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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Vitor Chiarella – ao mestre e amigo, com carinho (4)


Vitor Chiarella e Tchê
Admiradores mútuos
foto: Kart Zoom

A hora dos pequenos.

Após o almôço havia uma sessão de instrução com crianças com menos de dez anos. Essa aula finalizaria às quatro, quando eu voltaria para mais uma fase de treino.

Na aula com os garôtos estava presente pista o filho de Vitor – Vitor também. Êle segue o mesmo modo de instrução do pai, que agora observa tudo do box ao lado dos pais dos alunos.

A cabeça de uma criança é um mundinho muito distinto de um adulto. Ela compreende tudo que você diz, mas raciocina a pilotagem de um modo diferente. É uma outra dimensão. É preciso paciência e Vitor pai e Vitor filho a possuem suficientemente. É preciso falar tudo com calma, observar tudo, perguntar e orientar.

É curioso observar a ansiedade do pai vendo o filho na pista seguindo o instrutor à sua frente. O pai cronometra tôdas as voltas esperando o filho atingir o seu “record”. O instrutor espera que êle ande bem. Record's são consequência do tempo (kilometragem).

Fora isso uma criança se cansa mais rápidamente numa tarde quente, especialmente quando é um principiante que ainda não anda sózinho. Tudo precisa ser observado e interpretado corretamente. Não se pode exigir de um garôto nessa idade, mais do que êle pode fazer. É preciso dar tempo ao tempo, o que pode ser enfadonho no início.

Mas é certo que em algum momento êsse menino vai andar sózinho e aí isso pode soar como um prêmio para êle. O futuro de uma situação dessas não se pode prever. Nada impede que o filho se apaixone pela atividade e diga ao pai o que é muito comum:

- Pai, quero andar de kart!

É assim que começa. É assim que êle mesmo vai mostrar que está tomando consciência do que está aprendendo. Cada ganho obtido, em fases sucessivas, vai inevitávelmente gerar estímulo. É uma questão de instrução, tempo e paciência. Com isso a garotada pode contar, sob os cuidados de Vitor Chiarella e seu filho.