Recebi um email com um texto de um oncologista, o qual não vou colocar aqui na íntegra pois é um texto muito longo. Vou transcrever apenas dois trechos muito significativos, que são os que seguem:
"- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!"
".....Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência."
O texto está baseado na experiência da relação médico paciente com uma menina que sofria de câncer e que tinha como certo o final da sua vida, o que de fato se deu.
Eu não gosto muito de falar na primeira pessôa em certos temas, mas acho que nesse caso não há maneira melhor da minha parte para fazer as colocações que seguem. Me desculpe o leitor se este post é muito longo. Sei que posts longos não são apreciados.
Todos nós nascemos de uma união e portanto temos pai e mãe no caso de sermos criados por estes. Caso contrário os teremos de coração e não pais biológicos. Seja que tipo de pais temos, a verdade é que não nos dedicamos tanto a estas pessoas, muito em função dos nossos valores de juventude e de infância. Pai e mãe tornam-se chatos durante um certo período da nossa vida. Mas como a vida habitualmente nos dá tempo para percebermos e realizarmos mudanças, mais tarde a nossa leitura de família passa a ter outra conotação. Infelizmente para a juventude atual a matéria tem se mostrado tão absoluta na vida delas que está ficando práticamente impossível lhes mostrar outra visão, a qual por vêzes pode ser rejeitada até mesmo a poder de agressividade.
Paralelamente a isso temos o mundo que está se tornando dia a dia mais ácido, mais competitivo, mais materialista, menos realista (ou uma nova realidade fútil e mal constituída), mais destrutivo, carente de ética, de fraternidade, de respeito, de consideração, de compreenção e de caridade.
Meu pai jamais fumou e bebia sempre em doses minimalistas. Mesmo assim faleceu do mesmo mal da menina mencionada acima. Não há dúvida de que nisso há uma tendência do organismo. Mas há componentes externos que podem deteriorar a saúde de uma pessôa com incrível potencialidade para isso.
Dois fatores contribuíram muito para isso na vida dele. O principal foi a flagrante rejeição familiar, a qual um dia o meu gênio de italiano sepultou muito mais que 7 palmos abaixo. E por conta dessa rejeição ele não teve ambiente psicológico para suportar a dureza da rejeição que também sofreu no trabalho. Suportou isso por longo tempo na vida até que finalmente veio a almejada aposentadoria que, não posso negar, lhe trouxe alguns anos de conforto. Mas o mal já estava plantado e um dia se manifestou.
Após um ato cirúrgico bem sucedido e um tratamento ao qual não colocaria dúvidas, sobreviveu por mais cinco anos até que o mal se manifestou novamente. Aí como é sabido por todos, nada há a ser feito.
Os dias finais foram um autêntico stress para mim. Mas eu não imaginava que havia coisa mais triste ainda a lembrar além do nosso último aperto de mão.
Tão logo ele se foi eu tive a obrigação imediata de cuidar dos interêsses e pendências remanescentes, o que é muito comum nessas situações. Tal não me provocaria mais dissabôres não fosse o fato de que a partir desse momento passei a me deparar com a sordidez do ser humano.
A primeira etapa veio justamente de alguém de quem eu já esperava algo não muito recomendável. Uma família de mente porca e mesquinha, que na ocasião tinha a posse de um bem do meu falecido pai, tentou subtraí-lo às custas de uma manipulação de relacionamento. Não tiveram como esconder que estavam aguardando o final do meu pai como se isso fôsse apenas o fim de um carro enferrujado. Não sei descrever a sensação que isso me causou.
Na sequência vi porque o meu ambiente de trabalho estava ficando dia a dia mais estranho. Você jamais deve demonstrar algum tipo de fraqueza num ambiente desses. Não existe compreenção para nada nessas horas. Apenas cobrança e oportunismo, advindos da ganância e materialismo sem limites. Você está na mão dos outros. E no meu caso, os piores sanguessugas que já vi. E mais algumas outras coisas desagradáveis que mais quero é esquecer.
Tudo centrado num valor. Uma vida que não importava nada a ninguém, que podia ser tratada como bem quizessem, tinha-se ido e restou o que esta mesma vida deixou entre nós.
Isso tudo foi a demonstração mais clara da sordidez do ser humano, que eu pude ver na vida. Aí meu pai era pessôa apenas para mim.
Passado o tempo essas coisas se acomodam. E na acomodação a minha visão de mundo começou a mudar. O que me afetava profundamente passou a não fazer mais nenhuma diferença. Coisas bobas na vida como andar de kart ou escrever num blog passaram a ter grande valôr, além tantas outras que vieram lá no início dessa fase. Certas pessôas que eu tinha como amigos ou parceiros, que na verdade jamais foram, passaram a não entender muito bem a minha distância. Muitas que me interpretaram, ao invéz de me conhecerem, deixaram de contar com a minha presença e lealdade, tal qual aconteceu ainda recentemente. A naturalidade e espontaneidade das pessôas pode ser até chocante, dependendo da situação.
E a caridade que eu mencionei acima, onde entra nessa estória? Caridade não se faz com dinheiro. É uma forma e muito eficiente dependendo do bolso onde esse dinheiro vai cair. Mas se faz especialmente com gestos e por consciência. Ninguém precisa tirar um centavo do bolso para ser caridoso e nem acreditar que é o telemarketing a fonte da remissão das suas faltas.
É uma das coisas que falta no mundo de hoje. A caridade. O ser humano que vive na neura sem fim do trabalho nos dias de hoje, cujas leis para nada servem pois são absolutamente inumanas, e que enfrenta diáriamente um trânsito insuportável e sanguinário, não tem condições psicológicas e emocionais de viver a sua família ao aportar na morada. Até mesmo os pequeninos ficam com a fatia de tempo comprometida. E que relacionamento não vai sucumbir à isso?
É por isso mesmo que tanto meu pai quanto eu e muitos outros que eu conheci e conheço foram ameaçados no seu trabalho. Porque é a fonte da manutenção do que estão construindo. A sua família e o relacionamento advindo dessa situação.
Onde as pessôas mais deveriam estar unidas é que estão mais desunidas ainda e se contrapondo dia e noite. Não deveriam estar unidas como num sindicato mas como sêres humanos, tais como alguns ótimos amigos que o meu pai fêz durante a sua vida profissional e que eu tive o prazer de conhecer. Poucos na verdade mas houve.
Recuperei aquele bem e recentemente mais um outro. Para ser mais claro, depois do passamento do meu pai tentaram me tirar tudo o que tinha. Era uma oportunidade. A lógica da civilização atual não prevê coisas intrínsecamente humanas como compreenção, respeito, caridade. E para piorar um pouco, respeito nos dias atuais é traduzido em polidez ou mesuras desnecessárias. Cansei de ver na vida gente que tinha um linguajar límpido na sua forma de expressão e ao mesmo tempo uma mente mesquinha que nada mais vê à frente além do materialismo e a capacidade de manipulação nos momentos de conveniência. É engraçado isso pois a classe política tem exatamente essas características. É a mediocridade no topo da ordem.
Aquele ditado, nojentamente mal aplicado por políticos - "é dando que se recebe" - jamais pode ser empregado na íntegra. Tornar nú um santo afim de cobrir outro não leva ninguém a nada. Mas o oposto da individualidade, do absolutismo citado acima na frase do médico, desde que dosado de forma consciente é uma fonte geradora de conforto que não pode ser adquirido em parcelas de cartão de crédito.
É por conta dessas leituras que há pouco tempo literalmente dei uma propriedade minha, abandonada há muito tempo, a uma pessôa que não tinha como adquirir algo fácilmente. Pode parecer piada, mas na sequência disto recuperei mais uma do meu pai, fruto do seu suor, que outro tentou subtrair. Tentou porque estamos no mundo dos espertos, dos mais rápidos, dos mais interesseiros, do tudo por dinheiro, o mundo dos argumentos, da malícia, da boa conversa, da hipocrisia. Também foi pela mesma leitura de mundo que certa vez dei metade do meu guarda roupa a uma instituição de caridade porque eu tinha mais roupas do que usava. Isso se deu num dia em que eu vi uns mendigos deitados no chão aqui na esquina e ao cair na cama me cobrí com 2 cobertores por conta do imenso frio que fazia. E êles, como estavam?
Finalmente, a mesma sensação que o oncologista teve na sua relação com a menina paciente de dias contados, que lhe fez mudar a visão de mundo, foi mais ou menos a que eu tive ao experimentar a imensa sensação de impotência ao ver o meu pai no seu último leito já sem forças até para falar. As pessôas não se dão conta da impressionante fragilidade que a vida tem. Às vezes só conseguem perceber isso pela tragédia.
Para que a minha leitura do ser humano não se tornasse fria e calculista e para que eu não sentisse o mesmo descaso com o qual meu pai foi tratado por certas pessôas, é que me afastei ´sem mais´ de muitos, ao mesmo tempo que me encontrei com outros novos e bons parceiros da vida.
Essa garotada de hoje que vive essa vida absolutista com o argumento que essa é a atual, a mais correta, a única aceita, precisa de algo que lhes desperte a consciência de que o mundo, mesmo com tudo que pode proporcionar ao ser humano nos dias de hoje, na prática vai de mal a pior porque é incapaz de proporcianar o mais importante de tudo. O próprio ser humano em si, ao vivo e a côres. Hoje qualquer pessôa pode ser substituída no shopping mais próximo ou no boteco da esquina ou nos dois.
Aos sórdidos e medíocres que me acompanharam nos últimos anos, apenas uma lembrança. Estou vivo. E não estou triste.
Aos reais amigos que ficaram e aos muitos novos que recentemente fiz, a ansiedade pelo nosso próximo encontro temperado por alguns copos e uma boa prosa.
Ao meu pai que já se foi, um alívio. Perdemos pouco. Mas perdemos principalmente o que nunca deveríamos ter tido. E ficaram os que pensávamos que iriam.
"- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!"
".....Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência."
O texto está baseado na experiência da relação médico paciente com uma menina que sofria de câncer e que tinha como certo o final da sua vida, o que de fato se deu.
Eu não gosto muito de falar na primeira pessôa em certos temas, mas acho que nesse caso não há maneira melhor da minha parte para fazer as colocações que seguem. Me desculpe o leitor se este post é muito longo. Sei que posts longos não são apreciados.
Todos nós nascemos de uma união e portanto temos pai e mãe no caso de sermos criados por estes. Caso contrário os teremos de coração e não pais biológicos. Seja que tipo de pais temos, a verdade é que não nos dedicamos tanto a estas pessoas, muito em função dos nossos valores de juventude e de infância. Pai e mãe tornam-se chatos durante um certo período da nossa vida. Mas como a vida habitualmente nos dá tempo para percebermos e realizarmos mudanças, mais tarde a nossa leitura de família passa a ter outra conotação. Infelizmente para a juventude atual a matéria tem se mostrado tão absoluta na vida delas que está ficando práticamente impossível lhes mostrar outra visão, a qual por vêzes pode ser rejeitada até mesmo a poder de agressividade.
Paralelamente a isso temos o mundo que está se tornando dia a dia mais ácido, mais competitivo, mais materialista, menos realista (ou uma nova realidade fútil e mal constituída), mais destrutivo, carente de ética, de fraternidade, de respeito, de consideração, de compreenção e de caridade.
Meu pai jamais fumou e bebia sempre em doses minimalistas. Mesmo assim faleceu do mesmo mal da menina mencionada acima. Não há dúvida de que nisso há uma tendência do organismo. Mas há componentes externos que podem deteriorar a saúde de uma pessôa com incrível potencialidade para isso.
Dois fatores contribuíram muito para isso na vida dele. O principal foi a flagrante rejeição familiar, a qual um dia o meu gênio de italiano sepultou muito mais que 7 palmos abaixo. E por conta dessa rejeição ele não teve ambiente psicológico para suportar a dureza da rejeição que também sofreu no trabalho. Suportou isso por longo tempo na vida até que finalmente veio a almejada aposentadoria que, não posso negar, lhe trouxe alguns anos de conforto. Mas o mal já estava plantado e um dia se manifestou.
Após um ato cirúrgico bem sucedido e um tratamento ao qual não colocaria dúvidas, sobreviveu por mais cinco anos até que o mal se manifestou novamente. Aí como é sabido por todos, nada há a ser feito.
Os dias finais foram um autêntico stress para mim. Mas eu não imaginava que havia coisa mais triste ainda a lembrar além do nosso último aperto de mão.
Tão logo ele se foi eu tive a obrigação imediata de cuidar dos interêsses e pendências remanescentes, o que é muito comum nessas situações. Tal não me provocaria mais dissabôres não fosse o fato de que a partir desse momento passei a me deparar com a sordidez do ser humano.
A primeira etapa veio justamente de alguém de quem eu já esperava algo não muito recomendável. Uma família de mente porca e mesquinha, que na ocasião tinha a posse de um bem do meu falecido pai, tentou subtraí-lo às custas de uma manipulação de relacionamento. Não tiveram como esconder que estavam aguardando o final do meu pai como se isso fôsse apenas o fim de um carro enferrujado. Não sei descrever a sensação que isso me causou.
Na sequência vi porque o meu ambiente de trabalho estava ficando dia a dia mais estranho. Você jamais deve demonstrar algum tipo de fraqueza num ambiente desses. Não existe compreenção para nada nessas horas. Apenas cobrança e oportunismo, advindos da ganância e materialismo sem limites. Você está na mão dos outros. E no meu caso, os piores sanguessugas que já vi. E mais algumas outras coisas desagradáveis que mais quero é esquecer.
Tudo centrado num valor. Uma vida que não importava nada a ninguém, que podia ser tratada como bem quizessem, tinha-se ido e restou o que esta mesma vida deixou entre nós.
Isso tudo foi a demonstração mais clara da sordidez do ser humano, que eu pude ver na vida. Aí meu pai era pessôa apenas para mim.
Passado o tempo essas coisas se acomodam. E na acomodação a minha visão de mundo começou a mudar. O que me afetava profundamente passou a não fazer mais nenhuma diferença. Coisas bobas na vida como andar de kart ou escrever num blog passaram a ter grande valôr, além tantas outras que vieram lá no início dessa fase. Certas pessôas que eu tinha como amigos ou parceiros, que na verdade jamais foram, passaram a não entender muito bem a minha distância. Muitas que me interpretaram, ao invéz de me conhecerem, deixaram de contar com a minha presença e lealdade, tal qual aconteceu ainda recentemente. A naturalidade e espontaneidade das pessôas pode ser até chocante, dependendo da situação.
E a caridade que eu mencionei acima, onde entra nessa estória? Caridade não se faz com dinheiro. É uma forma e muito eficiente dependendo do bolso onde esse dinheiro vai cair. Mas se faz especialmente com gestos e por consciência. Ninguém precisa tirar um centavo do bolso para ser caridoso e nem acreditar que é o telemarketing a fonte da remissão das suas faltas.
É uma das coisas que falta no mundo de hoje. A caridade. O ser humano que vive na neura sem fim do trabalho nos dias de hoje, cujas leis para nada servem pois são absolutamente inumanas, e que enfrenta diáriamente um trânsito insuportável e sanguinário, não tem condições psicológicas e emocionais de viver a sua família ao aportar na morada. Até mesmo os pequeninos ficam com a fatia de tempo comprometida. E que relacionamento não vai sucumbir à isso?
É por isso mesmo que tanto meu pai quanto eu e muitos outros que eu conheci e conheço foram ameaçados no seu trabalho. Porque é a fonte da manutenção do que estão construindo. A sua família e o relacionamento advindo dessa situação.
Onde as pessôas mais deveriam estar unidas é que estão mais desunidas ainda e se contrapondo dia e noite. Não deveriam estar unidas como num sindicato mas como sêres humanos, tais como alguns ótimos amigos que o meu pai fêz durante a sua vida profissional e que eu tive o prazer de conhecer. Poucos na verdade mas houve.
Recuperei aquele bem e recentemente mais um outro. Para ser mais claro, depois do passamento do meu pai tentaram me tirar tudo o que tinha. Era uma oportunidade. A lógica da civilização atual não prevê coisas intrínsecamente humanas como compreenção, respeito, caridade. E para piorar um pouco, respeito nos dias atuais é traduzido em polidez ou mesuras desnecessárias. Cansei de ver na vida gente que tinha um linguajar límpido na sua forma de expressão e ao mesmo tempo uma mente mesquinha que nada mais vê à frente além do materialismo e a capacidade de manipulação nos momentos de conveniência. É engraçado isso pois a classe política tem exatamente essas características. É a mediocridade no topo da ordem.
Aquele ditado, nojentamente mal aplicado por políticos - "é dando que se recebe" - jamais pode ser empregado na íntegra. Tornar nú um santo afim de cobrir outro não leva ninguém a nada. Mas o oposto da individualidade, do absolutismo citado acima na frase do médico, desde que dosado de forma consciente é uma fonte geradora de conforto que não pode ser adquirido em parcelas de cartão de crédito.
É por conta dessas leituras que há pouco tempo literalmente dei uma propriedade minha, abandonada há muito tempo, a uma pessôa que não tinha como adquirir algo fácilmente. Pode parecer piada, mas na sequência disto recuperei mais uma do meu pai, fruto do seu suor, que outro tentou subtrair. Tentou porque estamos no mundo dos espertos, dos mais rápidos, dos mais interesseiros, do tudo por dinheiro, o mundo dos argumentos, da malícia, da boa conversa, da hipocrisia. Também foi pela mesma leitura de mundo que certa vez dei metade do meu guarda roupa a uma instituição de caridade porque eu tinha mais roupas do que usava. Isso se deu num dia em que eu vi uns mendigos deitados no chão aqui na esquina e ao cair na cama me cobrí com 2 cobertores por conta do imenso frio que fazia. E êles, como estavam?
Finalmente, a mesma sensação que o oncologista teve na sua relação com a menina paciente de dias contados, que lhe fez mudar a visão de mundo, foi mais ou menos a que eu tive ao experimentar a imensa sensação de impotência ao ver o meu pai no seu último leito já sem forças até para falar. As pessôas não se dão conta da impressionante fragilidade que a vida tem. Às vezes só conseguem perceber isso pela tragédia.
Para que a minha leitura do ser humano não se tornasse fria e calculista e para que eu não sentisse o mesmo descaso com o qual meu pai foi tratado por certas pessôas, é que me afastei ´sem mais´ de muitos, ao mesmo tempo que me encontrei com outros novos e bons parceiros da vida.
Essa garotada de hoje que vive essa vida absolutista com o argumento que essa é a atual, a mais correta, a única aceita, precisa de algo que lhes desperte a consciência de que o mundo, mesmo com tudo que pode proporcionar ao ser humano nos dias de hoje, na prática vai de mal a pior porque é incapaz de proporcianar o mais importante de tudo. O próprio ser humano em si, ao vivo e a côres. Hoje qualquer pessôa pode ser substituída no shopping mais próximo ou no boteco da esquina ou nos dois.
Aos sórdidos e medíocres que me acompanharam nos últimos anos, apenas uma lembrança. Estou vivo. E não estou triste.
Aos reais amigos que ficaram e aos muitos novos que recentemente fiz, a ansiedade pelo nosso próximo encontro temperado por alguns copos e uma boa prosa.
Ao meu pai que já se foi, um alívio. Perdemos pouco. Mas perdemos principalmente o que nunca deveríamos ter tido. E ficaram os que pensávamos que iriam.
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