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sábado, 15 de maio de 2010

GP de Mônaco - previsões podem acabar como devaneios

Alonso larga amanhã na triste última colocação. Numa pista como Mônaco, onde não há por onde passar, há duas coisas que podem ocorrer. Um acidente lá na frente, que poderia lhe beneficiar, alcançando concorrentes que estariam muito distantes e velozes. Um acidente logo à frente dêle, que poderia lhe colocar fora da prova. Uma terceira hipótese seria uma chuva que com certeza colocaria alguns encostados nos guard-rails.

Uma coisa é certa em relação à largada de Alonso. Massa terminou o treino classificatório com 1:14,253. À frente de Alonso larga Karun Chandhok, a verdadeiro lanterna do grid com o tempo de 1:19,559, ou 5,3s mais lento que Massa.

Como os carros de Massa e de Alonso têm o mesmo rendimento, é facílimo imaginar que logo na primeira volta o espanhol já terá ultrapassado os 6 pilôtos mais lentos do grid. Aí vai encontrar o seu compatriota Jaime Alguerssuari que classificou quase dois segundos mais lento que Massa. De Alguerssuari até Liuzzi a diferença de tempo é de 0,8s e ainda não chegamos à casa dos 14s.


Portanto é muito provável que antes do primeiro pit, Alonso já tenha ultrapassado nada menos que 13 carros, caso ninguém bata em algum lugar.

Porém Mônaco é uma caixinha de susprêsas e não há chances de se fazer qualquer nível de prognóstico pois é uma prova que pode se tornar inconstante. Se chover a coisa pode complicar muito. Se continuar sêco, Kubica e Vettel terão chance de incomodar Webber.

Mas isso tudo são hipósteses que podem dar um resultado totalmente diferente e por condições inesperadas. Como se costuma dizer, a corrida acaba na bandeirada. Até lá, por mais previsível que possa ser, tudo ainda está no plano das incertezas.

Lewis Hamilton foi o último a mostrar isso quando têve o seu pneu estourado na útlima prova, na penúltima volta. Não apenas mudou o resultado da corrida, mas também do campeonato e de uma aposta de amigos meus. Acho que os meus amigos deveriam reclamar com o atual fornecedor de pneus da F1, pedir ressarcimento e fazer campanha pela entrada da Pirelli, Michelin, ou quem quer que seja.

Apenas para lembrar as suprêsas que essa prova pode criar, em 1996 largaram 22 carros com Schumi na pole pela Ferrari e Olivier Panis em 14o. pela Ligier.

Panis ganhou o único GP da sua vida, numa prova em que sobraram na pista apenas os únicos três que compareceram ao pódium. Choveu e bateram tanto que sobraram 3 carros na pista. Imagine você ir para o pódium na última colocação na corrida. É uma coisa até bizarra.

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