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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Kart São Paulo - de volta para o asfalto.

Hum ano sem nenhum treino. Dois anos sem participação em campeonato ao lado de quem realmente pilota. Apesar das dificuldades atuais, que não são poucas, já não estava valendo a pena economizar a grana do kart. Nessas condições fui estrear na categoria light do Kart São Paulo ontem à noite. O campeonato criado em 2007 pelo Otto Resende, conhecido kartista de provas indoor da granja viana, foi a minha escolha para voltar para o asfalto. Uma corrida mensal com 2 baterias, que ontem contou com um total de 39 participantes, sendo 22 na light na qual eu entrei.

A organização já somou um ponto positivo comigo no briefing. Os karts são sorteados num globo e os números que saíram não voltam para o globo, o que evita que alguém pegue um kart rejeitado por outro caso queira fazer troca. Pessoal simpático que gosta do que faz e vai lá para se divertir. Boa recepção. Como o número de participantes ainda é pequeno a organização corre bem, sem sobressaltos. Gostei.

Da minha parte individualmente falando, a minha corrida foi uma bela porcaria. Perdi todas as referências por conta do tempo de inatividade. E para ser mais pé frio um pouco, peguei um kart que não valia a pena. Instável demais na traseira e puxando um pouquinho para a esquerda. Completando a presepada, no final do qualify eu cheguei na reta com luz vermelha e meti o pé no freio. Mas ainda tinha mais uma volta e me fizeram sinal para continuar. Uma bôa oportunidade para ir ao box pedir troca. Porém eu dei a volta completa e parei na reta para alinhar. Aí não pode trocar mais. Achei que além de tudo fiquei um pouco mais burro também. Aparentemente falta de pilotagem diminui a inteligência.

Largada em fila indiana com uma levíssima garôa suficiente para umedecer os pneus. Já deu pra perceber na segunda curva. Não lembro da minha posição de largada mas deve ter sido 17o. Então com o chão um sabãozinho eu segurei a onda até que alguém espalhou ali na frente. Devo ter levado 7 desavisados nas duas primeiras voltas e apareci então em décimo. Eu me contentaria em simplesmente terminar sem rodar. Não foi possível. Virei do avêsso na saída da hum e assisti uma fila considerável de karts vindo na minha direção. Até que eu manobrasse caí para último.

Briga daqui, briga dali e consegui o milagre de terminar em 13o. Diria que é um bom comêço largar numa posição e terminar em outra mais à frente. De bom mesmo na minha medíocre demonstração de habilidade só a última volta. Fiquei um tempo perseguindo o kart 8 do Leandro Rocha quando finalmente êle deu uma espalhada. Mas depois o 28 do Milton Neto me ultrapassou.

Na última volta tive o único momento de proveito. O 28 rompeu a reta do lado direito e eu previ o que êle faria no final. Assim eu segui pelo meio da pista e lá embaixo, grudado na traseira dêle, caí para a direita ao mesmo tempo que êle abriu para a tomada da hum. Entrei por dentro na freada meio forçado ao lado dêle. Ultrapassei encostado nêle mas lento. E êle não levaria a ultrapassagem para casa e devolveu na 2 tão apertado quanto eu na hum. No final ele acabou na minha frente 0,3s. Foi só isso. De resto não fiz nada que prestasse mas gostei da brincadeira. Estava bom.

Amanhã falo do que de fato interessa. Se possível com fotos do pódium. Parabéns Otto. Parabéns ao grupo. Foi divertido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido Zé e suas memórias do kartismo amador brasileiro

Um grande abraço
Ed