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sábado, 14 de abril de 2012

Martin Whitmarsh - o Brasil é mais perigoso que o Bahrain

Isso mesmo, é assim que pensa o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh. Na opinião dele apesar da situação no Bahrain, não acredita que se corra mais riscos lá do que no Brasil.

(ps. fiz uma confusão danada com o nome - confundi o  Whitmarsh com o Peter Windsor. é apenas uma questão de W´s)

As declarações dele podem ser lidas neste link - Bahrain holds no fear for Whitmarsh

Acho uma pena que essas realidades sejam veiculadas mundo a fora ao mesmo tempo que os nossos governos na prática não façam nada contra a criminalidade no país. Uma eleição após a outra se fala de criminalidade e esta apenas aumenta sem parar. E tanto é fato que aumenta que isso é de conhecimento público fora do país da parte de pessoas que viajam para cá com frequencia. Os culpados somos nós mesmos e isso não é possivel negar.

Na comunidade brasileira de culpados entram diversos grupos como por exemplo o judiciário e os ativistas engravatados de esquerda, sem contar políticos e mais um monte de gente que nem seria possivel listar as suas origens e participações no processo. A criminalidade não se resolve no Brasil porque é uma das nossas grandes indústrias. Basta imaginar o que pode significar de faturamento os seguros de automoveis, residenciais, comerciais, blindagens de todos os tipos, alarmes de todos os preços e para todo tipo de proteção, vigias de rua que nunca podem e jamais poderão fazer algo, flanelinhas que são um custo social do oportunismo, e por aí vai. Como sempre digo, resolva o crime no Brasil e vai ter muita gente indo à falencia e perdendo emprego. O crime aqui já se tornou uma necessidade. Ah, me esqueci das compras superfaturadas em presidios e cadeias, que eventualmente acabam indo parar no noticiário.

Mas vamos com calma porque não quero alçar alguem às alturas do céu porque crucifiquei a nossa indolencia e conivencia. A Formula 1 tambem não é nem nunca será flor que se cheire e o odor agrade. Na verdade a F1 é igualmente podre. Será que existe algum maluco que vai negar que não há lavagem de dinheiro e tráfico de influencia na F1? Se aparecer alguem com essa intenção é melhor manda-lo para o manicomio imediatamente. A F1 tem tanta força que conseguiu destruir um dos melhores autodromos do mundo, Interlagos, e tambem está acima de outros poderes bem maiores que gostariam que ela não estivesse presente na proxima corrida do Bahrain.

Alguem aí já ouviu falar de algum caso de corrupção na F1? Sim, eu já ouvi e de fonte crível. Tambem a F1 não é exemplo de conduta para ninguem no planeta, é apenas exemplo de supremacia e tambem de costumes questionaveis. É muito bem sabido que os prostibulos de luxo de São Paulo são frequentados por gente da F1 que aqui chega nos finais de semana do GP do Brasil. E consta que gastam uma soma de fazer inveja. E sabe-se há muitos anos que circulam protitutas no autodromo de Interlagos durante a F1.

Ainda no ambito do comportamento já caiu no esquecimento, perdoado pelo glamour midiático global, o senhor chicote Max Mosley. Ele teve que pedir desculpas pela imagem podre que passou a um mundo de espectadores que o viam como um homem sério, dirigente, de conduta sóbria. Apareceu aos olhos do público como pervertido subserviente de fantasias nazistas.

Enfim, quero dizer com isso que Martin Whitmarsh tem saber para fazer as colocações que fez mas lhe falta alguma autoridade porque vive dentro de um meio tão podre quanto a nossa criminalidade. A F1 não produz nenhuma coisa útil para ninguem e nem os seus desenvolvimentos tecnologicos podem mais ser aplicados na industria automotiva. A F1 é um palco, um show de hipocrisia que alcançou um poder acima do que se pode considerar saudavel.

Ainda penso que do jeito que ficou o automobilismo brasileiro o melhor negocio é não termos mais F1. Pergunto que pilotos nós estamos formando aqui afim de seguirem carreira até a F1? Nem temos mais ambiente para isso. Nossos pilotos precisam ir para a europa já quando deixam o kartismo. Então que falta nos fará a F1 no Brasil? No meu entender nenhuma, ainda mais considerando-se que hoje temos tv a cabo.

Aí me diriam ‘Zé mas para onde vai um piloto brasileiro nessas condições?’
Estados Unidos. O Helinho é um exemplo entre outros mais.
‘Ah mas lá não é F1‘
E daí? Qual o problema?

O problema é que a F1 se tornou um tipo de vício dos espectadores, nada mais. Um bloqueio mental apenas. É bonito ver e analisar uma corrida de F1? Sim, é claro que é. Mas a F1 é a única forma de automobilismo? Não, claro que não.

Só para não esquecer, outro dia eu comentei no autodromo que todo o dinheiro que foi gasto reformando e destruindo o nosso belo Interlagos desde que a F1 veio para cá, seria suficiente e com muita sobra para terem desapropriado a favela lá depois da curva 3 e criar ali uma área de logistica da categoria e um túnel de acesso. E assim haveria espaço suficiente para toda a tralha do circo atual e ainda de quebra se daria a várias familias um dinheiro que não conseguiriam nunca nos seus casebres. Assim poderia ter sido idealizado um projeto diferente de modificação do autodromo de forma que atendesse às necessidades da F1 mas não sepultasse o nosso maior ícone das pistas brasileiras.

Lamento pensar assim mas se o Brasil é inseguro a F1 é podre o suficiente para não ter moral para criticar. E para ser honesto espero que o GP do Bahrain seja um fracasso histórico muito embora eu tenha consciencia de que a possibilidade de isso se dar é praticamente nula.
Ao Martin Whitmarsh eu citaria um velho ditado cá das nossas bandas criminosas e inseguras: ‘Dize-me com quem andas e te direi quem és!’

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