Hoje em dia fala-se muito em network no plano profissional. Nada mais é que o termo da moda para nos referirmos aos nossos contatos. Sempre há alguém que conhece alguém que pode ajudar em algo e assim por diante. E isso pode nos trazer oportunidades com as quais às vezes nem contamos.
Dando uma fôrça a um brasileiro a caminho da F1.
- E na rádio Eldorado você começou quando?
- Comecei em 91. Na rádio Eldorado foi por acaso. No final de 89 eu fui com o Rubinho Barrichello na europa para fazer os testes preliminares dêle. O pai dêle tinha agendado com uma equipe italiana, a Draco. Um pouco antes eu havia feito testes na europa para a revista Autoesporte e o pai do Rubinho me pediu para averiguar uma equipe holandesa para o Rubinho testar. Coincidiu de eu estar na Opel e pedi a êles o endereço de uma certa equipe holandesa. O cara que corria lá estava liderando o campeonato. Quando liguei na casa dêle, atendeu a namorada dizendo que êle estava em Estoril e que a equipe não era dêle e sim do Jan Lammers.
- Falei com o Lammers que ouviu tudo com pouca confiança. Expliquei a êle que estava fazendo testes para uma revista e um amigo meu me pediu para ajudar a conseguir um teste para o filho. O Lammers não acreditou muito e foi checar. No Estoril estava acontecendo uma preliminar da F1, a Fórmula Opel, e tôda a imprensa brasileira estava lá. Era a época do Ayrton Senna. Êle checou para saber quem era Rubinho Barrichello e me ligou para conversar na casa dêle no dia seguinte. Lá êle disse que interessava e poderíamos agendar um teste. Havia então dois testes agendados. Um pelo Rubão na Draco na Itália e outro por mim com o Lammers na Holanda.
- Êle fez os dois testes e acabou optando pela Draco por várias razões inclusive a questão da língua. Na Itália êle teria certas facilidades que na Holanda não teria. Ganhou o campeonato de fórmula Opel no ano seguinte.
A europa como um aprendizado e mais uma fôrça para novos pilôtos.
- No final de 90 fui de novo para a Holanda com o Gualter Salles e o Nonô Figueiredo, o filho do Carol. O Carol é da minha época de corridas. Êle encontrou comigo em um posto de gasolina e soube por alguém que eu estava em contato com equipe da Holanda. Me pediu para agendar um teste para o filho dêle. Agendamos e os dois foram testar em Zandvoort. O Nonô teve azar no dia, bateu numa curva e acabou perdendo o bico. O Gualter foi bem, acabou acertando com o Lammers e correu a temporada de 91 na equipe. Eu não empresariei. No ano anterior o Lammers foi tão gentil com o teste do Barrichello que eu quiz arrumar mais um pilôto para êle. Não fui como empresário mas para levar alguém para um teste e possivelmente fechar contrato.
Profissionalismo e organização europeus.
- O contrato era bem interessante. A gente aprende muito na europa. O Lammers tinha uma equipe na qual o valôr para uma temporada cheia na F-Opel era de US$ 200.000,00. Se não me engano eram quinze corridas. Tudo muito profissional. Nós questionamos muito o espaço para patrocinadores no carro. Lá êles são bem desenvolvidos. O Gualter teve um acidente e acabou batendo numa curva em Zandvoort e torceu o dêdo. Foi para o hospital e engessou o dêdo. O Lammers disse assim "No ano que vem temos que fazer além do contrato com a equipe o seguro do pilôto". Dentro do contrato havia uma estadia e uma mensalidade retirada do contrato. Isso que é interessante. A equipe européia contratava o pilôto mas para ter a garantia de que o pilôto vai estar no dia da corrida, êle precisa sobreviver na europa. Dentro dos 200.000 do contrato êle revertia uma verba de US$ 3000,00/mês para êle viver lá. Para ter certeza de que o pilôto iria correr. Além disso êle queria que fizesse um seguro hospitalar. Isso existia na europa, o seguro de pilôto.
- Êle não sabia naquêle momento o valor. O Martin Donnelly tinha sofrido um acidente com uma Lotus e estava no hospital. Isso estava custando muito e a compania de seguro não tinha um valor para o seguro do ano seguinte porque não sabia onde iria chegar o custo do Donnelly. Mais tarde fizeram um cálculo e apresentaram ao pai do Gualter e êle foi com seguro total. Então isso foi um aprendizado para nós aqui do Brasil. A gente vive aprendendo.
Dando uma fôrça a um brasileiro a caminho da F1.
- E na rádio Eldorado você começou quando?
- Comecei em 91. Na rádio Eldorado foi por acaso. No final de 89 eu fui com o Rubinho Barrichello na europa para fazer os testes preliminares dêle. O pai dêle tinha agendado com uma equipe italiana, a Draco. Um pouco antes eu havia feito testes na europa para a revista Autoesporte e o pai do Rubinho me pediu para averiguar uma equipe holandesa para o Rubinho testar. Coincidiu de eu estar na Opel e pedi a êles o endereço de uma certa equipe holandesa. O cara que corria lá estava liderando o campeonato. Quando liguei na casa dêle, atendeu a namorada dizendo que êle estava em Estoril e que a equipe não era dêle e sim do Jan Lammers.
- Falei com o Lammers que ouviu tudo com pouca confiança. Expliquei a êle que estava fazendo testes para uma revista e um amigo meu me pediu para ajudar a conseguir um teste para o filho. O Lammers não acreditou muito e foi checar. No Estoril estava acontecendo uma preliminar da F1, a Fórmula Opel, e tôda a imprensa brasileira estava lá. Era a época do Ayrton Senna. Êle checou para saber quem era Rubinho Barrichello e me ligou para conversar na casa dêle no dia seguinte. Lá êle disse que interessava e poderíamos agendar um teste. Havia então dois testes agendados. Um pelo Rubão na Draco na Itália e outro por mim com o Lammers na Holanda.
- Êle fez os dois testes e acabou optando pela Draco por várias razões inclusive a questão da língua. Na Itália êle teria certas facilidades que na Holanda não teria. Ganhou o campeonato de fórmula Opel no ano seguinte.
A europa como um aprendizado e mais uma fôrça para novos pilôtos.
- No final de 90 fui de novo para a Holanda com o Gualter Salles e o Nonô Figueiredo, o filho do Carol. O Carol é da minha época de corridas. Êle encontrou comigo em um posto de gasolina e soube por alguém que eu estava em contato com equipe da Holanda. Me pediu para agendar um teste para o filho dêle. Agendamos e os dois foram testar em Zandvoort. O Nonô teve azar no dia, bateu numa curva e acabou perdendo o bico. O Gualter foi bem, acabou acertando com o Lammers e correu a temporada de 91 na equipe. Eu não empresariei. No ano anterior o Lammers foi tão gentil com o teste do Barrichello que eu quiz arrumar mais um pilôto para êle. Não fui como empresário mas para levar alguém para um teste e possivelmente fechar contrato.
Profissionalismo e organização europeus.
- O contrato era bem interessante. A gente aprende muito na europa. O Lammers tinha uma equipe na qual o valôr para uma temporada cheia na F-Opel era de US$ 200.000,00. Se não me engano eram quinze corridas. Tudo muito profissional. Nós questionamos muito o espaço para patrocinadores no carro. Lá êles são bem desenvolvidos. O Gualter teve um acidente e acabou batendo numa curva em Zandvoort e torceu o dêdo. Foi para o hospital e engessou o dêdo. O Lammers disse assim "No ano que vem temos que fazer além do contrato com a equipe o seguro do pilôto". Dentro do contrato havia uma estadia e uma mensalidade retirada do contrato. Isso que é interessante. A equipe européia contratava o pilôto mas para ter a garantia de que o pilôto vai estar no dia da corrida, êle precisa sobreviver na europa. Dentro dos 200.000 do contrato êle revertia uma verba de US$ 3000,00/mês para êle viver lá. Para ter certeza de que o pilôto iria correr. Além disso êle queria que fizesse um seguro hospitalar. Isso existia na europa, o seguro de pilôto.
- Êle não sabia naquêle momento o valor. O Martin Donnelly tinha sofrido um acidente com uma Lotus e estava no hospital. Isso estava custando muito e a compania de seguro não tinha um valor para o seguro do ano seguinte porque não sabia onde iria chegar o custo do Donnelly. Mais tarde fizeram um cálculo e apresentaram ao pai do Gualter e êle foi com seguro total. Então isso foi um aprendizado para nós aqui do Brasil. A gente vive aprendendo.
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