não acabou. Quase não houve por conta da incrível confusão que a chuva armou. E além dessa confusão há que se considerar que alguma sumidade da F1, mesmo com todas informações que tem na mão, deixou de aventar a possibilidade de que a corrida talvez não terminasse depois de uma paralisação longa. Na verdade a própria F1 com todo histórico que tem dos anos anteriores, acabou fazendo de uma corrida válida para o campeonato uma diversão onde se viu até gente brincando de escorregador na grama porque simplesmente não havia nada a acompanhar.

Por tudo isso penso que temos na prática 15 provas realmente válidas do ponto de vista de medição de fôrças no asfalto com disputas no plano da competição em si em condição técnico-esportiva. Uma condição de corrida em que práticamente tudo está nas mãos do pilôto do comêço ao fim com tempo e chance de disputa. Eu pelo menos enxergo corridas dessa forma.

Detalhe que eu julguei significativo foi a estrêla do Rubinho que ainda não brilha com toda potência. Êle foi penalizado por ter que trocar o câmbio nos treinos, que não chegou a quebrar. Num dos pit-stops êle não conseguiu engatar a marcha correta e precisou sair com dificuldades. E curiosamente o carro do Button se mantêve com ótima performance da classificação até a decisão de finalizar a prova. Se essa estrêla do Rubens brilhar um pouquinho mais ele terá um campeonato incrível mesmo que não o ganhe.