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domingo, 14 de março de 2010

GP do Bahrain - velhas condições de corridas ressurgem com as novas regras.

Hoje é o dia de escrever. Tem assunto que não acaba mais, mas vou pisar no freio da verborragia porque tem muito a fazer por aqui.

A incerteza está de volta na F1 e isso é o maior atrativo para o público. Ninguem esperava que ao final da corrida o desgaste dos pneus fizessem os carros andarem vários segundos mais lentos apesar de estarem muitos kilos mais leves. Já vimos muito isso no passado.

Essa é a F1 que nós gostávamos, que no final mostrava coisas inesperadas. Como por exemplo o Vettel que levou o carro nas costas no final da prova por conta de defeito mecanico e que mostrou que é piloto amadurecido no início enquanto tinha carro competitivo.


Button, que tem o mesmo motor do alemão e, é claro, o mesmo do companheiro de equipe, viu este ficar à frente do Schumi enquanto que êle, o atual campeão, ficou atrás. Então isso quer dizer que o motor Mercedes da Mercedes é melhor que o da McLaren? Claro que não né, o Button não é páreo pro alemão apesar de ter chegado bem perto dele no final da prova. A diferença ali é de pilotos e não penso que isso venha a se alterar no correr do campeonato.

Ah, ia esquecendo disso. O Alemão terminou a 3,9s atrás do companheiro de equipe, o que dá uma diferença de menos de 0,1s por volta a favor de Rosberg.

O alemão é o cara, está em plena forma física, sabe levar o carro na pilotagem suave, e é por fim um cara muito competitivo. Apenas um pouco enferrujado, como ele mesmo diz.

Barrichello não andou nem para frente nem para trás e foi o único carro com Cosworth que terminou entre os dez primeiro. Isso tem algum significado e em outro post vou falar a esse respeito.

Os boxes puseram uma pimenta na no espetáculo. A grande vítima foi o russo Petrov que simplesmente abandonou a corrida por causa de uma roda. A Force India quase fez um trabalho duvidoso com o Liuzi. Mesmo não havendo reabastecimento os pits podem decidir uma posição e eventualmente a corrida em si. Do ponto de vista de quem assiste eu achei mais emocionante como está agora. Até para a geradora do sinal ficou difícil para acompanhar a movimentação.

Ninguem parou de pane sêca. Como eu previa, a amizade entre Alonso e Massa, que na verdade jamais houve, acabou na primeira curva. A Globo classificou a ultrapassagem de inteligente e eu diria que Massa fez o único traçado possível. Se as posições fossem invertidas na largada, Massa teria feito o mesmo.

Recentemente a imprensa espanhola, clarramente nacionalista, mandou algumas provoações dirigidas ao Felipe. Não tenho nada com a imprensa e nem jornalista eu sou ou serei, mas vou mandar a minha réplica que eu sei que eles não vão ler. Alonso pilota mais que Massa? Não, os dois teem performances bem próximas e eu diria que Massa é capaz de superar o espanhol.

Ora bolas, se a equipe mandou Felipe Massa aliviar a tocada, isso quer dizer que Alonso andou mais? Sim, é claro, mas foi a equipe que protagonizou a diferença e não os pilotos. Isso não há como negar e nem o desempenho no início da prova que era visívelmente equilibrado. Alonso é um piloto de grandes qualificações, mas Massa não é inferior.

Apesar disso eu acho que Massa pode perder essa parada. E daqui para frente nas classificações podem esperar um duelo de pistolas entre os dois. E acho que a Ferrari é quem vai arranjar para ser assim. Não será fácil.

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