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sábado, 25 de junho de 2016

Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro, V2 – Por Jan Balder



(esta vem a ser a ultima postagem do Amigos Velozes)

No ultimo dia 21/06, Jan Johannes Hendrik Balder, meu amigo Jan, ou Omelete, como é conhecido por todos os seus contemporaneos, lançou o segundo volume das suas memórias – Nos Bastidores do Automobilismo Brasileiro – Uma Era de Ouro. O evento deu-se na Pizzaria Cristal e contou com a presença de uma fila de amigos que vivenciaram o mesmo esporte de Jan, na mesma época.

Não fomos apenas a um lançamento mas tambem para parabenizar Jan Balder pelo seu aniversário. Como disse a ele antes de sair, “Parabéns pelo niver, Parabens pelo livro, Parabens por tudo”.

Há um ano este livro começou a se tornar realidade previsivel e resolvi esperar o seu surgimento para ser tema do encerramento do meu blog, coisa que explico em poucas palavras no final. E não poderia ter escolhido tema mais adequado, dado o notório valor do seu conteúdo.

Não se trata de uma mera continuidade mas de uma valorosa cronologia de lembranças de bastidores de um período em que o nosso automobilismo era o nosso 'segundo futebol', na minha forma de entender as coisas. Amanhã, quem quer que seja que se interesse em pesquisar a história do nosso automobilismo tem nesses dois livros não apenas referencias mas um conteúdo significativo, de grande valor para os efeitos de uma pesquisa.

O livro aborda o período de 1973 a 1982. Nessa época já tinhamos um campeão do mundo, Emerson Fittipaldi, e estavam 'no forno' aqui mesmo no Brasil pilotos que fariam o nome tanto aqui no nosso próprio território como lá fora tambem. Entre estes destaque-se Nelson Piquet que seguiu para a Europa para guiar monopostos, levando consigo na bagagem a experiencia de pilotar monopostos inteiramente ajustáveis, assim como a sua incrivel habilidade.

Em outras palavras, foi nos anos 1970 que o mercado europeu tomou conhecimento de um automobilismo brasileiro que era capaz de mandar para lá os nossos jovens velozes, sem que para isso tivessem que fazer escola do zero lá.

Foi nesse período que surgiram no Brasil a Formula Super Vê, a segunda edição da Fórmula Vê, a Divisão 4, a Opala Stock Car, sem contar a F2 Sulamericana onde brasileiros, pilotos e preparadores, disputaram com os melhores argentinos nas nossas pistas e nas deles. Sim, essa foi uma era de ouro, sem dúvida.

Jan Balder era piloto nessa época e passou a chefe da própria equipe, mais tarde comentarista de F1, e escritor. Apenas para justificar o termo bastidores do título, há uma passagem em que Jan conversa pela primeira vez com um conhecido kartista na época, numa padaria da Vila Madalena. O garoto veloz queria ouvir um pouco da experiencia de um piloto maduro e reconhecido. Foi assim que Jan e Ayrton Senna conversaram pela primeira vez.

Há muito mais e só posso recomendar a quem ler essa postagem que adquira o livro, o que pode ser feito atravéz do email de Jan Balder – jbalder@terra.com.br. Quem não leu o primeiro pode encomenda-lo tambem.

A capa, a imagem desse post, deixa clara a gratidão e saudade de Jan Balder pela sua esposa Tereza, que lamentavelmente nos deixou no ano passado, meio órfãos da sua reconhecida simpatia e amabilidade.

Faço disso o final das postagens deste blog pois não vejo uma justificativa para dar continuidade a algo que se atualiza apenas uma vez por ano. O blog me trouxe satisfações e amigos novos, já foi usado como referencia, já foi replicado e até giletado. Acho sinceramente que a missão está completa. E encerra-la com um temas desses considero uma forma muito gratificante.

Muito obrigado a todos os meus amigos que me acompanharam.
Muito obrigado a voce Jan Balder!

4 comentários:

Anônimo disse...

Grande ZÉ CLEMENTE.
Em nome de seus amigos NÃO aceito que vc pare de escrever seu blog, primeiro porque escreve muito bem, depois porque escolhe temas excelentes.
Pedimos sim, que o blog segue escrito semanalmente...
Parabéns por essa homenagem ao querido amigo JAN Balder, eu sempre que o encontro digo: "Jan vc é o cara que estava lá, onde todos nós gostariamos de estar, fazendo bonito". Brinco com ele também dizendo que ele tem uma memória...irritante, rsrsrs.
Essa memória está impressa em 2 excelentes livros da história de nosso automobilismo.
Forte abraço,
Giba Gallucci

rpastor disse...

Lamento que mais blog sobre automobilismo esteja se encerrando. Estamos ficando órfão de bons textos e boas histórias. Forte abraço e sucesso...

André Cnadreva disse...

Zé, compreendo sua decisão mas é triste não ter mais seus textos para ler.

Só tenho a agradecer.

Um grande abraço

pin up disse...

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