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sábado, 7 de novembro de 2009

Luiz Manzini - Mãos na graxa. (4)

Certamente voce não levaria o seu estimado automóvel em algum lugar onde não encontrasse chão limpo, computador, instrumentos de análise, etc etc.


Mas houve um tempo em que martelos e bigornas também faziam parte do dia a dia de uma oficina mecanica. Ferramentas especiais sómente se fossem construídas. Não se achavam peças ali na esquina compradas a cartão de crédito.

As fotos que seguem, além de uma recordação de família, lembram a existência de coisas já há muito tempo esquecidas e substituídas por outras que nada lembram as antigas.
 
Um goniômetro construído pelo avô de Luiz Manzini com a finalidade de relizar os ajustes dos angulos de suspensão. À esquerda da foto caixa de chapa dobrada do instrumento, que tinha uma semelhança com as maletas dos médicos de então.


 
O intrumento em posição de uso. Com um nível ajustava-se o zero do instrumento em relação ao solo. Na mão de Luiz o apalpador que ficava preso na suspensão e movia a mesa do instrumento mostrando assim o angulo de inclinação da roda.



Essa barra que aparentemente dá a impressão de ser apenas uma barra de ferro, na verdade eram dois tubos, um dentro do outro com uma borboleta de fixação. Os mecanicos antigos usaram isso durante muitos anos para ajustar o angulo de convergencia das rodas, medido pelo lado interno dos penus.


 
Um prensa hidráulica contruída pelo pai de Luiz Manzini com trilhos de ferrovia na época em que era mecânico desse meio de transporte.


 
No Brasil já se importou de tudo, até bigornas. Essa é sueca. A oficina do avô tinha uma forja e a bigorna era uma ferramenta indispensável.


 
Um macaco jacaré antológico. Ao invéz dos atuais que usam cilindro hidráulico, êste fazia uso de uma catraca, conforme mostram as duas fotos seguintes.




 
O ´Frankenstein´ da família. Vivemos um mundo de desperdícios onde se consomem coisas em excesso que são descartadas ainda em condições de uso. O aproveitamento do que estava à mão podia gerar algumas utilidades meio esquisitas.
Pode não parecer mas a foto que segue é de uma furadeira.
O pé da furadeira é um volante de motor de caminhão. A coluna é o tubo do semi-eixo de um diferencial. Os vários braços que saem dele são bielas de Ford. A alavanca, em cima à esquerda é um cabo de grifo. Para a movimentação era usada uma corrente de bicicleta com uma mola numa das pontas. E para guardar as brocas uma calota de Oldsmobile (ao fundo com uma mangueira passando por cima).

 
E por fim a única coisa que era necessária para marcar a presença no local. O nome do dono da oficina na parede, tal e qual foi por quatro gerações seguidas.


 

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