Por acaso alguém aí se lembra do Nelson Piquet saindo da Brabham e imediatamente tirando as sapatilhas e assim sentou descalço no chão com os pés em brasa?
Gordon Murray, o projetista, mudou o radiador de óleo para o bico e isso foi assando os pés de Piquet que não abandonou a corrida por pouco. Fico imaginando o que deve ser um cara andar naquela velocidade tendo o calor de um radiador de óleo a aproximadamente 120 graus “ventilando” os seus pés.
Foi em 1984 no GP do Canadá, circuito onde êle também estreou na F1 e perdeu o título no seu segundo ano de F1 para Alan Jones. Também no Canadá Piquet conquistou a sua última vitória na categoria sobre Nigel Mansell.
No ano passado a prova não se realizou e volta ao calendário em 2010, neste final de semana. O record de volta é de Rubens com 1:13.622 estabelecido em 2004. A última prova, em 2008, foi vencida pelo polonês Kubica na Sauber e a mais rápida foi de Kimi com 1:17.387.
O ciruito tem dois pontos de freada muito forte onde se fazem as duas únicas curvas na primeira marcha. Na atual configuração de tanques cheios isso pode dar origem a algumas ecorregadas ou belas escapadas. Mas os freios não serão o maior desafio e sim os trechos de alta velocidade e as retomadas em determinados pontos de baixa velocidade.
Pelo desempenho que o carro de Rubens tem mostrado últimamente, não deve ser uma prova muito favorável às Williams. A Mercedes aparece melhor e confiável e deve ter um bom papel, embora não necessáriamente na ponta onde pode-se esperar as Red Bull. E junto nessa briga com certeza estarão as McLaren.
As nanicas devem ter a mesma performance de sempre. Abrem na reta e lá embaixo precisam segurar. Performance que será alvo de atenção será a da Ferrari que não está se mostrando à altura das outras. Na prova passada na Turquia Alonso têve um suador atrás da Renault de Petrov. É o mesmo que dizer que a performance da Ferrari não a coloca no pódium, lugar muito frequentado pela Red Bull.
Mas um possível assunto a ser especulado não será a renovação de Massa na Ferrari. Falou-se na semana passada de uma possível saída de Bruno Senna da Hispania. Particularmente falando eu acho que não é possível avaliar nem Senna nem Chandhok naquele carro. E se surgir alguém no lugar de Senna há uma possibilidade que êste ande de bolsos mais cheios e tempos não tão bons quanto Chandhok. E assim ficará claro que a Hispania está à beira da insolvencia e que Senna apenas têve o azar de assinar com uma equipe sem condição de lhe dar um carro bom. Mas se saísse de lá, faria o que? Andar de jet ski?
A prova acontece nesse domingo às 13:00, horário de Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário