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terça-feira, 8 de março de 2011

Com a palavra quem é do meio - Ingo Hoffman




Tudo bem, a F1 está chata, o automobilismo brasileiro é um morto vivo que passeia pelos autódromos, a imprensa não tem mais o que noticiar e apenas copiar, enfim esse universo não é e nem será mais o mesmo. Tudo mudou, o automobilismo mudou, o mundo mudou. E o que era válido no passado, hoje é nada mais que lembrança.

Mas temos tradição no automobilismo e isso fica evidente quando pessôas do meio fazem comentários que deixam claro que são do referido meio. É o caso do pilôto Ingo Otto Hoffman que aqui neste vídeo dá entrevista ao Estadão em 2008 quando anunciou o fim da sua carreira na Stock Car. Ingo tinha então 55 anos e um acúmulo de títulos na categoria que é record absoluto na nossa história.

É claro que a visão do automobilismo muda dependendo se voce é pilôto ou público. E nesse vídeo ele fala de vários assuntos inclusive da F1 e dos nossos pilôtos e da torcida dêles. Faz a crítica conhecida a respeito da torcida que valoriza apenas o ápice, o máximo. Infelizmente a nossa torcida é assim mesmo e penso que isso foi herdado do futebol.

Ingo faz duas colocações muito interessantes. Primeiro ele diz que esse período que vai do início de Emerson até Ayrton, é um período excepcional. E ele tem razão nisso pois todo o ambiente que pôde dar surgimento a uma bela safra de pilôtos nessa época, é uma coisa que não se repetiu mais no nosso cenário doméstico.

E segundo, é interessante a citação dele de que além dos 8 títulos que esses tres pilotos conquistaram, devem ser lembrados os outros momentos em que brasileiros estiveram em disputa de títulos. E para justificar isso ele cita os italianos e os alemães. Em outras palavras o Brasil deu frutos sensacionais no quesito material humano do automobilismo. Quem sabe algum dia a torcida vai ver o nosso automobilismo por esse angulo e deixar de fazer críticas, às vêzes muito injustas como as que fizeram seguidamente ao Rubens Barrichello.

Parabéns ao Ingo, ele é mesmo do ramo.

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