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sábado, 23 de janeiro de 2010

1000 Km de Interlagos. Muito sol, poucos carros e depois muita água.

Hoje tinha gente na arquibancada de Interlagos. Foi um cara lá assistir, o único que eu vi. Ao menos alguém foi. Claro que isso não representa o início do retorno do público ao autódromo. Na verdade representa definitivamente o fim. Mas enquanto houver um há esperança.


A parte do automobilismo que eu sempre gostei mais são os treinos. Nunca me preocupei com nomes, números e outras coisas clássicas do saber do automobilismo. Por isso é que eu não tenho memória do que vi no passado. Eu gosto do período de treinos porque é muito interessante. Mas eu preciso me inteirar mais de outros detalhes típicos. 

O automobilismo jamais foi uma coisa barata, sempre foi preciso uma quantidade respeitável de dinheiro. Mas hoje virou coisa de ricos. Hoje pela manhã estava conversando com algumas pessoas sobre valores de inscrição. Tudo bem, é preciso pagar despesas pois afinal o autódromo de Interlagos é um autódromo de verdade, mesmo que os mais saudosistas como eu do tempo das curvas hum e dois, não gostem muito desse traçado de hoje. Mas não sei a que essas inscrições se prestam. Para trazer público eu tenho certeza que não é.


À medida que o tempo passa tudo vai ficando cada vez mais caro e com menos carros na pista. Por incrível que pareça, nesse final de semana o grid com mais carros é o da Classic Cup que está mais para clube de apaixonados do que campeonato. Não sei quantos pois não contei, mas devem ser uns 25.

Os 1000km de Interlagos prometem 16 carros na pista, mas minhas contas. E na minha bola de cristal fajuta quem ganha é a equipe do Chico Serra que tem uma Ferrari canhão. Que motor, que maravilha de carro. O Ney Faustini, que me disse que o carro estava falhando hoje de manhã, corre de Maserati. O coordenador de box da equipe dele, o Alceu, me disse que as Ferrari andam 20s mais rápido. E olha que Maserati não é brincadeira.

Ainda nesse grid há um carro preto de uma equipe que eu considero heróica. Correm dois caras que eu conheci ontem à tarde, Marcos e Amorin, num Omega. O capitão da equipe é o Camilinho. O carro virou o motor pela primeira vez ontem à noite. É um motor de 400 polegadas cúbicas Chevrolet com cambio sequencial, zerinho da silva. Hoje na segunda classificação deu as únicas 3 voltas completas nessa semana. Se acabarem a corrida são heróis. E o Amorin apenas ajustou o banco, nem andou ainda.

A F3 Brazil Open é fórmula no mais estrito termo. O chassi Dallara é o grande diferencial. Aproximam do S do Senna muito forte e freiam indo para a tangência, e entre uma perna e outra pé no fundo de novo sem muita cerimonia. É muito veloz e emocionante. Mas apenas, unica e tão sómente 8 carros. Os preços nem quero saber, mas amanhã vou tentar saber algo de um desses carros e se conseguir alguma coisa coloco aqui, principalmente sobre a mecanica que é muito forte.

Como é de praxe em Interlagos, num determinado momento inesperado cai o mundo na cabeça. Saí de lá logo que o dilúvio amansou. Não sei se a F3 largou para a segunda bateria de hoje. Amanhã tem mais e eu vou lá ver.


Um comentário:

Unknown disse...

Zeca, a falta de público é explicável. Não existe divulgação. Os meios de comunicação, leia-se TV's estão muito pouco preocupados em promover um esporte, qualquer que seja, se não houver muita grana para eles. O esporte e a informação que se fodam. O negócio é faturar. Se tivesse uma firma de telefonia bancando, toda hora tinha chamada nas TV's.