Em 2006 passei o ano assistindo meus amigos da Amika Senior disputarem suas posições na pista, enquanto eu acompanhava tudo do box, após um acidente de treino no qual trinquei uma costela, poucos dias antes da primeira etapa. Foi assim que eu descobri o real significado do colete toráxico. Por um lado foi interessante pois além de assistir boas disputas, eu pude ver como cada um fazia o seu trabalho. Entre outros que me chamaram a atenção, um era frequentador assíduo do pódium e tinha uma tocada segura e constante. Vou falar nesse e no próximo post do piloto Miguel Angelo Castro, um dos integrantes da Equipe Meteroro que venceu nesse ano a primeira edição das 500 Milhas de Kart Amador no Kartódromo Internacional Granja Viana.
Miguel fez curso técnico de eletronica na Escola Técnica Lauro Gomes, influenciado pelo avô que tinha uma pequena oficina. Tendo se formado encontrou emprego na Vasp como técnico eletronico em 1979. Lá trabalhou na manutenção de terminais de computador. Depois fez eletronica em Mogi. Mas o mercado na época era mais favorável a processamento de dados. Então ingressou na FASP onde fez administração com enfase em processamento de dados, mas considerou o curso fraco e mudou para matemática, disciplina da qual é bacharel tendo se formado em 1986.
Trabalhou no período da reserva de mercado na Ecodata onde teve a primeira experiencia como analista de sistemas. Nesse período utilizou a tradicional linguagem de programação Cobol. Mas antes disso na Vasp, já teve uma passagem com programação quando trabalhou num projeto da empresa chamado Sabiá, que tinha a finalidade de ler sinais dos aviônicos e transmitir dados via rádio. O programa foi desenvolvido em assembler para o famoso processador Z80 da Zilog. Após a Vasp entrou na Alcan onde a sua carreira se consolidou. Quando a empresa substituiu os antigos mainframes por AS400, Miguel foi convidado para trabalhar na área de suporte, o que até hoje é o seu trabalho. Surgiu o desejo de trabalhar em empresa de tecnologia e isso se deu na AT&T, e na sequencia na Claro, e finalmente no IBOPE, sempre na gerencia de suporte e infraestrutura. Mas o sonho de garoto, não realizado, era ser piloto de avião.
- Meu sonho era ser piloto. Mas a família era humilde, não tinha muitas posses. Eu até corri atrás e cheguei a ser piloto privado. Fiz na Praia Grande, era muito divertido.
Miguel fez curso técnico de eletronica na Escola Técnica Lauro Gomes, influenciado pelo avô que tinha uma pequena oficina. Tendo se formado encontrou emprego na Vasp como técnico eletronico em 1979. Lá trabalhou na manutenção de terminais de computador. Depois fez eletronica em Mogi. Mas o mercado na época era mais favorável a processamento de dados. Então ingressou na FASP onde fez administração com enfase em processamento de dados, mas considerou o curso fraco e mudou para matemática, disciplina da qual é bacharel tendo se formado em 1986.
Trabalhou no período da reserva de mercado na Ecodata onde teve a primeira experiencia como analista de sistemas. Nesse período utilizou a tradicional linguagem de programação Cobol. Mas antes disso na Vasp, já teve uma passagem com programação quando trabalhou num projeto da empresa chamado Sabiá, que tinha a finalidade de ler sinais dos aviônicos e transmitir dados via rádio. O programa foi desenvolvido em assembler para o famoso processador Z80 da Zilog. Após a Vasp entrou na Alcan onde a sua carreira se consolidou. Quando a empresa substituiu os antigos mainframes por AS400, Miguel foi convidado para trabalhar na área de suporte, o que até hoje é o seu trabalho. Surgiu o desejo de trabalhar em empresa de tecnologia e isso se deu na AT&T, e na sequencia na Claro, e finalmente no IBOPE, sempre na gerencia de suporte e infraestrutura. Mas o sonho de garoto, não realizado, era ser piloto de avião.
- Meu sonho era ser piloto. Mas a família era humilde, não tinha muitas posses. Eu até corri atrás e cheguei a ser piloto privado. Fiz na Praia Grande, era muito divertido.
Recentemente Miguel optou por um voo solo, mas não na aviação. Criou a sua empresa de prestação de serviços de consultoria e infraestrutura de redes computacionais. A Winitech está dando os seus primeiros passos e se vale de uma longa experiência profissional de Miguel e seus colaboradores, bem como dos bons relacionamentos construídos ao longo de anos de atividade.
Início no kartismo.
- O kart apareceu ha pouco tempo na minha. Foi na Claro em 1999 a primeira vez que sentei num kart. Aqui tinham os karts com motor de 5,5 hp´s. Antes disso a minha juventude toda era Interlagos, assisti todas as corridas do Senna.
Primeira corrida.
- Marcamos dia e hora na Granja Viana e entrei no carro e perguntei: "Cristiano, como é lá o tempo de corrida? Umas duas horas?"
- Na época eram R$50 ou R$60. Pensei "R$50 para andar só meia hora?". Eu estava mais preocupado com o dinheiro. Sei que em 15 minutos de corrida eu estava procurando a bandeira de chegada, estava todo torto.
- Eu não me lembro o lugar em que cheguei mas lembro o tempo que eu fiz. Era o traçado longo sem chicane. A minha volta mais rápida naquele dia foi 01'04". Comecei virando 01'08" e terminei virando 01'04". Alguns anos depois eu lembrei desse episódio. A minha volta mais rápida nesse traçado, no indoor com pneu amarelo, foi 00:58,8".
- Aí fui mordido pelo mosquito. Voltei aqui algumas vezes e fui andar em tudo que é kart indoor que tinha em São Paulo. Fui no Jaguaré, no Playkart na Salim Farah Maluf com a Marginal. Nessa época tinha o Jaguaré, o Playkart, o Pitstop era num prédio, não era a pista aberta, aqui, a Aldeia já existia, e em São Bernardo tinha um que eu acho que era o Speed Hunters que era no estacionamento de um supermercado.
Influenciado pelas provas de karts alugados na Aldeia da Serra, onde estes corriam junto com os de competição de 2 tempos, Miguel ouviu a sugestão de um amigo de correr em Atibaia com kart próprio. Lá conheceu o mecânico Carlinhos que lhe conseguiu um kart usado com motor V4. A compra foi dividida em três mas quem mais andava com o kart era o já apaixonado Miguel. Pouco tempo depois conseguiu comprar um chassi Mini 2001 com motor V4, e ingressou com esse equipemento num campeonato em Atibaia.
- Andava lá porque era barato. A inscrição era cento e poucos reais em Atibaia. Andei aqui, na Aldeia, em Interlagos. Ganhei algumas prova em Atibaia mas não ganhei campeonato porque não dava para ir em todas. Eu tenho família com tres filhos, casa pra cuidar, e quem está nesse mundo sabe o quanto gasta para andar forte na frente.
- Lembro de um amigo de infância que estava pondo o filho pra andar. Um cara que hoje é empresário no ABC. O filho andava forte, mas gastava R$ 10.000,00 por corrida. Quando eu falava pra minha mulher que ia gastar R$ 90,00 numa corrida ela ficava louca.
Na avaliação dele, um kartódromo que valoriza a atividade, como o Granja Viana, e que tem uma boa quantidade de karts com diferenças pequenas, tem condições de fazer um bom campeonato. Principalmente porque onde as diferenças não são tão grandes, o braço conta muito. Caso oposto dos karts de competição onde um pneu novo pode significar 0,5s.
- Sem dinheiro você não faz um campeonato oficial. Já no indoor, com R$ 80 a R100 por mês você faz um campeonato como Amika ou CPKA. Você consegue se divertir legal.
Miguel começou a pilotar no indoor e nunca teve, desde que começou a andar de kart, um instrutor. Adquiriu experiência por conta própria, na kilometragem como costumamos dizer.
- Depois que eu comecei a brincar de indoor, quando fui andar de 2 tempos eu vi que tinha muitos vícios do indoor. O cara que começa no indoor adquire muitos vícios como frear e acelerar ao mesmo tempo, frear muito dentro da curva. Quando eu fui andar em Atibaia, o Carlinhos me deu algumas dicas. Êle ficava me observando na curva hum e me dizia que eu entrava pendurado demais.
- Me mandava frear antes. Eu começava a chamar mais cêdo mas mesmo assim para êle era muito tarde.
Aí Miguel avaliou que mesmo freando mais cêdo o tempo baixava porque acelerava mais cêdo também. Êle sentiu um aperfeiçoamento na sua tocada no indoor. Mesmo disputando provas de 2 tempos, Miguel nunca parou de pilotar indoor. Em 2005 êle entrou no campeonato da Amika.
- Não existia sênior na época. Era uma contagem de pontos paralela das pessôas que tinham mais de 45 anos. Nessa época o rei era o Talarico, era o dono da sênior.
Em 2006 a Amika instituiu a categoria sênior como disputa única, separada da principal.
- Hoje a Amika está no quarto ano da sênior. Eu nunca abandonei a categoria principal. Eu me dou razoávelmente bem e é um desafio querer bater o Maurício, o Peterson. Se eu não ganho deles, eu atrapalho bem.
Na verdade o primeiro campeonato que Miguel Castro ingressou foi o Pangaré.
- Quando eu comecei a andar de 2 tempos eu parei de andar no Pangaré. Achava que ser campeão do Pangaré não soa bem (risos). Mas os caras tocam. O meu parceiro de campeonatos de indoor, o Costoya, está lá até hoje.
Início no kartismo.
- O kart apareceu ha pouco tempo na minha. Foi na Claro em 1999 a primeira vez que sentei num kart. Aqui tinham os karts com motor de 5,5 hp´s. Antes disso a minha juventude toda era Interlagos, assisti todas as corridas do Senna.
Primeira corrida.
- Marcamos dia e hora na Granja Viana e entrei no carro e perguntei: "Cristiano, como é lá o tempo de corrida? Umas duas horas?"
- Na época eram R$50 ou R$60. Pensei "R$50 para andar só meia hora?". Eu estava mais preocupado com o dinheiro. Sei que em 15 minutos de corrida eu estava procurando a bandeira de chegada, estava todo torto.
- Eu não me lembro o lugar em que cheguei mas lembro o tempo que eu fiz. Era o traçado longo sem chicane. A minha volta mais rápida naquele dia foi 01'04". Comecei virando 01'08" e terminei virando 01'04". Alguns anos depois eu lembrei desse episódio. A minha volta mais rápida nesse traçado, no indoor com pneu amarelo, foi 00:58,8".
- Aí fui mordido pelo mosquito. Voltei aqui algumas vezes e fui andar em tudo que é kart indoor que tinha em São Paulo. Fui no Jaguaré, no Playkart na Salim Farah Maluf com a Marginal. Nessa época tinha o Jaguaré, o Playkart, o Pitstop era num prédio, não era a pista aberta, aqui, a Aldeia já existia, e em São Bernardo tinha um que eu acho que era o Speed Hunters que era no estacionamento de um supermercado.
Influenciado pelas provas de karts alugados na Aldeia da Serra, onde estes corriam junto com os de competição de 2 tempos, Miguel ouviu a sugestão de um amigo de correr em Atibaia com kart próprio. Lá conheceu o mecânico Carlinhos que lhe conseguiu um kart usado com motor V4. A compra foi dividida em três mas quem mais andava com o kart era o já apaixonado Miguel. Pouco tempo depois conseguiu comprar um chassi Mini 2001 com motor V4, e ingressou com esse equipemento num campeonato em Atibaia.
- Andava lá porque era barato. A inscrição era cento e poucos reais em Atibaia. Andei aqui, na Aldeia, em Interlagos. Ganhei algumas prova em Atibaia mas não ganhei campeonato porque não dava para ir em todas. Eu tenho família com tres filhos, casa pra cuidar, e quem está nesse mundo sabe o quanto gasta para andar forte na frente.
- Lembro de um amigo de infância que estava pondo o filho pra andar. Um cara que hoje é empresário no ABC. O filho andava forte, mas gastava R$ 10.000,00 por corrida. Quando eu falava pra minha mulher que ia gastar R$ 90,00 numa corrida ela ficava louca.
Na avaliação dele, um kartódromo que valoriza a atividade, como o Granja Viana, e que tem uma boa quantidade de karts com diferenças pequenas, tem condições de fazer um bom campeonato. Principalmente porque onde as diferenças não são tão grandes, o braço conta muito. Caso oposto dos karts de competição onde um pneu novo pode significar 0,5s.
- Sem dinheiro você não faz um campeonato oficial. Já no indoor, com R$ 80 a R100 por mês você faz um campeonato como Amika ou CPKA. Você consegue se divertir legal.
Miguel começou a pilotar no indoor e nunca teve, desde que começou a andar de kart, um instrutor. Adquiriu experiência por conta própria, na kilometragem como costumamos dizer.
- Depois que eu comecei a brincar de indoor, quando fui andar de 2 tempos eu vi que tinha muitos vícios do indoor. O cara que começa no indoor adquire muitos vícios como frear e acelerar ao mesmo tempo, frear muito dentro da curva. Quando eu fui andar em Atibaia, o Carlinhos me deu algumas dicas. Êle ficava me observando na curva hum e me dizia que eu entrava pendurado demais.
- Me mandava frear antes. Eu começava a chamar mais cêdo mas mesmo assim para êle era muito tarde.
Aí Miguel avaliou que mesmo freando mais cêdo o tempo baixava porque acelerava mais cêdo também. Êle sentiu um aperfeiçoamento na sua tocada no indoor. Mesmo disputando provas de 2 tempos, Miguel nunca parou de pilotar indoor. Em 2005 êle entrou no campeonato da Amika.
- Não existia sênior na época. Era uma contagem de pontos paralela das pessôas que tinham mais de 45 anos. Nessa época o rei era o Talarico, era o dono da sênior.
Em 2006 a Amika instituiu a categoria sênior como disputa única, separada da principal.
- Hoje a Amika está no quarto ano da sênior. Eu nunca abandonei a categoria principal. Eu me dou razoávelmente bem e é um desafio querer bater o Maurício, o Peterson. Se eu não ganho deles, eu atrapalho bem.
Na verdade o primeiro campeonato que Miguel Castro ingressou foi o Pangaré.
- Quando eu comecei a andar de 2 tempos eu parei de andar no Pangaré. Achava que ser campeão do Pangaré não soa bem (risos). Mas os caras tocam. O meu parceiro de campeonatos de indoor, o Costoya, está lá até hoje.
(continua no próximo post)
foto: Amigos Velozes
2 comentários:
Valeeeeeu Zé, muito obrigado pelo espaço, obrigado por poder contar um pouco de mim, vai ser legal ver você contando as histórias de outros camaradas tão bem como você contou a minha.
Grande Abraço.
Miguel Castro
Miguel, uma das intenções desse espaço é exatamente essa. Vem mais coisa por aí. Nossos amigos estarão entrando aqui aos poucos. E histórias são sempre bem vindas.
Não esqueça de falar pro japa voador que ele tá na lista.
Abraço e volte sempre
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