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segunda-feira, 21 de março de 2011

Kart São Paulo 2011 - dividindo curvas com São Pedro

Logo de cara na prova de abertura, São Pedro entra na disputa

Estou aguardando a publicação do resultado da 2a. estapa do meu campeonato de kart amador, o Kart São Paulo, e no site verifiquei que estará disponível amanhã.

Espero que se lembrem de conferir uma pontuação para São Pedro, que resolveu disputar comigo a edição de 2011. Mas não em dupla, ele é adversário. E não fui eu quem convidou.

Na primeira corrida do ano, cheguei no kartódromo já esperando por uma chuva que afinal estava lá aguardando apenas a minha chegada. Era a prova de abertura e dias antes falecera o grande pilôto Luiz Pereira Bueno, pessôa que admirava muito e com quem tive bôas conversas em Interlagos, embora por um curto período. Na ocasião gravei um vídeo na compania do Giba Gallucci e do Werner Heying, no qual falamos de um dos maiores botas de tôda história do nosso automobilismo. O vídeo está neste link.

Na sequência veio a nossa corrida em pista totalmente molhada, para a qual me classifiquei em 11o. No meu grupo tem gente que pilota muito mais do que eu na chuva e eu achei que a minha posição no meio de 20, estava ótima. Largamos e eu esperei as rodadas que sempre acontecem e comecei a procurar o meu espaço. Mas não tardou para que eu também rodasse, coisa imperdoável numa corrida curta, e não consegui ir mais à frente do que poderia.

Ao final, me encontrava na décima posição, tendo antes ocupado a 9a. Na ultima volta entrei muito mal na subida do bacião e o Fábio Junqueira colou em mim. Na útlima curva fui ultrapassado e assim acabei do mesmo jeito que comecei, em 11o. Na primeira bateria deu o Mogar na frente e na segunda, a minha, o Fábio Komatsu. O ponto positivo da noite foi o colete que eu ganhei no sorteio. Ótimo, o meu já estava na hora de aposentar. Meu muito obrigado à organização, agora nas mãos do Nico Mármora.

Um dos melhores momentos de qualquer corrida é no
box após o término. Discute-se tudo que deveria ter sido
feito na pista e eventualmente não foi.

Na pontuação fiquei na 20a. colocação pois as tres primeiras corridas dividem o grupo em 2, e servem para estabelecer diferença de performance entre os participantes, que somaram 39 na primeira prova em duas baterias. Discordo um pouco do atual critério e mais tarde vou dar a minha opinião sobre esse tema.

Na segunda prova, dia 16/03, eu esperava um tempo melhor mas São Pedro estava inscrito de novo. Como não tenho poder de veto fui obrigado e disputar curvas com ele novamente. E dessa vez foi pior porque garoava quando cheguei e depois parou e as baterias foram secando. Quem quer que seja que pilote, prefere muito mais a água propriamente do que esse sabãozinho que fica nessas condições.



A primeira bateria foi vencida pelo Pedro Rosinha porque o Maurício Ikeda, que liderou bôa parte da prova, rodou numa condição que de longe deu pra ver quer era uma saída do trilho que se formou antes. Ele foi fazer uma ultrapassagem por fora na entrada do miolo e rodou ali. Então a pista estava sêca mesmo num trilho e se saísse dali iria para fora.

Veio a nossa e a pista tinha um trilho definido mas a minha viseira mostrou pingos já no box. Sinal de que a condição deveria mudar no meio do caminho. Não me encontrei na pista e achei muito esquisito ter marcado o 5o. tempo porque estava alto demais para ser o 5o. E para piorar a situação sofri durante todo o tempo com embaçamento da viseira. Tudo porque não tratei dela antes da corrida - puro relaxo meu.

Mesmo assim fui para a minha posição e vi o Giba na frente. Mas aí começaram a mudar o grid na frente porque a cronometragem era outra e o placar não mostrava o resultado final na ultima volta. Assim eu fui andando para trás e não parava mais. Achei que tinha ficado em ultimo, mas fiquei em 14o. com 21 na pista. Horrivel pois a pista estava ruim mas tinha trechos de aceleração total.

Largamos e aí no meio do bolo eu vi que não tinha retomada suficiente. E também o meu kart escapava bem de frente. Mas como o trilho iria ser refeito eu pensei que a condição melhorasse depois. E de fato melhorou, para todo mundo, não apenas para mim. E fui vendo os da frente abrirem sempre um pouco mais. Até que rodei no mesmo lugar que o Ikeda na bateria anterior. Se fosse na parte de alta e não tivesse batido, seria melhor porque voltaria à pista mais rápido e com espaço de manobra. Mas ali ficou ruim e tomei algumas ultrapassagens.

Tinha que tentar me recuperar e a garoa voltou, fininha e bem pouca. Em alguns lugares grudava bem, em outros muito menos. E aí vem o de sempre, a falta de treino. Quase não piloto mais e percebi que ainda tenho a memória dos antigos pneus que escorregavam bem menos. Fui tentar tirar o sangue e é óbvio que não dá certo. Quanto mais forte entrava mais escorregava. Escapei várias vezes na hum e na subida do bacião mais de uma vez saí com as 4 rodas na área de escape. E também bati nos pneus lá embaixo numa volta, mas de lado e nao parei na pista. Estava dificil segurar.

Esporte no sangue dos dois. À minha esquerda,
Roberto Wenke que pilota comigo e também
correu a Meia Maratona de São Paulo.
Num determinado momento vejo uma bandeira de punição e na volta seguinte entra o Gilberto no box. Tomou stop and go. Nas ultimas voltas eu já tinha desanimado e virado retardatário e percebi alguem do meu lado na reta e vi que nao dava pra segurar. Nem pensei duas vezes e fiz sinal para o cara me passar. Passaram 3. Eram da frente, eu não perdi mais posições. Terminei em 16o., simplesmente lamentável.

No box o Giba me disse que voltou pra pista atrás de mim e me alcançou fácil na reta e me deu o bote entre a hum e a dois.

É o tal negócio, pilotar com pneu que gruda muito é facil, quero ver com o que escorrega muito. Aí é que eu fui incauto porque os outros karts tinham muito mais grip que o meu. E nessas condições voce pode até chegar bem forte na curva, mas vei ter que segurar no início da curva e meter o pé na tangencia. Aí consegue apontar a frente. E eu insistia em fazer a hum flat porque sempre deu. Mas naquele dia não dava.

Ganhou o primeira bateria o Pedro Rosinha e na minha o Fernando Cecin. Falta agora ver a classificação do campeonato. Com certeza eu andei para trás e isso me incomoda pois na próxima eu preciso dar o que tem, dar um jeito de terminar no pódium para ficar na Master, o grupo dos mais rápidos. Mas do jeito que eu ando pilotando.......

De efetivamente proveitoso dessa vez, só a visita na padaria Dona Deôla na Granja Viana, antes de voltar pra casa. Uma delícia.

Na padaria Dona Deôla na Granja Viana. À partir da esquera, Giba, Marcelo, Anderson, Pimentel, amigo do Rafael, o Rafa, e o seu pai, Werner Heying

(imagens: Amigos Velozes)

Um comentário:

Anônimo disse...

Na chuva Zé é sorte mesmo, não adianta andar muito, as vezes uma pequena distração e bye bye prova.
Abraços.
Fabio Junqueira