Páginas

quinta-feira, 18 de março de 2010

Kart São Paulo - segunda etapa.


Meu caro amigo Zé Ayres.

A minha brincadeira do post anterior acabou virando verdade na pista. Antes de mais nada te peço desculpas. Claro que você fica com a pulga atrás da orelha e não acredita que não foi de propósito. Eu me sentiria da mesma forma. Mas pode crer que não foi de propósito, te garanto.

Na prática eu azarei o teu campeonato e não própriamente a prova de hoje. O meu kart era melhor de retomada que o teu mas enchia menos na reta. Então em determinados lugares de baixa eu chegava mais forte ao mesmo tempo que você “atrasava” um pouco na saída de curva. E nessa situação, eu muito perto de você, tentei evitar o freio e acabei te batendo pois estava perto demais.

Você sabe que eu não tenho e não terei esse hábito de mandar os outros pra fora. Tem gente que tem. Mas não é o meu caso.

A corrida de hoje foi a pior que eu já fiz desde que comecei e o óleo não foi o fator principal, embora tivesse atrapalhado bastante todo mundo, incluindo eu que fui pro pneu na hum antes de pararem a prova.

Mas o que me atrapalhava muito hoje era eu mesmo. Você que anda de kart há tantos anos sabe que andar uma vez por mês vinte e cinco minutos não serve pra nada.

Já deve ter dois anos que eu não treino. E estou pilotando sempre um pouco pior. Sem entrar em detalhes, eu não posso treinar. E se é pra andar assim eu desisto. Ou eu entro pra acelerar e baixar tempos ou nem vou no kartodromo. Já pilotei bem melhor que isso, e hoje kart se tornou uma preocupação ao invéz de uma adrenalina. E nessa acabo estrangando a minha corrida e também a sua. Então pára, é mais fácil.

Me desculpe pela presepada. A amizade você sabe que é a de sempre.

Grande abraço
Zé Clemente

7 comentários:

Anônimo disse...

Zé Clemente

Primeiramente, saiba que não estou nem um pouco zangado. Carreras son carreras. A culpa pela nossa " fingi que fui e acabei fondo " é minha também. Meu kart saia muito de trazeira nas curvas de baixa. Por isso você tinha a impressão de que eu atrazava nas saídas. Na verdade, eu atrazava mesmo para o kart não escorregar demais, e por isso você se aproximava. Mas a disputa estava boa, cheguei a devolver uma ultrapassagem e ainda dar tchauzinho. E tem mais, não acho que você está pilotando " cada vez pior ". Não sou nehum genio de pilotagem, mas acho que tua tocada tava legal. Se você desistir do campeonato ( só se for by money ), teu conceito comigo vai despencar. Não se atreva a tanto. Afinal, alguém precisa chegar depois de mim.

Zé Ayres

Zé Clemente disse...

Zé Ayres,
Quando eu disse que você atrasava um pouco eu deixei de mencionar as ocasiões em que tambem "atrasaram você", lembra?? Eu estava uma posição atrás e lembro, rsss.

Quanto à pilotagem eu me baseio no que é concreto, a cronometragem. Quando eu comecei a andar eu tive um trabalho danado para fazer um tempo minimamente aceitável. Eu comecei errado no kartismo e tive que me achar sozinho na pista, e embora isso seja possível voce sabe que não dá certo. O resultado final nunca é dos melhores. E voce sabe que kart é uma pilotagem bem dificil.

Então depois de ficar pendurado um tempo por conta de uma costela eu recomecei e levei meses seguidos para baixar um segundo. Isso me custou uma grana que na época eu podia pagar. Depois eu fui obrigado a parar e nunca mais treinei. Não apenas eu ganhei aquele segundo de volta como tambem veio uma sobra a mais de presente.

Hoje eu não tenho como fazer treinos, é inviável. E quando eu falo de pilotar não falo da capacidade proprimente mas da performance que piorou um monte.

Pra voce ter uma idéia, há pouco tempo eu saí correndo aqui no bairro pra avaliar se eu ainda conseguiria treinar para uma São Silvestre. Depois de algumas semanas de dores aqui e ali, eu baixei o tempo do meu treino em 5 minutos. E ainda estou bem acima do que há 13 anos atrás. Mas tenho isso como avaliação de que treinar eu ainda estou em condição e que apenas com o treino é que eu consigo melhorar.

O problema é que esse treino me custa um par de tenis num espaço de meses. Mas no lart a conta é muito mais alta. Quem pode, pode, que não pode esquece.

Me estressa andar assim porque apesar de ser amador e uma brincadeira, eu quero a performance e o resultado dela. E não vai chegar porque não tem os meios. Isso me irrita. A questão sou eu comigo mesmo. Então deixa pra lá. Melhor não fazer nada do que fazer contraridado.

Abraço
Zé Clemente

Liga dos Bichos 11 5641-0828 disse...

Zé Clemente, li os comentários e se ajudar não sou nenhum top, mas leio muito e pela net fico estudando o traçado, pois realmente a parte financeira fica complicada de correr varias vezes, mas se eu puder ajudar fico as ordens.
Fabio Junqueira

Zé Clemente disse...

Fábio, te agradeço muito a boa vontade.
Automobilismo é apaixonante e caro, jamais foi barato. Procure pelo que há de barato no automobilismo e você verá que não funciona.
Se eu não puder pagar a conta, o melhor negócio e ficar do lado de fora e contar a historinha depois.
Brincar aí no nosso grupo é ótimo. Eu fico bem à vontade nesse aspecto. Mas também não pode mais ser brincar de casinha, precisa ser brincadeira mais de verdade. E aí é o ponto que eu não satisfaço e isso acaba me tirando do sério.
Tem condições que causam influencias e que mudar pode ser difícil. Por exemplo, o Gilberto usava óculos até uns 3 anos atrás. Operou e hoje eu vejo que apesar de ele não treinar mais os tempos dele baixaram. Então de alguma forma gerou um ganho. No mesmo tempo eu gerei uma perda. A qual eu sei que só vou consertar com uma grana que não tem. Ao menos no momento não.

Abraço

Anônimo disse...



Concordo em partes com seus comentários. Minha performance nunca mais foi a mesma depois de um acidente que tive com kart 2 tempos lá na Granja mesmo. Fiquei dois dias no Hospital São Luiz em observação e com fraturas na clavícula, no braço e na mão ( que precisou passar por cirurgia mais tarde ). Quando consegui retornar ao kartismo 2 tempos ( depois de 6 meses de recuperação ), meus tempos pioraram tanto que abandonei o kartismo. Fiquei uns 4 anos sem andar de kart e só retornei há 3 anos fazendo umas corridinhas na Amika. Nas primeiras nem consegui chegar até o fim. Depois fui melhorando meu condicionamento físico e consegui até beliscar uns pódiuns. Meu desafio é tentar sempre melhorar meu desempenho, mas também não treino, vou direto prás corridas. Em algumas vou bem, em outras não. Quando o kart é bom disputo pódiuns, quando é ruim duelo com o Werner ( essa é prá deixar ele bravo !! ). Geralmente termino as corridas com meu lado esquerdo ( o que quebrou no meu acidente : braço, mão e clavícula ) super dolorido, mas nada que duas latinhas de cerveja não sirvam de analgésico. Também não posso dispor de tempo ( $$$$$ ) prá treinar mais. Mas estamos lá toda corrida tentando melhorar. Quando fiz dois pódiuns seguidos ano passado achei que já tinha voltado à antiga forma, mas bastaram mais duas corridas prá voltar lá prá traz. Faz parte. O gostoso é disputar posições, ultrapassar, ser ultrapassado, dar totó de leve, xingar, fazer gestos teatrais, suar, sorrir, enfim, estar lá. Desistir, jamais. Pense nisso.

Zé Ayres

Anônimo disse...

Tem mais : Werner, me ajuda a convencer este babaca do Zé Clemente.

Zé Ayres

Zé Clemente disse...

Zé Ayres, são pontos de vista válidos, sem dúvida. Portanto vou colocar o meu também.

Quem não consegue fazer kartismo barato, não consegue fazer nada.

Abraço