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segunda-feira, 31 de maio de 2010

30 antológicos anos de um bar - Zur Alten Muehle

Numa festa que se preze e que comemora uma grande data, não podem faltar 3 coisas. Um cara tocando Fly Me To The Moon, um garçon que te conhece e os teus amigos.

Assim foi ontem, 30 de Maio de 2010, quando foram comemorados os 30 anos de fundação de um bar que já é antológico, o Zur Alten Muehle.

Daqui a um mês eu faço 55 e entendo que já comecei do jeito que mais gosto, com comemorações antecipadas em excelente clima. Aliás daqui em diante eu quero comemorar a vida tôdos os dias.

No meu bar, que de meu mesmo não tem coisa nenhuma, o meu garçon, que também não é meu e sim do bar, o Tattoo, me serviu alguns copos de chopp ontem, fora os muitos ao longo de 30 anos. O meu bar é o único do mundo que tem um Tattoo. Portanto o meu bar é exclusivo. Para quem não se lembra ou não sabe, Tattoo é o personagem interpretado pelo ator Hervé Jean-Pierre Villechaize da Ilha da Fantasia.

O Zur Alten Muehle é uma ilha de histórias e relações e tem lá as suas fantasias porque já tem uma mágica própria.

No ano da sua fundação eu frequentava outro bar que fêz época na região a dois quarteirões dali. Um amigo meu médico, o Nelsão, um dia me convidou para um papo num recém inaugurado bar. Era uma época em que os homens conversavam sobre os seus problemas secretos num balcão de bar e isso não tinha nada demais. O Nelson estava com um dêsses. Queria casar com a namorada e não sabia como dizer isso a ela. Eu disse: - Simples, fala pra ela. E falou e casou e sumiu, nunca mais vi.

Apenas os garçons falavam português no bar nessa época. Willy Heying criou o bar com decoração própria de madeira bem escolhida e convidou os seus amigos alemães a frequentar e aos poucos foi se formando uma comunidade ali.

Ontem na chegada encontrei o Paulo Stella e a Jane. Ela está bem e êle também, acho que as coisas vão bem por ali. O Paulo, como eu, não treina e os tempos dêle no kart já não são os mesmos segundo êle. Por sinal que se registre aqui que ontem foi comemorado também o aniversário do irmão dêle, o Júnior, outro kartista da turma, pai de dois outros kartistas muito boas praças. Uma família de kartistas na verdade. Parabéns Junior!

Veio na sequência o Beto Pellota. do jeito de sempre, devagar, fala mansa, o mesmo de sempre. Mais tarde o Paulinho, o irmão dêle, que foi junto com o Beto o dono do Tanoeiro. O Paulo é botequeiro dos bons, contador e ouvidor de estórias. Tanto que fêz um livro chamado Paz na Terra aos Homens de Botequim, que eu ainda não tive a vergonha na cara de comprar e ler. Eu chego lá.

Da esquerda para direita, Erika, Walter Heying, Regina

Veio a minha amiga Regina Elizabeth com a Erika a tira colo, como é meio habitual. Conversamos de tudo, e lembramos de muita coisa do bar. Estórias de monte, uma delas comigo a vinte centímetros do meu nariz que eu não contaria aqui porque ninguém acreditaria.

Nêsse bar pessôas se conheceram, se relacionaram, sumiram, voltaram, alguns se foram para sempre. Um dêles o Peter Hotz que era mágico à noite e soldado de dia. Certa vêz êle, totalmente alcoolizado, entrou com o carro na garagem dêle onde eu tentava e não conseguia por falta de espaço. Numa enfiada só. Nunca vi aquilo na vida. Têve também o Bob que detonou o Corcel numa árvore na curva no final da rua. Apareceu no bar outro dia. Gordo e de amôr nôvo, feliz. Não o vi ontem.

Êsse bar faz parte da minha vida. Lembrei de muitas histórias minhas e de muita gente. Pendurei autênticos calhamaços de contas minhas na antológica mesa hum. Ali eu levei tôdas as mulheres que conheci. Falando nisso me lembrei que uma vêz eu recebi uma prosposta indecente. Sim, eu recebi uma proposta que na prática não era tão indecente assim, só um pouquinho. Mas não topei porque não valeria a pena e eu estava certo.

Por falar em mesa hum, certa vêz antes de conhecer o bar eu conheci a irmã de uma amiga minha, uma menina de 7 anos na época. Anos depois eu encontrei a agora mulher jovem lá no bar na compania da irmã. Algum tempo depois rolou, é mole? Me senti o tal, Dom Juan. Depois descobri que na verdade isso é uma grande besteira.

Para mim êsse bar é um lugar especial onde rolou e ainda rola uma parte da minha vida. Aliás o Werner, irmão do Carlos Heying, é kartista da minha turma, grande amigo que patrocinou comigo no ano passado uma sensacional disputa pelo 5o. lugar que eu levei por míseros dois centésimos de segundo. Só soubemos quem chegou na frente quando paramos no box. Outro dia disse ao Wener: - Quem diria naquela época nós estaríamos na pista aos 50?

A festa estava ótima, no melhor estilo alemão festeiro, com bandejas de chopp andando pelo salão que está de piso nôvo, muitas risadas, muita música. Uma reunião de efetivo alto astral, como é o que a gente gosta.
Não posso deixar de registrar a presença da minha amiga Margot, a loiraça da foto, grande amiga que me cumprimenta sempre aos sorrisos. Sorrisos que estão evidentes também na cara do genrinho dela pois, afinal de contas é o felizardo namorado da Marina, a filha da Margot, cuja beleza facial é difícil de descrever.

Outro registro importantíssimo, além do sono do Iberê, é o Bernardo que finalmente amanssou o burro. Parece que a Vera deu jeito na vida do rapaz. É meio assim mesmo, atrás de caras que se acham homens há uma mulher. E vai dizer que não.

As fotos, tôdas feitas com o meu celular, não têm qualidade gráfica mas são o meu registro pessoal e dêsse blog do meu aprêço pela família Heying e pelos meus vários amigos que lá fiz. Aliás ali é o único lugar onde eu tenho um apelido - Zé Caneca. Acho que o apelido é autoexplicativo.

A foto abaixo é da família reunida na frente do bar.

Parabéns do Amigos Velozes pelos 30 antológicos anos desse bar e aos seus proprietários!

Feliz Aniversário Zur Alten Muehle!

E vamos aguardar os próximos anos porque há mais histórias ainda. Ali as histórias não acabam.

A família Heying reunida em frente ao Bar em dia de festa.

http://www.barzur.com.br/
Rua Princesa Izabel, 102 - Campo Belo
Tel.: 11 5044-4669

8 comentários:

Anônimo disse...

Zé Caneca,
Excelente, eles merecem a homenagem !
Franja

Anônimo disse...

Zé Caneca

Bobeei, não li antes, não sabia dos 30 anos, perdi, dancei. Mas deixo meus parabéns pro Werner e vou comemorar quarta, véspera do feriado.

Zé Ayres

Zé Clemente disse...

Valeu Franja. Tú é prata da casa. Apareça sempre.

São sim ótimas pessôas. Estão aí os meus amigos, uma comunidade na qual você entrou mais recentemente.

Zé Ayres, você é bobão. Bobeia em tudo pô...
Me liga se você for na quarta e a gente se encontra lá

Abraços

Rosangela disse...

Ao saber dos 30 anos me dei conta de que passei (quase anonimamente, confesso, mas sempre muito bem atendida pelo querido Tatoo, que caprichava na minha maionese de batata) 25 anos de minha vida lá. Com a turma da USP, nos almoços aos sábados... Em voo solo... Depois com minha querida amiga Suzana suíça (frequentando a mesa 1)... depois num namoro sofrido com um suíço e agora volto com muito orgulho com meu amigo Ari, o Franja. SIM, TEMOS MUITO ORGULHO DE FAZER PARTE DESTA FAMÍLIA! BEIJOS, ROSANGELA BOLZE

Zé Clemente disse...

Rosangela, bem vinda ao blog

Vi a Suzana recentemente mas ela não me reconheceu. Na época da mesa hum quando a conheci lá, eu ainda tinha cabelos em tôda a cabêça. Hoje o meu couro cabeludo está rodeado de esparsos "oásis" na parte superior.

Acho que êsse bar merece um blog. Já tem site. Pretendo escrever mais sobre o bar no meu outro blog, o Entrada Franca.

bjjsss

Rosangela disse...

Obrigada, Zé, EU TOPO! Falei com Suzana há poucos dias, mas perdi toda a agenda do meu celular, estou me sentindo nua!! CASO ALGUÉM TENHA O TELEFONE OU CONTATO COM A SUZANA, FAVOR PEDIR QUE ME LIGUE, E REPASSE OS TELEFONES DE CONTATO! Grande beijo

Zé Clemente disse...

rssss, essa é ótima Rosangela

A idéia virou proposta. Interessante isso.

Mas o mais curioso de tudo é que uma agenda de celelar passou a partir desse comment a fazer parte do vestuário feminino. Essa foi ótima. Ao melhor estilo mesa hum
Valeu

bjssss

ps.: não tenho o tel da Suzana, não tenho contato com ela ha anos

Anônimo disse...

Que belo relato, lembrei quando conheci os donos, e o Restaurante na Av Santo Amaro.