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domingo, 17 de março de 2013

Uma nova F1 sem supercampeões.



No primeiro ano sem a presença de Michael Schumacher nas pistas da F1 (dessa vez definitivamente), se configura um momento de expectativa já vivida durante muitos anos em que se especulava quem seria o novo Fangio.

Senna foi essa promessa mas faleceu antes de atingir esse status. Fangio faleceu antes de ver um alemão ganhando campeonatos seguidos, de forma arrasadora. Por sinal lembre-se que o argentino faturou títulos a bordo de uma Mercedes, ao mesmo tempo que os seus records foram batidos décadas depois por um alemão.

A Alemanha de Bernd Rosemeyer e Schumi tem agora Vettel como sua esperança de campeão demolidor. Mas a F1 mudou muito mesmo no correr desses eventos e me pergunto se é possível que alguem ainda consiga no futuro ser um imbatível, um herói no estilo piloto definitivo.

A vitória de Kimi na prova de abertura da temporada 2013 coloca dúvidas sobre qualquer tipo de favoritismo. Kimi retornou à F1 e já começou com uma performance digna de nota para quem ficou muito tempo afastado da categoria mais exigente. Claro, o carro dava condições para disputas nas posições de pódio e Kimi valorizou isso com a sua habilidade indiscutivel.

Alonso chegou poucos segundos atrás seguido da esperança alemã de supercampeão, Sebastian Vettel. A perda da primeira etapa não tem o significado de uma derrota para o alemão veloz. Mas tem o significado de mostrar que caso venha a ser campeão pela quarta vez, Vettel conquistará essa verdadeira distinção com muito mérito. Afinal a primeira corrida mostra a força indiscutivel da Lotus e a condição invegavelmente competitiva da Ferrari.

Não se pode esquecer que essas disputas prometem ser efetivamente entre pilotos. Kimi terminou bem à frente de Grosjean, Alonso 2 posições à frente de Massa, e Vettel igualmente a uma boa distancia de Webber. Hamilton que chegou em quinto na sua primeira corrida na Mercedes terminou na ausencia do seu companheiro Rosberg.

Não apostaria em alguem nesse inicio de temporada pois há muita coisa pela frente ainda. Mas apostaria desde já que a era dos supercampeões se foi e que Schumi foi o ultimo com essa qualificação. Até recentemente ninguem imaginava uma Mercedes competitiva, uma Lotus vencedora e uma Ferrari brigando com outros que no passado teriam sido vistos como simples coadjuvantes.

Passaram-se décadas até que surgisse um novo Fangio e agora o mais provável é que a F1 deixe de ter supercampeões e isso é uma condição básica para a ressurgimento de novas disputas acirradas que no passado chegaram a ser autenticas batalhas.

Apostaria numa nova F1 mais motivante em todos os aspectos, especialmente aqueles capazes de cativar o público. Foi por conta das performances espetaculares de Fangio que vários dos seus sucessores buscaram serem pilotos imbatíveis. Foi nesse panorama que surgiram caras que foram nossos ídolos inesquecíveis do passado. Estamos vendo surgir um cenário novo que pode trazer de volta disputas espetaculares que assistimos no passado.

Nada impede que Vettel seja novamente campeão do mundo em 2013. E é óbvio que para isso é necessário um carro igualmente campeão. Mas assim como já surgiu um novo Fangio tambem já surgiu um novo Chapman. E me pergunto agora que será o novo Newey. Afinal a a carreira dos genios das equipes sempre foi muito mais longa que dos heróis do cockpit.

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa tarde,

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Fico no aguardo.

Att.,

Daniel