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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Inscreva-se e vá ver como é.

Sou um cara que tem boas esperanças apesar das duras adversidades atuais e portanto assim como acho que vou conseguir o numerário suficiente para comprar um novo tenis afim de treinar para a São Silvestre (tomara!), tambem tenho a esperança de que um dia possa andar em Interlagos com um carro de competição mesmo que isso signifique umas poucas voltas (no plural sim) e andando mais lento que todo mundo.
Mas ao menos a curiosidade de saber como é a pista lá de dentro eu já satisfiz. Isso se deu no sábado passado durante a realização da segunda bateria do Torneio Interlagos de Regularidade quando Jan Balder me pediu para segurar a quadriculada de dentro do carro dele que comboiava os participantes da prova na volta de apresentação. Convite prontamente aceito.
Chovia e era prova de regularidade e portanto o pace-car entrou na reta bem devagar e acelerou até uns 70 ou 80. Foi interessante estarmos lentos porque é possivel observar a pista com mais atenção.
A entrada na reta se dá mais ou menos no meio dela. Estávamos conversando e na velocidade acima quando de repente disse: - Cara como essa reta é curta!
Há que se considerar que cumprimos apenas a metade do percurso da reta. Mas para um carro que está rompendo a reta a uns 200 deve passar tudo num instante. Para um F1 que chega a 300 em sétima no final, deve ser muito rápido mesmo.
A compensção pelo tamanho da reta é a curva à esquerda no final. Dessas que dá gosto fazer com o pé na lona. O espaço é amplo e de boa visibilidade. A área de escape é enorme. O asfalto um tapete e a sinalização de pista bem clara. Nada comparável ao que víamos do lado de fora do antigo sargento onde parecia que os pilotos estavam desbravando uma picada com mato dos dois lados. Afinal correm nessa pista atual carros de F1.
Sabem como são as coisas na nossa vida. Algumas são autenticos vícios que carregamos para o resto da vida. Quem fez uma vez não esquece como é. Assim sendo quando estávamos no laranjinha Jan cortou o meu papo sem muita cerimonia para explicar como se anda ali na chuva.

- Olha Zé, aqui voce entra por fora. Tem muita borracha ali. Vem por aqui o tempo todo na chuva.

E chegamos na aproximação do S.


- Aqui tambem. Vem por fora que é melhor.

O negócio é aprender com que sabe, não é mesmo?? Mais tarde chegamos ao tradicional bico de pato. Aí ele deu um espaço proposital para o pace-car que ía à frente e fez tomada e tangencia, acelerando mais e ´dando uma corda´ providencial no instrumento de direção.

- Zé, aqui é assim. Fecha e pisa. Faz por aqui...

E as rodas patinaram um pouquinho enquanto o carro fazia um arco muito bem feito na pista. Quem sabe, sabe. Quem não sabe, olha ouve e aprende. Lição aprendida professor.
Gostaria que um dia um piloto de F1 me descrevesse como se faz aquilo de F1. É estreito demais e a freada deve ser daquelas. Finalmente entendi o que quer dizer ´F1 é muito dificil´. É só olhar naquela curva ali e imaginar a situação.

Mais um pouco e chegamos na junção. Antes de chegar na aproximação já exclamei: - P q p, que curva de m...a!

Acho que deveriam mudar o nome da curva porque de junção mesmo não tem patavina. Dá para ver o traçado da antiga junção, bem mais longo que o atual que é uma esquina cega. O anterior era um convite ao acelerador e mesmo sendo raio longo acho que era um tanto desafiador. Definitivamente é um ponto ruim no traçado.
A subida para o Café é bem larga e com boa visibilidade embora o final das curvas não possa ser visto. Com um carro bem veloz deve ser muito gostoso passar por ali a pleno.
E chegamos na entrada dos boxes onde ele parou e eu dei bandeira sinalizando o início da prova. Nessa hora os carros da frente aceleram bem apesar de ser uma prova de regularidade e não de velocidade, e na saída do S do Senna vão buscar as suas médias.
Porque fazem assim??
Se inscreva no site abaixo, vá lá e descubra. Vale a pena.

Em tempo.
Caso voce não saiba, Omelete (conhecido apelido do nosso amigo Jan) é um termo frances para o tradicional prato com ovos e queijo e em frances se escreve Omelette.

- Très bien mon ami. Merci beaucoup. Au revoir.

2 comentários:

Anônimo disse...

ZÉ CLEMENTE

OTIMO COMENTARIO SOBRE A LENTA VOLTINHA..........
BOM QUE VC GOSTOU DE ANDAR EM INTERLAGOS.
QUEM SABE NA ULTIMA ETAPA DA REGULARIDADE VC SE ANIMA.
FORTE AB
JAN

Anônimo disse...

ler todo o blog, muito bom