Carlos Braz que corre na Classic Cup com o 21, é amigo meu há muito tempo. Talvez uns 20 anos. É fanático por carros antigos e não apenas para desfilar na rua, como eu vi com alguns que ele restaurou. Nas pistas o gosto por carros clássicos foi posto em prática com o DKW 21 amarelo com o qual ingressou na Classic. Vi este carro sendo preparado práticamente desde o início. O motor que não deu um único problema durante todo o tempo em que correu na categoria, foi ajustado pelo seu amigo e preparador caprichoso, Rafael Scalize. Me lembro do trabalho que foi feito nas janelas do bloco, que se constituiu única e tão sómente em ajustar todas conforme um gabarito, sem a intenção de conseguir um alto ganho de performance mas com um capricho típico de quem é do ramo da mecânica e é criterioso.
Na sequência veio o Passat 21 que começou a sua trajetória com um AP1600 com carburador mini-progressivo, no lugar do original 1.5. Depois foi trocado por um 2.0 com Weber horizontal e câmbio de cinco marchas. Gira um pouco menos mas os 400cc adicionais colocaram uma diferença de tempo de mais de 2s sobre o conjunto anterior.
Neste último sábado foi a vez de colocar na pista o seu novo Passat 21 na D1B, do qual já falei em um post anterior. Até a hora da classificação o carro tinha apenas uma volta no circuito, exatamente há trinta dias. Qualquer carro pode apresentar alguma falha por menor que seja quando vai pela primeira vez para a pista. Na classificação marcou 2:12.286 ficando em segundo no grid atrás de Rogério Tranjan do Passat 44. Na geral 17o. num grid de 28.
Na corrida começou muito bem até que os pneus começaram a esquentar e ficou muito clara a tendência de escapar nas saídas de curva. A classificação se deu em 15 minutos e com o asfalto mais frio, já que havia leve garôa. Na corrida a pista estava mais quente pois o sol já tinha vindo marcar presença. Aí o comportamento mudou. Acompanhou o tempo do 44 por várias voltas até que num determinado momento eu percebi que ele tinha literalmente aliviado o ritmo. Quando chegou no box, em segundo lugar, a água estava a 110 graus e o óleo a 130. A explicação apareceu rápido. Soltou-se a corrreia da bomba d´água.
No geral ele ficou contente com o bólido. E tem razão para isso pois o carro tem muito pouco mesmo a ajustar para um desempenho muito competitivo na sua categoria. Apesar do pequeno problema é um conjunto confiável.
O resultado final foi 2o. na categoria e 13o. na geral. Na categoria a prova foi vencida por Rogério Tranjan e em terceiro ficou Fernando Alcoforado. Para uma primeira vez eu acho que está muito bom.
No site http://www.dmracing.com.br, no menu Matérias há várias fotos e um texto que dá os detalhes da preparação desse carro.
Um comentário:
O Bráz também é meu amigo à mais de 15 anos,uma grande figura,muito querido no meio do movimento de preservação dos autos antigos Parabens Bráz você merece.
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