Há uma coisa que os pilôtos de todas as modalidades devem agradecer a existência e também o uso contínuo. A fotografia. Os fotógrafos são as pessôas que eternizam momentos de uma corrida e por consequência têm material apto a ser publicado do evento, pilôto, público, local e tudo mais. Mesmo que a cena seja gloriosa, hilária, compromentedora ou mesmo trágica, o trabalho do fotógrafo em pista é o que garante visiblidade, registro e lembrança dos momentos de um piloto. Sem isso essas pessôas estariam quase relegadas ao descaso total, muito especialmente num mundo como o de hoje onde tudo é uma imagem, seja ela dinâmica ou estática.
É o papel que cumpre mensalmente nas corridas de kart o amigo Cláudio Reis do site PlanetKart, conforme registram as imagens desse post. Na corrida de ontem no Kartódromo Internacional Granja Viana ele me viu atrás do alambrado aguardando o início da Sport400 afim de dar alguns cliques para o meu blog. Com o sorriso e irreverência habituais me indagou imediato:
- O que você está fazendo aí? Vem pra cá!!
Vindo do amigo em questão não é um chamado apenas mas uma sentença a ser levada a sério. Caminhando pela grama da reta oposta já principiam algumas citações sobre a prova que se iniciara. Ato contínuo da parte de duas pessôas que gostam de kartismo. Se no momento não posso pilotar e fico com uma certa inveja de quem está no asfalto derretendo borracha, por outro lado esqueço da chatisse dos dias atuais ao observar um evento do qual vou escrever depois e com fotos próprias. Infelizmente deixei de registar ontem uma cena interesante. No final da Sport400, Cláudio e mais dois fotógrafos se agacharam do meu lado direito, guardando uma pequena distância entre seus cotovêlos, um ao lado do outro afim de registar a quadriculada daquela prova. É quase um ballet atrás de excelentes objetivas profissionais, pilotadas por profissionais. Ao mesmo tempo e sem que alguém fale algo, tomam posição num determinado local um ao lado do outro e visando o mesmo ponto e no mesmo ângulo.
Cláudio aproveita a oportunidade para fazer graça da minha pobre Kodak EasyShare, emprestada de muito bom coração da Helena. Não tenho outra máquina e esta tem sido a minha salvação nesses dias. É a razão pela qual as minhas imagens são de baixa qualidade. É uma máquina que está apta a no máximo registrar cenas de família sem a mínima condição de ser um trabalho profissional. Enfim, no quesito fotografia dividi ontem o meu espaço com teles que poderiam muito bem mostrar as restaurações dos dentes do pilôto lá no comêço da reta, caso o mesmo estivesse com a bocarra aberta.
Apesar de não ser profissional já estive uma vez numa situação onde me vi na condição de profissional e me saí bem. Certa vez num auditório com as luzes apagadas fiz o que muito fotógrado profissional do passado fêz inúmeras vêzes. Trocar o filme 6X6 em uma Rolleyflex sem nenhuma iluminação para isso. E acredite se quizer, é mais fácil do que pode parecer. É claro que antes desse dia pratiquei isso no laboratório com filme velado. A velha Rolley é uma verdadeira mãe nesse aspecto.
Mas a fotografia é coisa para amadores e para profissionais. E com os profissionais o resultado pode ser marcante. É o caso da fotografia abaixo que me foi gentilmente cedida por Cláudio Reis. Foi no dia 31 de Janeiro desse ano no Encontro Maneco Combacau na Granja Viana. Perceba o ôlho atento do fotógrafo ao reprodizir uma expressão de Maneco no mesmo ângulo da foto seguinte que foi feita numa corrida em Ribeirão Prêto 40 anos antes. É o charme da imagem estática na mão do profissional.
Parabéns Claudio Reis.
fotos: Cláudio Reis, Rafael Heying, Amigos Velozes, arquivo pessoal Maneco
2 comentários:
Zé, como sempre voce foi Clemente com este lambe-lambe das pistas.
Obrigado pelas maviosas palavras sobre este rotundo eterno apaixonado pela velocidade.
Claudio Reis
Eu ainda vou ver vc virar um grande fotógrafo, e ai ficarei feliz que começou com a minha tranqueirinha rs
Postar um comentário