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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Não é proibido, mas não é permitido

Isso mesmo. O que não é explícitamente proibido pode não ser permitido, aceito. Mas aqui no Brasil é preciso placa de proibição. Foi assim que passei uma das vergonhas públicas da minha vida.
Como típico cidadão brasileiro que pensa que esporte é apenas futebol e que praia existe só no Brasil, embora os mares banhem as costas de todos os continentes do planeta, eu também já me senti como estranho no ninho na casa dos outros. Olham para você tentando advinhar de que lugar teria vindo esse espécime estranho à comunidade, se você esteve prêso, se é terrorista, ou se você tem grana demais e educação de menos.
Foi num dia em que após o almoço em um desses restaurantes fast em Zurich, acendi um cigarro para dar uma breve continuidade ao papo. Mas não tinha cinzeiro. E olhando em volta não havia um único nas outras mesas. Pensei em chamar o garçon mas eu vi que algo estava muito errado. Acontece que lá, ao menos em 1986, não havia placas de proibido isso ou aquilo. Assim sendo, de forma muito simples e objetiva, onde não há cinzeiros é claro e evidente que não se pode fumar. A não ser que você seja um desses maloqueiros de plantão que jogam a cinza no chão ou por cima do ombro. Portanto não há que se proibir coisas. Elas são como são e pronto. É uma questão de adaptação.

O intuito da estorinha besta e sem importância é apenas lembrar que há outras pessoas, que vivem em outros países. que pensam e agem de forma diferente da nossa. E isso pode tanto ser agradável como também desagradável. Por sinal, o suco de maçã da Suíça é tão bom quanto os queijos.

Por isso recomendo a leitura diária do novo blog do Mestre Joca. Lá ele conta um tanto do que viu morando nos Estados Unidos. As observações são muito interessantes porque ele é um cara muito observador, coisa que se constata fácil pelos textos. Vale a pena. Segue o link.

http://diariosdoautoexilio.blogspot.com/

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